«O mercado comercial vai acalmar bastante»
A Bouygues está a fazer cinco anos em Portugal. Qual é o balanço que faz da presença da empresa no nosso paÃÂs ? É extremamente positivo. Primeiro penso que é importante referir que, até ao momento só temos tido, sucesso, sucesso e sucesso. Todos os projectos que temos realizado até agora têm, felizmente, resultado muito… Continue reading «O mercado comercial vai acalmar bastante»
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A Bouygues está a fazer cinco anos em Portugal. Qual é o balanço que faz da presença da empresa no nosso paÃÂs ?
É extremamente positivo. Primeiro penso que é importante referir que, até ao momento só temos tido, sucesso, sucesso e sucesso. Todos os projectos que temos realizado até agora têm, felizmente, resultado muito bem e isso dá-nos mais confiança para que possamos apostar em outras áreas de mercado. Queremos ficar por muitos mais anos e ser lÃÂderes de mercado.
Quais são as áreas em que a empresa está a apostar ?
Quando iniciámos a nossa actividade em Portugal, estávamos mais voltados para o mercado de escritórios. Este edifÃÂcio onde estamos instalados, [a Torre Fernão de Magalhães, no Parque das Nações, foi o primeiro edifÃÂcio de escritórios que desenvolvemos. Depois fizemos uma remodelação num edifÃÂcio no centro de Lisboa, a antiga sede da BP, na Rua Castilho e estamos agora a desenvolver mais um projecto aqui no Parque das Nações: o Expo B1, que está já num estado avançado. O mesmo se passa com o edifÃÂcio que vai nascer ao lado. Estes edifÃÂcios, designados comercialmente como Mar Vermelho e Mar Mediterrâneo, resultam de uma parceria com a Parque Expo e fazem parte de uma estratégia que tem vindo a ser seguida pela Bouygues, quer no domÃÂnio de escritórios quer no segmento comercial. Nós desenvolvemos o projecto e vendêmo-lo a um fundo de investimento, antes mesmo de se iniciarem os trabalhos de construção propriamente ditos. Neste momento estamos a negociar um projecto comercial com um fundo que também ainda não tinha marcado presença em Portugal.
Quais são as vantagens que identifica nessa estratégia de vender o projecto a grupos de investimento ?
Naturalmente que tanto há vantagens para nós como também para eles. Desta forma, os investidores têm uma maior garantia de que o investimento é seguro pois estão acompanhados por um promotor que conhecem bem. Eles têm confiança no grupo Bouygues pois trabalham connosco em diversos paÃÂses europeus. Dessa forma estão também seguros da qualidade dos projectos, da sua localização, etc. Para nós, é mais fácil trabalhar directamente com um investidor pois também captamos o know how deles e há obviamente a questão da segurança financeira.
Foi também isso que aconteceu no projecto do Braga Retail Park…
Exactamente. Essa é, no fundo, a nossa estratégia para escritórios e para comércio. Temos apostado agora um pouco mais na área comercial, nomeadamente nos retail park. Não havia estruturas deste género em Portugal e então decidimos apostar neste segmento.
Como se explica que estejam previstas tantas estruturas comerciais para os próximos tempos?
Há que ter em conta que Portugal está integrado num mercado europeu e que está, em termos de ocupação de espaço para fins comerciais, atrás da média europeia. Nos próximos três a quatro anos vai haver um crescimento considerável destes projectos, mas depois temos a noção de que o mercado comercial vai acalmar bastante. Lisboa e Porto ainda podem crescer mais um pouco mas a aposta deverá passar por outras cidades
Quais são as vantagens de ceder os trabalhos ainda em fase de projecto ?
Há duas razões para que optemos por esta forma de trabalhar ao invés de vender os trabalhos já concluÃÂdos. Primeiro porque os investidores, os fundos imobiliários têm confiança no grupo Bouygues e depois porque é mesmo uma questão estratégica. Estamos integrados num grupo onde a promoção imobiliária é apenas uma parte dos nossos negócios pelo que optamos por vender os nossos projectos o mais cedo possÃÂvel mantendo depois o apoio ao investidor. Mas há diferenças entre os retail parks e os centros comerciais. Estes são um produto um pouco mais complicado de gerir. A taxa de crescimento de centros comerciais, em média, entre 1990 e 2000 foi de 20 por cento, de dez por cento entre 2001 e 2004 e de quatro por cento em 2004. Temos um rácio de ÃÂrea Bruta Locável em metros quadrados por cada mil habitantes de 179 metros quadrados, e com os projectos que estão pensados para o paÃÂs, vamos passar os 200 metros quadrados, ou se, vamos superar a média da Europa a 15 paÃÂses.
Dentro da área imobiliária na Europa, a Bouygues Portugal é a segunda filial mais importante. Como se explica este fenómeno ?
Estamos também presentes na Alemanha, na Polónia e na Bélgica. São outros mercados, as apostas são diferentes. Acaba por ser uma questão estratégica e de desenvolvimento do produto dentro de cada mercado. Em termos de escritórios, o mercado em Portugal está bastante maduro, ao passo que até há pouco tempo não havia retail’s por cá. Neste momento estamos a executar quatro projectos para novos espaços. Mas dentro em breve vamos também começar a apostar no mercado habitacional.