APREN apresenta estudo e antecipa cenário até 2040
O estudo “Portuguese Market Outlook up to 2040” foi desenvolvido pela APREN, em conjunto com a consultora Poyry, ue teve como objectivo identificar a trajectória mais ajustada para o crescimento do sistema eléctrico português, integrado no mercado do sudoeste europeu para o horizonte 2030-2040
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A Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) desenvolveu, em parceria com a consultora Poyry, o estudo “Portuguese Market Outlook up to 2040”, uma análise que teve como objectivo identificar a trajectória mais ajustada para o crescimento do sistema eléctrico português, integrado no mercado do sudoeste europeu para o horizonte 2030-2040. Foram ainda identificadas as possibilidades de integração das renováveis variáveis, eólica e solar, nas melhores condições de funcionamento do mercado MIBEL integrado no sistema europeu.
Numa altura em que Bruxelas acaba de apresentar novas metas para as energias renováveis até 2030 e que prevê que todos os estados membros desenvolvam um Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), “parece-nos o momento ideal para apresentar este estudo, que veio consolidar algumas informações importantes para o sector e que vai ser fundamental para ajudar a definir o caminho que nos pode levar ao cumprimento das metas do Acordo de Paris, tão importante para inverter o nível de risco face às alterações climáticas”, explica António Sá da Costa, presidente da APREN.
O estudo agora apresentado evidencia que as dificuldades de investimento em tecnologias renováveis não resultam, essencialmente, das vertentes técnica ou económica, mas do desenho de mercado. Salienta ainda que os mercados marginalistas são cada vez mais voláteis, não assegurando, assim, a previsibilidade e estabilidade que proporcionam sinais adequados ao investimento, tanto para as renováveis como para as centrais/sistemas de reserva de regulação de capacidade de potência/energia.
O relatório aponta, ainda, que as renováveis são competitivas quando comparadas com o custo marginal das energias fósseis e, mesmo com valor de CO2 baixo, irão ser a trajectória mais eficaz de desenvolvimento do sistema. A esta vantagem soma-se o facto de já não precisarem de apoios, mas de uma existência de mecanismos de mercado competitivos e de estabilização de preços que potenciem um custo de capital comparativamente mais baixo, que por sua vez irá induzir uma redução de custos do sistema, portanto para os consumidores.