Novo Regime de Arrendamento acaba com incerteza e permite planear o futuro
O Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) terá como principal benefÃÂcio «o fim da incerteza e a possibilidade de cada um dos intervenientes no mercado poder quantificar de forma adequada a sua posição e planear o futuro» conclui, entre outros, o mais recente estudo sobre o mercado imobiliário português publicado semestralmente pela Cushman & Wakefield… Continue reading Novo Regime de Arrendamento acaba com incerteza e permite planear o futuro
Rita Silva
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O Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) terá como principal benefÃÂcio «o fim da incerteza e a possibilidade de cada um dos intervenientes no mercado poder quantificar de forma adequada a sua posição e planear o futuro» conclui, entre outros, o mais recente estudo sobre o mercado imobiliário português publicado semestralmente pela Cushman & Wakefield (C&W).
A NRAU não deverá provocar «uma revolução a curto prazo, uma vez que a lei não irá afectar os contratos presentemente em vigor», assim sendo, a consultora aconselha promotores e investidores a estar alerta «para poder dar resposta às oportunidades que surgirem» e a «fazer uma avaliação dos requisitos dos investidores internacionais, por forma a criar o produto de investimento correcto».
A nova lei do arrendamento, que «pelo mero facto de ter sido aprovada é um sinal positivo para o mercado», vai, segundo a C&W, «contribuir para um funcionamento mais eficiente dos mercados de arrendamento e investimento, apesar do perÃÂodo para transição para um mercado a funcionar na modernidade ser excessivo». Para além disso, «numerosas injustiças relativamente aos direitos dos proprietários, especialmente no mercado residencial, serão perpetuadas ao longo da próxima década».
A Cushman & Wakefield salienta que «o mercado imobiliário tem-se revelado desde o inÃÂcio da presente década como um segmento muito atraente para os investidores nacionais e internacionais», acrescentando que «para os primeiros, o efeito de substituição face aos mercados financeiros foi em grande parte a causa da entrada neste segmento, que oferece rentabilidades muito satisfatórias face ao risco e regista correlações reduzidas com os activos financeiros».
«Os investidores internacionais encontram em Portugal rentabilidades ainda comparáveis com outros mercados emergentes e nÃÂveis de risco consideravelmente inferiores», recorda a consultora.
No sector do retalho, a C&W salienta que este mercado tem mantido a evolução favorável que se tem vindo a registar nos últimos anos. Em 2005, a abertura de novas superfÃÂcies comerciais continuou com grande sucesso, de que são exemplo o LoureShopping, na Grande Lisboa, o SerraShopping, na Covilhã, e o Fórum Viseu, que abriram ao público 100 por cento arrendados, registando um «excelente desempenho».
Para o primeiro trimestre deste ano está agendada a inauguração do RioSul Shopping, no Seixal, e do Fórum Coimbra. Assim sendo, a consultora conclui que «no mercado continua a existir bastante interesse por parte dos retalhistas, tanto para centros comerciais como para retail parks».
É de salientar que, «comparando a área existente de centros comerciais com outros paÃÂses europeus, verificamos que Portugal superou já a média europeia de 159 metros quadrados, com uma ABL (área bruta locável) de 169 metros quadrados por 1.000 habitantes». No que diz respeito ao ritmo de abertura de novos centros comerciais, de acordo com o estudo, este abrandou em 2005, «o que não deve ser interpretado como uma retracção do mercado, já que os promotores se mantêm activos com bastantes projectos previstos para 2009».
Para 2006, estão previstas inaugurações de 14 novos empreendimentos, num total de mais de 300.000 metros quadrados. Para os próximos dois anos, estão projectados cerca de 700.000 metros quadrados, o que representa um acréscimo de cerca de 30 por cento relativamente ao stock actual.
No que concerne ao sector dos escritórios, o nÃÂvel de absorção no mercado de Lisboa foi, em 2005, um dos melhores da última década. «As perspectivas para o ano de 2006 adivinham-se favoráveis, após dois anos com valores de procura excepcionais, não obstante os elevados nÃÂveis de desocupação e pressão sobre as rendas» explica a consultora.
A C&W espera que «o mercado continue a assistir àmudança dos ocupantes para instalações de melhor qualidade e com condições financeiras mais favoráveis, considerando os vários casos conhecidos de empresas como companhias de seguros, empresas públicas e escritórios de advogados, que se encontram em processo de pesquisa para mudança de instalações», para além disso, «o Estado poderá também influenciar a procura, considerando os há muito aguardados planos de reorganização e optimização de espaço».
É de salientar que foram apenas oito os edifÃÂcios concluÃÂdos durante o ano, perfazendo cerca de 50.000 metros quadrados. Finalmente, a consultora conclui que «os sinais de recuperação da economia deverão começar a fazer-se sentir nos anos de 2006 e 2007, estimulando-se também por essa via a procura».