Office Flashpoint: Ocupação de escritórios perto dos 83 mil m2
Nos primeiros seis meses de 2018, as necessidades de espaço das empresas em Lisboa resultaram na ocupação de 82.862 m2 de escritórios, evidenciando uma ligeira subida de 6% face a igual período do ano passado. Os números são avançados pela JLL no âmbito da sua análise mensal ao mercado de escritórios de Lisboa, o Office Flashpoint.
Para Mariana Rosa, directora de Office Agency da JLL, “a actividade mantém-se dinâmica, reflectindo a confiança das empresas e o contexto económico favorável. Contudo, o mercado poderia estar muito mais forte, já que a base da procura é muito mais vasta do que a área efectivamente contratada. A grande limitação é encontrar oferta disponível adequada às necessidades das empresas e, apesar de se começar a denotar resposta dos promotores com novos projectos de escritórios em Lisboa, o pipeline é ainda muito reduzido face à procura. É urgente encontrar respostas mais imediatas no mercado, incluindo soluções de renovação ou reconversão de espaços”.
De acordo com a JLL, o mês de Junho, com uma absorção de escritórios de 13.069 m2, voltou a equilibrar o volume de ocupação do acumulado do ano, depois de um mês de Maio mais fraco. A boa performance de Junho (cerca de 55% acima do mês anterior e em linha com o mês homólogo de 2017, do qual está apenas 2% abaixo) foi influenciada pelo aumento do número de operações (23 negócios), o que se refletiu na redução da área média ocupada por transação (568 m2), inferior aos restantes meses deste ano. No total do ano, a área média por transação está os 789 m2, traduzindo a realização de 105 negócios. Em Junho, as cinco maiores operações oscilaram entre os 2.000 e os 1400 m2, a maior da qual respeitante a um espaço de co-work.
Do lado da procura, foi o sector de “Serviços a Empresas” o mais dinâmico na tomada de espaço em junho (41% do total mensal), seguido das empresas de “TMT’s & Utilities” (24%) e Serviços Financeiros (16%). Nas contas anuais, são também os dois primeiros setores a dominar, com pesos de, respetivamente 37% e 22%.
Em termos de destinos preferenciais para a instalação das empresas, a zona 3 (novas zonas de escritórios) lidera a ocupação no total do ano (23% da ocupação), com as zonas 1, 2 e 6 (nomeadamente Prime CBD, CBD e Corredor Oeste) com pesos semelhantes em torno dos 17% a 18%. Em Junho, a zona 3 também liderou a procura (32% do take up mensal), seguindo-se as zonas 2 e 6 (18%).