“Quando falamos no digital, não estamos a falar do futuro. O Digital é o presente”
Tendências, desafios e oportunidades em análise no Buildings Re-Invented, um evento exclusivo para clientes e parceiros da Schneider Electric que decorreu na Cidade do Futebol, em Oeiras, e onde os responsáveis da empresa especialista na transformação digital em gestão de energia e automação traçaram o futuro dos edifícios e da sua gestão
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“Quando falamos no digital, não estamos a falar do futuro. O Digital é o presente. A Inteligência Artificial e a Realidade Aumentada têm muito para progredir, mas são já o presente”. A garantia foi deixada por João Rodrigues, Country Manager da Schneider Electric que, por ocasião do Buildings Re-Invented, um evento exclusivo que contou com mais de 180 participantes na Cidade do Futebol, em Oeiras, entre clientes e parceiros e que constituiu uma oportunidade para dar a conhecer a sua visão quanto ao futuro dos edifícios digitais. Para o responsável da empresa em Portugal, “o futuro passa pelo eléctrico e pela gestão da energia, ou seja, caminhamos para a convergência entre dois mundos, duas faces da mesma moeda que se complementam e que irão facilitar o desenvolvimento de sistemas híbridos”. “Qualquer que seja o futuro será, seguramente, eléctrico e é um facto que todos podemos navegar nessa onda”, acrescenta João Rodrigues que alerta para o facto de as Tecnologias da Informação poderem ser, até 2030, as maiores consumidoras de energia. Num momento em que assistimos à maior migração urbana de todos os tempos com a perspectiva de, até 2050, existirem 2.5 mil milhões de pessoas a deslocarem-se para as cidades, torna-se urgente discutir o futuro dos edifícios e as tecnologias que darão resposta aos novos desafios. “O acesso à energia é fundamental e uma necessidade”, refere o responsável da Schneider, defendendo que o desafio está “em permitir que cada vez mais pessoas tenham acesso a energia a nível Mundial”.
Sob a égide da convergência
A convergência entre IT e energia foi aliás um dos temas em discussão dado que até 2020 teremos cerca de 50 mil milhões de dispositivos conectados a fornecer dados, dados que, segundo Rui Queiroga, Building Business Vice President da Schneider Electric Portugal, “por si só não acrescentam valor. Serão necessárias soluções de analítica que permitam extrair e decifrar os dados, transformá-los em informação, gerando valor acrescentado para melhorar a eficiência energética e operacional dos edifícios e dos que nele trabalham, vivem ou simplesmente se divertem.”
O dilema do consumo energético esteve também em destaque no que toca aos desafios que toda a transformação acarreta, como é o caso de Lisboa, onde 60% do consumo de electricidade é em edifícios. Segundo a Schneider Electric, nos próximos 20 anos, a necessidade de energia a nível mundial terá um aumento na ordem dos 60% o que nos fará mudar a forma como construímos e operamos os edifícios. Reforçando uma ideia manifestada por João Rodrigues, Rui Queiroga explica que até 2050 a quantidade de pessoas a migrar para grandes centros urbanos equivale a aproximadamente sete vezes a população de Paris, factor que vai gerar um conjunto de necessidade, seja ao nível dos consumos energéticos, seja ao nível do conforto, da carência ou da gestão do espaço.
Por outro lado, não há margem para paragens ou erros em edifícios críticos, como por exemplo um hospital onde é necessária a continuidade do serviço a 100%. Através do EcoStruxure, a arquitectura habilitada para IoT, aberta e interoperável da Schneider Electric é possível obter valor acrescentado no que diz respeito a segurança, fiabilidade, eficiência, sustentabilidade e conectividade.
Sistemas conectados
O futuro dos edifícios passa pela implementação de sistemas conectados que irão permitir melhorar a experiência de cada cliente, seja num hotel ou de um utente num hospital. Nos dias que correm, já é possível identificar em tempo real e em qualquer parte do mundo como está a funcionar um determinado edifício, o que eleva a gestão para outro patamar no que toca à eficiência energética e à redução de custos. “Para a conexão de edifícios há um mar de oportunidades ao nível da digitalização dos edifícios e do acesso à informação fundamental para a sua melhor gestão”, assegura Queiroga, que acrescenta que estas necessidades não se confinam apenas a novos edifícios, mas também aos já existem e que têm sistemas dispersos e não integrados. O Building Business Vice President da Schneider Electric Portugal acrescenta que até 2035, o consumo de energia crescerá 60%, sendo que mais de metade desse crescimento está afecto aos edifícios. Esse factor, no entender de Rui Queiroga, levanta novos desafios ao nível da fiabilidade electrica, gestão de cargas ou mesmo na micro-geração. Tudo isto obriga a uma eficaz resposta da própria infra-estrutura por onde passam dados e informação, assim como a forma como esses dados são recolhidos e que resposta é dada.
No final do Buildings Re-Invented os presentes tiveram a oportunidade de conhecer a a arquitectura EcoStruxure através de diversas demonstrações de algumas das soluções de supervisão e analítica apresentadas num marketplace 100% digital, nomeadamente, o Power Monitoring Expert que permite um maior controlo local monitorização e qualidade de energia, contribuindo para a continuidade de serviço e maior segurança às empresas. Outra solução em destaque foi o Building Advisor, que permitirá aos clientes uma maior capacidade analítica do seu sistema de gestão técnica e que terá impacto na eficiência quer energética, como operacional.
Sana Evolution como exemplo
A Schneider esteve envolvida no desenvolvimento do Hotel Evolution Lisboa, um novo conceito de hotel interactivo e ecológico da marca Sana Hotels, dirigido ao cliente urbano e business, baseado na interactividade com o hóspede oferecendo-lhe o controlo sobre o hotel. A Schneider Electric acompanhou o desenvolvimento e integração das diferentes tecnologias de informação, integrando-as de forma a compor o conceito de experiência do hotel – que funciona como uma extensão da cidade e, simultaneamente, dos lares dos seus hóspedes. O Hotel Evolution Lisboa é também diferente em termos de sustentabilidade. O sistema centralizado de gestão SmartStruxure, da Schneider Electric, adaptado às especificidades e necessidades do hotel e dos seus hóspedes, assegura o controlo de questões como iluminação e climatização nas áreas comuns e nos quartos do hotel. A plataforma de gestão técnica centralizada Smartstruxure permite uma gestão integrada de vários sistemas standard, como centrais de ar condicionado, gestão de energia e gestão de alarmes, e possibilita uma poupança anual de cerca de 40%. “A factura energética ficou 35 mil euros abaixo do estimado,” sublinha João Carlos Gomes, Director Técnico do Hotel Evolution Lisboa. Fernando Ferreira, EcoBuildings Manager da Schneider Electric adianta que “a inovação da solução SmartStruxure assenta na integração efectuada entre o Smartstruxure e os sistemas de gestão hoteleira, nomeadamente o sistema de check-in fidelio e IPTV.” As possibilidades de controlo oferecidas pela solução de tecnologia integrada SmartStruxure são inúmeras e permitem ainda a gestão à distância. A partir de qualquer local, é possível aceder ao consumo energético do hotel e controlar, de acordo com o clima e a ocupação do hotel e de cada quarto, a posição dos blackouts, iluminação, temperatura do ar condicionado, entre outras variáveis que afectam a eficiência energética.