Investimento: Expansão de shoppings e novos espaços de comércio foram tendência no 1ºT
Os sectores de actividade mais representados continuam a ser a “Restauração”, “Moda & Acessórios” e “Decoração & Design”. De notar que novos conceitos, tais como como serviços especializados em entregas ao domicílio, “lojas de conveniência de bairro” vão ganhando popularidade
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A abertura de novas lojas de rua em Lisboa e a requalificação/ expansão de centros comerciais dominaram o primeiro trimestre do ano ao nível do investimento comercial imobiliário, tendo o sector do retalho registado investimentos na ordem dos 311 milhões de euros.
De acordo com dados avançados pela consultora Worx, em 2019 a tendência de aumento do número de lojas de proximidade que conjugam o tradicional e o cosmopolita, continuará por ser atractivo para cidadãos nacionais e internacionais, prevendo-se, ainda, a manutenção dos níveis de confiança do consumidor. Ilustrando esta tendência, verificou-se neste 1º semestre de 2019, que o mercado do comércio de rua, que liderou a dinâmica no sector do retalho no ano passado, continuou a dar mostras de grande dinamismo com a abertura de cerca de 100 novas lojas em Lisboa.
Os sectores de actividade mais representados continuam a ser a “Restauração”, “Moda & Acessórios” e “Decoração & Design”. De notar que novos conceitos, tais como como serviços especializados em entregas ao domicílio, “lojas de conveniência de bairro” vão ganhando popularidade. No somatório de novas lojas, “Food Services & Drinks” representam cerca de 90% das novas aberturas. Destas são exemplos: duas lojas de “A Pousadinha” na Praça da Figueira, e na Rua S. Paulo, 188; um novo restaurante de “Portugália” no Largo Frei Heitor Pinto; mais um restaurante da cadeia “Italian Republic” na Rua Tomás da Anunciação.
Os Centros Comerciais mais maduros do país apostam, por sua vez, na requalificação e actualização, de forma a responder às novas tendências, tais como a aposta em zonas onde o lazer e a restauração sejam o foco principal, associando estas áreas ao aumento do tempo de permanência dos consumidores no espaço comercial. Temos como exemplos: o NorteShopping que vai somar 13 000 m2 de área bruta locável (ABL) bem como a expansão do número de lugares de estacionamento, o investimento total será de 77 M€; o Centro Comercial Colombo, em Lisboa, também vai ser alvo de expansão, com o investimento de cerca de 150 M€ com a construção de um terceiro edifício de escritórios. Prevê-se que ambas as operações estejam concluídas em 2021.
De igual forma o Lis Shopping, ainda sem data definida para a abertura, vai acrescentar 7 700 m2 à oferta comercial existente na zona centro do país. O centro comercial Glicínias Plaza em Aveiro, também irá ter obras de requalificação e ampliação que se iniciaram neste mês de julho, vai ver ampliada a sua área em 13 000 m2 o que resultará numa ABL de 41 000 m2. Operação que implicará um investimento de 40 M€ e prevê-se com conclusão em 2021.
Em relação ao investimento comercial imobiliário no sector do retalho neste 1º semestre, a compra do Leiria Shopping por um fundo alemão no valor de 128M€, seguido da venda de um portefólio composto por galerias comerciais, que rondou os 100M€, e a venda do Barreiro Retail Park, por um fundo alemão, a AM Alpha, no valor de 55 M€, perfazem quase a totalidade dos 300M€ registados.
Comparativamente ao período homólogo de 2018, verificaram-se aumentos praticamente em todas as categorias analisadas, sendo que a mais significativa é o aumento da renda prime no comércio de rua no Porto, cerca de 18%, deveu-se, essencialmente, ao impacto do turismo. As rendas prime dos centros comerciais e dos Retail Parks, registaram uma subida percentual semelhante, cerca de 5%.