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A Beralt Tin and Wolfram vai investir 3,5 milhões de euros na instalação de uma central fotovoltaica para produção de energia nas Minas da Panasqueira. A empresa que detém a concessão mineira de volfrâmio localizada na Covilhã justifica o investimento com a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e com os custos energéticos.
A empresa já procedeu à assinatura do contrato de adjudicação desta central, que será constituída por 6.642 painéis e terá uma potência instalada de de 2,52 megawatt-pico (MWp).
Enquadrada no regime de unidade de produção para autoconsumo, esta central deverá começar a produzir energia verde dentro de seis a 12 meses e também permitirá uma poupança ao nível dos custos energéticos da empresa, estando prevista a substituição de 21,5% das necessidades energéticas atualmente consumidas da rede.
A central fotovoltaica será instalada nos terrenos da empresa, junta da lavaria de processamento dos minérios, com injeção direta na subestação da Barroca Grande, localizada na Aldeia de São Francisco de Assis e que também é propriedade da empresa.
O impacto ambiental através da redução da emissão de gases com efeito de estufa é uma das mais-valias destacadas pela empresa, que, devido à “vasta área de plantação de árvores”, já regista atualmente mais captura e armazenamento de CO2 do que emissões.
Com o novo investimento, a empresa quer manter a trajetória, estimando que deixem de ser emitidas aproximadamente 2.000 toneladas de CO2 por ano, o que é equivalente à plantação de cerca de 50.000 árvores.
A produção desta central será equivalente ao consumo médio anual de energia por mais de 800 famílias. “Como anexo mineiro, a instalação e operação da central fotovoltaica ficará ligada à longevidade da operação da mina, mas poderá também constituir um importante ativo para a comunidade local, no fim da exploração mineiro, no âmbito do plano de fecho da mina”, ressalva a Beralt Tin and Wolfram em comunicado.
As Minas da Panasqueira são a única exploração de extração de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam cerca de 250 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e do Fundão, no distrito de Castelo Branco.