Lisboa: Aqueduto das Águas Livres e jardim da Estrela em “risco” com expansão do Metro
Segundo a DIA, o projecto está condicionado ao cumprimento de quatro directrizes sendo a primeira a “não afectação directa de bens imóveis classificados ou em vias de classificação”
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A criação da linha circular do metro de Lisboa poderá pôr em risco vários monumentos nacionais, como o Aqueduto das Águas Livres e o Jardim da Estrela, segundo a Declaração de Impacto Ambiental relativa ao projecto.
De acordo com a Declaração de Impacto Ambiental (DIA), a que a agência Lusa teve acesso, “devido às vibrações inerentes à escavação” o projecto é “susceptível de provocar impactes” num troço do Aqueduto das Águas Livres e no Chafariz da Esperança, na freguesia da Estrela, ambos classificados como monumento nacional.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu na terça-feira, uma DIA favorável condicionada ao projecto que cria uma linha circular no Metropolitano de Lisboa e liga o Rato ao Cais do Sodré.
Segundo a DIA, o projecto está condicionado ao cumprimento de quatro directrizes sendo a primeira a “não afectação directa de bens imóveis classificados ou em vias de classificação”.
Também a área do Jardim da Estrela é considerada “sobremaneira sensível e frágil”, devendo ser evitada “qualquer intervenção de construção no jardim por forma a manter as condições biofísicas actuais” considerando que há várias espécies classificadas nas zonas próximas da intervenção.
Para a construção da linha circular seria ainda necessário, segundo a declaração, “remover grande parte da superfície da Avenida 24 de Julho” que foi recentemente alvo de uma intervenção, “sendo necessário repô-la com o mesmo desenho e acabamentos”.
“As intervenções com maiores consequências a nível do património consistem naquelas que implicam trabalhos e escavações à superfície, nomeadamente os poços de ventilação e as estações e o troço do túnel, entre a estação Santos e Cais do Sodré, executado em vala a céu aberto, que corresponde ao trecho final do traçado, com impacte sobre o potencial arqueológico da zona ribeirinha”, pode ler-se no documento.