Grupo Empril investe 85 milhões no Porto
A cidade do Porto prepara-se para acolher um novo empreendimento que envolve a construção de edifÃÂcios de habitação, escritórios e espaços comerciais, num projecto orçado em cerca de de 85 milhões de euros. A primeira fase da obra arranca já este ano, com o seu final previsto para 2008. O prazo máximo para a conclusão… Continue reading Grupo Empril investe 85 milhões no Porto
Magda Jiná
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A cidade do Porto prepara-se para acolher um novo empreendimento que envolve a construção de edifÃÂcios de habitação, escritórios e espaços comerciais, num projecto orçado em cerca de de 85 milhões de euros. A primeira fase da obra arranca já este ano, com o seu final previsto para 2008. O prazo máximo para a conclusão do projecto é de cinco anos
«Quinta do Infante» é o nome do novo projecto desenvolvido pelo ateliê de arquitectura Sociplano para a cidade do Porto. O terreno em causa, que envolve uma área bruta de construção de aproximadamente 60.000 m2, localiza-se na Asprela, junto ao pólo universitário e ao Hospital S. João, com ligação directa àVCI, principal via de distribuição de tráfego da cidade.
A construção do empreendimento envolve seis fases, a decorrerem em cinco anos, prevendo-se a criação de 463 habitações, 36 espaços comerciais e 44 escritórios.
Uma vez que a zona que irá envolver o empreendimento, pela sua localização, remeterá a uma grande procura de habitação por parte de estudantes universitários, há uma maior aposta em tipologias pequenas, com 178 T1 e 171 T2. Todavia, não deixaram de ser consideradas na concepção do loteamento outras tipologias, em lotes distintos, destinadas a famÃÂlias já consolidadas, com 88 T3 e 26 T4.
A empresa responsável pela promoção do novo empreendimento, o grupo Empril, revelou ao Construir que «os acabamentos foram pensados para um mercado médio/alto».
No que toca a facilidades, o novo empreendimento poderá contar com a estação de metro implementada no local, bem como com um estacionamento municipal de cerca de 400 lugares.
O plano para a construção do empreendimento divide-se em lotes, sendo que o inÃÂcio das obras para o Lote 1, seleccionado para a primeira fase do projecto, está prevista, segundo a Empril, para o Verão deste ano. A promotora revelou ainda que as primeiras habitações estarão concluÃÂdas no inÃÂcio de 2008, prevendo-se a construção de um novo lote, todos os anos, até àconclusão efectiva do projecto, cujo prazo é de cinco anos.
Quinta do Infante
«A proposta apresentada prevê que o empreendimento em causa se destine predominantemente a habitação, possuindo também algumas áreas para comércio e escritórios e ainda as áreas necessárias ao aparcamento». Assim se manifesta o arquitecto José Dinis Machado, responsável pela concepção do projecto Quinta do Infante, na respectiva memória descritiva. Na sua opinião, o principal objectivo para a criação deste empreendimento passa por «criar uma obra de futuro e para o futuro, de forma a que a cidade não o absorva com o seu crescimento, mas sim, cresça àsua volta».
No que toca àconstrução dos edifÃÂcios habitacionais, o arquitecto refere que «todas as habitações serão de qualidade, tendo em conta o interesse do proprietário em conferir ao empreendimento nÃÂveis elevados de habitabilidade». José Dinis Machado não deixou ainda de realçar o facto de esta proposta apresentar áreas para estacionamento (em cave e àsuperfÃÂcie) em quantidades «generosas», dimensionadas de acordo com os regulamentos em vigor, para servir não apenas a área habitacional, como também o comércio e os escritórios.
O empreendimento inclui a construção de seis lotes destinados a habitação, sendo que os lotes 1, 2 e 6 poderão ainda contar com escritórios num dos seus andares, bem como um rés-do-chão destinado ao comércio. Os escritórios e zonas comerciais que estão previstos para os refdos lotes servirão de apoio não apenas a moradores, mas também aos utentes do pólo universitário e hospitalar.
Os Lotes 3, 4, 5 e 6, por sua vez, irão desfrutar de duas caves para estacionamento cada um, enquanto que os lotes 1 e 2 apenas terão acesso a uma cave cada, com uma área de aproximadamente 4625 m2. As caves correspondentes aos lotes 3 e 5 contarão com uma área de cerca de 2085 m2, as pertencentes ao lote 4 terão uma área de cerca de 3494 m2 e, finalmente o lote 6 irá contar com 3487 m2 destinados às caves para estacionamento.
O lote 7, com uma área de cerca de 6.100 m2, será utilizado para «espaços verdes» privados, mas de utilização colectiva por parte dos moradores do empreendimento. A área correspondente ao lote 8, cerca de 19.339m2, irá ser cedida ao domÃÂnio público, e servirá de palco para a construção dos novos arruamentos, passeios, baÃÂas de estacionamento marginantes, espaço-canal para a linha de metro, parque de estacionamento e áreas verdes públicas.
Novos arruamentos
No que respeita àrede viária, foi proposto o alargamento da Rua Dr. Manuel Pereira da Silva, bem como a previsão de novos arruamentos, nomeadamente o arruamento A (paralelo àlinha do metro), que liga o Bairro Económico de Paranhos àRua Dr. Manuel Pereira da Silva, e o arruamento B, que deriva do arruamento A para o cemitério de Paranhos (junto àsub-estação da EN). O empreendimento ainda poderá desfrutar de uma via interior em cul-de-sac que irá servir alguns dos edifÃÂcios da empreitada, derivando dela os principais acessos ao estacionamento subterrâneo que está também idealizado para a zona onde será implementado o projecto. Ainda de acordo com as informações facultadas pelo arquitecto, «a linha de metro também foi alvo de especial atenção, não só a nÃÂvel das ligações das infraestruturas que se prevêm, como também ao nÃÂvel do enquadramento urbanÃÂstico a que se propõe», explica o arquitecto responsável pelo trabalho.
Na opinião de José Dinis Machado, «um projecto arquitectónico desta natureza deve propor soluções criativas e adequadas àestrutura polÃÂtica, económica e social do local em que está inserido, tratando-se, neste caso, de uma das principais entradas para o centro da cidade do Porto».