DR
APR prevê perdas superiores a 70% no total do ano 2020
Empresas do sector do turismo residencial recorrem em massa ao lay-off e propõem medidas adicionais ao Governo
CONSTRUIR
AGEFE debate formas de ‘Acelerar Portugal’ e apresenta estudo sobre o mercado
Corum capta 156 M€ no 1º trimestre e mantém interesse em activos comerciais
Setúbal: Novo Centro Escolar do Bocage adjudicado à ACA
Depois de Lisboa e Porto, Braga é a capital de distrito que mais investe em nova oferta de habitação
LNEC recebe conferência sobre o Simplex da Habitação
Efacec com novos contratos em projecto de hidrogénio verde da Galp em Sines
Cushman & Wakefield e Worx Responsáveis pela comercialização Edifício Jean Monnet 1
Nova directiva sobre o desempenho energético dos edifícios foi publicada
Stuart Rough assume liderança criativa da Broadway Malyan a nível global
Investimento imobiliário regista aumento de 8% com o mercado de escritórios a destacar-se
As empresas do sector do turismo residencial recorrem ao lay-off e propõem medidas adicionais ao Governo. De acordo com os dados mais recentes disponibilizados pela Associação Portuguesa de Resorts (APR) todas as empresas estão a recorrer massivamente ao lay-off que, nalguns casos, atinge até 95% dos seus colaboradores.
“A crise provocada pelo surto epidemiológico está a ter efeitos inéditos em toda a cadeia de valor do sector do Turismo Residencial. Todas as empresas estão a recorrer massivamente ao lay-off que, nalguns casos, atinge até 95% dos seus colaboradores. Os serviços comerciais ainda a funcionar tentam manter o contacto e a confiança dos seus clientes, mas as visitas e os novos negócios tendem para zero. Nos negócios que estavam em curso, as empresas debatem-se com a impossibilidade de formalizar escrituras. A pressão nas tesourarias já se faz sentir porque as vendas de imobiliário têm um peso de até 80% nas receitas anuais das empresas do ramo. E ainda ninguém sabe quando poderá sequer haver alívio das restrições sociais e económicas”, afirma Pedro Fontainhas, director executivo da APR.
Para as empresas directamente representadas pela APR, e só relativamente ao negócio do imobiliário turístico residencial, está em causa um negócio imobiliário de 650 milhões de euros e mais de 4.500 trabalhadores permanentes, a que acrescem 1.500 temporários em épocas altas. De momento, as previsões de perdas são superiores a 70% no total do ano 2020 relativamente ao ano anterior.
Neste sentido a APR considera importante reforçar as “medidas específicas que permitam às empresas salvaguardar as estruturas, os seus colaboradores e as famílias durante a actual crise e recuperar eficazmente, aos primeiros sinais de alívio da crise e início da retoma económica”.
A isenção ou diferimento dos impostos e obrigações acessórias que sobrecarregam o sector do Imobiliário, nomeadamente o IMT e o IMI pelo menos durante o período de retoma é uma das primeiras propostas da APR. “Poderá a título de exemplo proceder-se à reposição do regime da utilidade turística que foi abolido em 2019. Esta medida será fortemente motivadora para os compradores e uma vantagem competitiva de Portugal numa altura em que concorrentes como a Tunísia, Turquia e Grécia se preparam para injectar avolumadas quantias na promoção dos seus destinos”, reforça Pedro Fontainhas.
A eliminação de impostos como o AIMI que penalizam ainda mais o Imobiliário, a revisão do regime de IVA da construção para a taxa reduzida de 6% durante o período de retoma, o relançamento determinado e descomplexado de instrumentos de competitividade nacional na captação e fixação de investimento estrangeiro, especialmente as Autorizações de Residência para atividades de Investimento (ARI/Vistos Gold) e o Regime dos Residentes Não-Habituais, a facilitação de formalização de negócios à distância recorrendo, por exemplo, à nossa rede consular para permitir realizar uma operação em simultâneo em dois locais remotos e pelos meios electrónicos disponíveis são outras das medidas propostas.