Savills: Seis tendências de investimento comercial na Europa em 2019
Escritórios em zonas centrais empresariais, o sector residencial, conceitos de mix-use, a logística, o conceito de “space as a service” e a falta de activos prime são seis das principais tendências
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De acordo com a consultora imobiliária Savills, os escritórios em zonas centrais empresariais, o sector residencial, conceitos de mix-use, a logística, o conceito de “space as a service” (espaços de trabalho flexíveis) e a falta de activos prime são seis das principais tendências que veremos no mercado europeu de investimento em imóveis comerciais em 2019.
A consultora internacional prevê que os escritórios prime continuarão a ser a “escolha de eleição” para os principais investidores, em particular na Alemanha e nas cidades do sul da Europa. Os investidores value-add deverão focar-se no transporte e armazenamento nos mercados da Europa Central e Oriental (Polónia, República Checa, Roménia), enquanto os investidores à procura de oportunidades têm a retoma de projectos que estavam parados e os novos desenvolvimentos como únicas vias para retornos mais elevados.
A Savills constata, também, que a oferta de escritórios encontra-se em valores historicamente baixos, com os valores de arrendamento em trajectória de subida e a nova oferta a ser apenas suficiente para cobrir o espaço necessário para a criação de novos empregos em toda a Europa.
Alexandra Gomes, Senior Analyst do Departamento de Research da Savills Portugal refere que “para o mercado português, 2019 será mais um ano com excelentes perspectivas de investimento, no qual a forte presença de investidores internacionais continuará a marcar o panorama de investimento imobiliário.”
Com os segmentos de escritórios localizados em zonas centrais a encabeçarem a lista de preferências dos investidores, a própria escassez dos mesmos, deu inicio a novas abordagens e estratégias de escolha de activos que agora são vistos cada vez mais como targets apetecíveis para um leque considerável de investidores internacionais.
A procura de terrenos para o desenvolvimento de residências de estudantes reflecte esta mudança, em que os ditos activos tradicionais vão começar a competir com novos formatos, que nasceram de uma necessária adaptação às novas realidades de organização de trabalho, de viver a cidade e de continuar a atrair investimento para as cidades. Lisboa e Porto reflectem cada vez mais esta adaptação e em 2019, as atenções deverão manter-se nestes dois mercados”.
Marcus Lemli, presidente europeu de Investimento da Savills e CEO da Savills na Alemanha, considera que “a falta de oferta de activos prime levará mais investidores a sectores de nicho, cidades secundárias e oportunidades de desenvolvimento”.
“As estratégias de investimento resilientes devem ter em consideração não só os ciclos dos activos, mas também as mudanças estruturais de longo prazo. Novos tipos de usos de imóveis surgiram e expandiram-se na Europa, respondendo a mudanças demográficas e tecnológicas, como co-working, co-living, casas de repouso, alojamento para estudantes construído especificamente para o propósito, e conceitos de utilização mista, mencionando apenas alguns. Do ponto de vista de um investidor, esses tipos de propriedade não são apenas alternativas para o portfólio tradicional de imóveis, mas tornam-se o novo mainstream, já que eles provam que respondem com sucesso às mudanças estruturais dos motores da procura”, destaca Marcus Lemli.