Transacções imobiliárias crescem 13,5% em 2017
De acordo com a APEMIP, foi a Área Metropolitana de Lisboa que agregou o maior valor de investimento, de mais de 12 mil milhões de euros (49,8% do total), seguindo-se a região Norte e o Algarve
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De acordo com os dados oficiais recolhidos pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), em 2017 transaccionaram-se 226.617 imóveis (urbanos, rústicos e mistos), o que representou um aumento de 13,5% face ao período homólogo.
Do total de activos transaccionados (urbanos, rústicos e mistos), 59,7% dizem respeito à venda de alojamentos familiares. Já no que toca a investimento, este segmento representa 79,4% do total das vendas. As transacções imobiliárias movimentaram um total de 24 mil milhões de euros.
“Só em 2017 o imobiliário representou um investimento que representa um terço do programa de assistência económica e financeira, e que revela bem a importância que este sector tem no panorama económico nacional. E reitero aquilo que muitas vezes digo: estes números dizem apenas respeito ao investimento directo, porque indirectamente este valor multiplica-se com o investimento feito noutros sectores”, declara Luís Lima, presidente da APEMIP.
Dos 226.617 imóveis transaccionados, 29,7% situavam-se na região Norte, seguindo-se a região Centro com uma representatividade de 25,6% e a Área Metropolitana de Lisboa, com 25,1%.
No que diz respeito aos valores de transacção, foi a Área Metropolitana de Lisboa que agregou o maior valor de investimento, de mais de 12 mil milhões de euros (49,8% do total), seguindo-se a região Norte com 4,9 mil milhões de euros (20,3%) e o Algarve com 2,9 mil milhões de euros (11,9%).
“Apesar de haver mais transacções na região Norte e Centro do que na Área Metropolitana de Lisboa, o valor investido na última é superior, representando quase metade do total do investimento feito em imobiliário em Portugal. Tal justifica-se pelo valor dos activos nesta região que é superior, sendo também aquela que mais sofre da escassez de oferta imobiliária que se verifica hoje no mercado” diz o responsável.