Sector da construção metálica fatura anualmente mais de quatro mil milhões de euros
“Este sector é muito dinâmico e tem uma grande capacidade de reagir a estas questões, porque são empresas, muitas delas, que já estão internacionalizadas em vários mercados”

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O sector da construção metálica e mista em Portugal representa anualmente um volume de negócios de 4,1 mil milhões de euros e 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Luís Figueiredo Silva, director-geral da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista (CMM), sediada em Coimbra, o sector representa 2,1% das exportações do país, o que equivale a 1,6 mil milhões de euros de facturação, absorvendo cerca de 29 mil empregos.
“Estamo-nos a referir a empresas metalomecânicas exclusivamente ligadas à construção metálica, que é um sector muito importante, cujo volume de negócios tem subido substancialmente desde 2015”, salientou o dirigente.
Em 2014, houve uma quebra do volume de negócios devido à crise angolana, “onde estavam muitas empresas portuguesas com negócios volumosos, que tiveram que arranjar um mercado alternativo”, salientou Luís Silva.
“Este sector é muito dinâmico e tem uma grande capacidade de reagir a estas questões, porque são empresas, muitas delas, que já estão internacionalizadas em vários mercados”, referiu. Se, em 2013, o grosso das exportações para países fora da Europa era superior à União Europeia, neste momento “as exportações para a União Europeia são mais do dobro do que as exportações para países terceiros”.
O presidente da CMM salienta que as empresas optaram por entrar em mercados europeus, “o que de alguma forma também reforça a grande capacidade das indústrias portuguesas deste sector e também a qualidade com que conseguem trabalhar”.
“Quando estamos a falar em mercados europeus, como Reino Unido e França, em que a exigência é superior a outros países onde as economias não estão tão desenvolvidas, o grau de exigência é claramente superior, e têm de ser empresas com grande capacidade e muita qualidade reconhecida para conseguir entrar nestes mercados”, frisou.
Com vista a tornar esta indústria mais competitiva, Portugal está a levar a cabo o projecto Prosteel de qualificação para as PME do sector da construção metalomecânica, com vista a qualificar e inovar as empresas do sector para que estas se tornem mais competitivas à escala global.
“As empresas têm de se diferenciar pela positiva, através da qualidade. Não só tentarem ser competitivos pelo preço, mas também pela qualidade e isso carece de formação dos técnicos e de qualificação em diversas áreas”, explicou Luís Silva.
O apoio às empresas é dado em diversas áreas, que vão da gestão, marketing e parte tecnológica, até à qualidade e ambiente, através de candidaturas no âmbito do Portugal 2020. O projecto Prosteel teve início em Janeiro de 2018 e vai-se prolongar até ao final de 2019, “permitindo perceber um pouco a realidade das empresas”, acrescentou o presidente da CMM.
O sector da metalomecânica nacional engloba também os metais de base, produtos metálicos e transformados (excepto máquinas e equipamentos) os equipamentos eléctricos, as máquinas e equipamentos, veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes para veículos automóveis e outros equipamentos de transporte.