Lisboa: Autarquia lança concurso para habitação municipal na Quinta do Ferro
A intervenção será candidatada ao financiamento no âmbito do PRR e terá como mote os valores da Nova Bauhaus Europeia: sustentabilidade ambiental, estética e inclusão
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O município de Lisboa lançou esta sexta-feira, dia 18 de Fevereiro, o primeiro concurso para a concepção de um projecto de habitação municipal de cerca de 30 fogos situado na Rua da Verónica, na Freguesia de São Vicente.
O projecto em causa diz respeito à construção e desenvolvimento de um lote municipal vazio inserido em área consolidada, localizado na referida Rua da Verónica para a construção de um edifício que servirá para realojar 30 famílias e ficará situado na área de reabilitação urbana da Quinta do Ferro, contribuindo para realojar moradores actualmente a viver em circunstâncias precárias, acudindo-se às urgências habitacionais na zona.
Tendo como vista a reabilitação urbana, o concurso surge integrado na estratégia de habitação do actual executivo, que assume como prioridade o aumento do parque habitacional municipal destinado ao arrendamento, tanto no âmbito das rendas apoiadas, como das rendas acessíveis, segundo comunicado da autarquia.
Destaca-se o novo olhar para a problemática urbanística, habitacional e social da Quinta do Ferro, bem como uma nova política de contratação pública, através de concursos abertos a todos os projectistas, assentes em critérios de qualidade do projecto.
A intervenção será candidatada ao financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e terá como mote os valores da Nova Bauhaus Europeia: sustentabilidade ambiental, estética e inclusão.
Foram realojados até ao momento 13 moradores, os quais estão a habitar temporariamente em apartamentos arrendados pela Câmara enquanto decorre o processo. A obra deverá estar concluída dentro de três anos, ao fim dos quais os moradores passam para o novo edifício que os irá acomodar.
A nova construção deve constituir-se como primeiro passo de renovação do espaço público em que se insere, com um impacto social positivo. Em paralelo, decorre o processo de participação pública com o envolvimento de moradores e proprietários para a discussão da futura transformação deste território.
Com um Área Bruta de Construção aproximada de 3 000 m2, o projecto está orçado em pouco mais de 270 mil euros, sendo que a empreitada terá um custo superior a 4700 mil euros, aos quais acresce o valor de IVA.
A apresentação de propostas para o projecto é de 60 dias e conta como júri, Joana Couto Chartiel, arquitecta da Lisboa Ocidental SRU, Luís Miguel Pignatelli Ruivo, arquitecto indicado pela Câmara Municipal de Lisboa e Sara Maduro, arquitecta indicada pela Ordem dos Arquitectos.