Revive prepara lançamento de mais três concursos
Passam a ser 10 o total de concursos lançados no âmbito do programa Revive com o lançamento de mais três até ao final do ano. Idanha-a-Nova, Portalegre e Leiria são as localidades que se seguem
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O Ministério da Economia, que tutela o programa Revive, encontra-se a preparar novos concursos, a serem lançados até ao final de 2018.
Ao CONSTRUIR, a Secretaria de Estado do Turismo confirmou que os próximos concursos serão os da Casa de Marrocos, em Idanha-a-Nova, o Convento de São Francisco, em Portalegre e o Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria.
À semelhança dos concursos anteriores, trata-se de imóveis cujo modelo jurídico é o da concessão por tempo determinado e que se destina para uso turístico.
Casa de Marrocos
Localiza-se em Idanha-a-Velha, nas proximidades da Basílica Paleocristã e da Vila Romana, que remonta ao século I A.C.. Considerado Monumento Nacional, o solar denominado Casa de Marrocos foi construído na década de 50 do século XX e ficou inacabado. Conta com uma área total de terreno de 5 740 m2 e uma área total de construção de 3 510 m2.
Pertenceu a uma das mais importantes famílias de proprietários rurais da região e integra diversas construções agro-pecuárias em volta de pátios que formam um grande quarteirão fechado.
Num estilo eclético alinhado com o estilo “Português Suave” tardio, apesar da autoria de projectista desconhecido é notável o apuro construtivo em diversas soluções arquitectónicas, como a cantaria de granito. Destaca-se, ainda, a escada interior de caracol de granito que percorre os três pisos. A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel.
Convento de São Francisco
Situado na área urbana da cidade de Portalegre, a fundação do Convento de São Francisco terminou 1275, sendo hoje classificado como Imóvel de Interesse Público. Iniciou-se como convento masculino, mendicante, de fundação ducentista, com intervenções renascentistas (sarcófago e retábulo), maneiristas (retábulo da capela de Gaspar Fragoso e em pinturas murais das capelas da nave) e barrocas (altar-mor e painéis de azulejos barrocos na capela-mor).
A extinção das Ordens Religiosas determinou a rápida degradação do convento, parcialmente adaptado como quartel. A igreja passou também para a posse dos militares em 1910, altura em que deixou de estar aberta ao culto.
Mas, ainda no séc. XIX, as alas conventuais foram alteradas e ampliadas para a instalação de uma unidade fabril ligada à indústria corticeira, a Fábrica Robinson, a mais antiga e uma das maiores fábricas de transformação de cortiça do mundo. As suas duas chaminés são um ex-libris da cidade.
Além destas e do edifício fronteiro existem ainda os edifícios de armazéns e a “quadra”, que serviam de anexos à estrutura principal do convento, a oficina da prancha e armazém da prancha, que serviam ambos para armazenar e tratar as pranchas de cortiça em bruto, e, ainda, o edifício das rolhas, já do final do século XIX.
Às estruturas do complexo fabril acrescem as habitações dos trabalhadores e proprietários, bem como as infraestruturas de apoio.
A área a afetar a uso turístico a totalidade do imóvel, com excepção do edifício ocupado pela Liga dos Combatentes.
Convento de Santo António dos Capuchos
O convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria, tem origem no século XVII, com feição setecentista erudita em termos arquitectónicos e está, também, classificado como Imóvel de Interesse Público. Possui uma harmoniosa fachada, galilé profunda típica dos conventos capuchinos e arcaria dórica simétrica, enquadrada por vãos retangulares. São ainda visíveis pinturas murais de “brutescos” que decoram as paredes da nave principal, tendo existido também revestimentos azulejares. O portal principal da igreja é também setecentista, de verga semicircular com frontão de volutas interrompido.
Em 1770 foi objecto de obras de ampliação, a que correspondem os corpos laterais e os portais barrocos com frontões contracurvados encimados por óculo e cartela.
No século XIX foi também alvo de alterações e ampliação, sendo presentemente composto por vários corpos edificados perpendicularmente em volta de um claustro e de um pátio. Destaca-se a imagem erudita e a elegante fachada principal a que corresponde a entrada da igreja. A área a afetar a uso turístico é a totalidade do imóvel.
Vila Galé avança com projecto da Coudelaria
O Grupo Vila Galé ganhou, recentemente, o concurso relativo à Coudelaria de Alter, para onde está prevista a construção de um hotel temático de 4 estrelas com aproximadamente 76 quartos, distribuídos pela Casa de Campo, pelas antigas cavalariças, pelo edifício administrativo e pelas antigas pocilgas. O investimento total está estimado em 8 milhões de euros.
A Enoteca e o Lagar serão também utilizados em eventos temáticos. O hotel vai dispor ainda de spa e restaurante, com uma forte aposta na gastronomia regional.
A Coudelaria de Alter, a mais antiga e notável coudelaria portuguesa (fundada em 1748 pelo rei D. João V) assume-se como um importante polo de dinamização e estruturação do turismo equestre nesta região.
Quatro concursos concluídos
Até ao momento foram lançados sete concursos ao abrigo do Programa Revive. O concurso relativo à Coudelaria de Alter é o quarto a ficar concluído.
Já em fase de obras está o Convento de São Paulo, em Elvas, também adjudicado à Vila Galé. Também os Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, foi adjudicado à Visabeira e o Hotel Turismo da Guarda ao Grupo MRG. Relativamente à Quinta do Paço de Valverde, em Évora, não é ainda conhecido o vencedor do concurso e no que diz respeito ao Colégio São Fiel, em Viseu, “não houve propostas apresentadas pelo que o Ministério da Economia está em negociações com a Câmara Municipal para encontrar uma alternativa”, de acordo com a SET. O Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, foi o último concurso a decorrer, não sendo, até ao momento, conhecidas as propostas apresentadas.