Crise Energética: Greve ainda sem efeitos na Construção, mas…
Segundo as associações do sector, os efeitos da greve ainda não são sentidos, mas o prolongamento dos constrangimentos terá, inevitavelmente, consequências para a actividade das empresas
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Governo decretou, esta segunda-feira, em Conselho de Ministros, a requisição civil dos motoristas em greve, alegando incumprimento dos serviços mínimos fixados pelo executivo para fazer face à greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas.
De acordo com o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, o Governo constatou, particularmente no turno da tarde de segunda-feira, que os sindicatos que convocaram a greve dos motoristas de mercadorias e de matérias perigosas “não asseguraram os serviços mínimos” fixados pelo executivo.
“O Governo não teve alternativa senão a de reconhecer a necessidade de proceder à requisição civil dos motoristas em situação de greve com vista a assegurar o cumprimento dos serviços mínimos”, declarou, acrescentando que a medida será “gradual” e aplicada às áreas “em que se constata o incumprimento”.
“Uma delas irá efectivar em concreto a requisição civil apenas na áreas e serviços nos quais até ao momento se identificou o incumprimento de serviços mínimos, em particular o abastecimento da zona sul do país a partir de Sines, o abastecimento da REPA, o abastecimento dos aeroportos e o abastecimento das unidades autónomas de gás natural”, detalhou.
Com o País a atravessar constrangimentos ao nível do abastecimento de viaturas, que implicações é que esta situação está a ter no Sector? Ao CONSTRUIR, o presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) considera que “no imediato, os efeitos ainda não se fizeram sentir”. “No entanto”, acrescenta Ricardo Pedrosa Gomes, “se a situação se mantiver como tem sido relatado, os trabalhos serão fortemente afectados, uma vez que toda a cadeia logística de fornecimento é essencialmente rodoviária”. Pela mesma lógica alinha José de Matos. O secretário-geral da Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC), explica ao CONSTRUIR que por agora ainda não são sentidos problemas, mas acrescenta que “caso a greve se prolongue por mais de uma semana e não forem cumpridos os serviços mínimos decretados poderá haver constrangimentos nas entregas de materiais”. “Em todo o caso, muitas empresas fabricantes fecham neste mês ou reduzem a respectiva actividade, pelo que é habitual que a reposição de stocks de uma grande parte dos produtos só seja feita em Setembro”, recorda aquele responsável.
Para controlar e monitorizar a situação enquanto durar a greve que arrancou às 00h01 desta segunda-feira, o Estado activou a Rede Estratégica de Postos de Combustível (REPA), que terá operacional 374 postos de abastecimento, 54 dos quais apenas acessíveis a veículos prioritários. Ao contrário dos carros do comum dos cidadãos, as viaturas afectas às autoridades de segurança, protecção civil, ambulâncias e outras viaturas médicas, veículos de pronto-socorro de assistência na estrada ou da Segurança Social, não terão limites de abastecimentos. Já nas restantes viaturas, o racionamento de abastecimento de combustível está em vigor, com os condutores comuns limitados a atestar apenas 15 litros de gasolina ou gasóleo por viatura.