Mercado imobiliário a crescer em Portugal
Desde que Portugal aderiu àUnião Europeia, é inegável o aumento que se tem verificado ao nÃÂvel da construção. A pouco e pouco, foram surgindo as condições ideiais e necessárias àcriação do mercado maduro e com normas próprias que temos hoje, fazendo do investimento no sector imobiliário uma opção seguida por uma grande fatia… Continue reading Mercado imobiliário a crescer em Portugal
Magda Jiná
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Desde que Portugal aderiu àUnião Europeia, é inegável o aumento que se tem verificado ao nÃÂvel da construção. A pouco e pouco, foram surgindo as condições ideiais e necessárias àcriação do mercado maduro e com normas próprias que temos hoje, fazendo do investimento no sector imobiliário uma opção seguida por uma grande fatia da poupulação portuguesa
O mercado imobiliário em Portugal encontra-se em franco crescimento, e nem a débil evolução do PIB (0,1 por cento no 1º trimestre de 2005) ou o aumento da taxa de desemprego (7,5 porcento) são suficientes para pôr fim àexplosão do negócio que se tem feito sentir neste sector.
De acordo com o Relatório do Mercado Imobiliário Português, realizado pela Jones Lang LaSalle para a região de Lisboa, relativamente ao 2º semestre de 2005, uma das principais razões para este crescimento reside na expectativa da mudança na legislação para o arrendamento.
No sector dos escritórios, o 2º semestre de 2005 evidenciou sinais de recuperação no que toca às rendas prime, principalmente nas Novas Zonas de Escritórios (14,7 por cento) e no Corredor Oeste – Periferia (11 por cento). As rendas médias, por sua vez, mantiveram-se praticamente estáveis em todos os mercados. Em termos anuais, a tendência também caminhou no sentido do crescimento das rendas prime. O maior aumento registou-se nas Novas Zonas de Escritórios, com um crescimento de 20,5 por cento. Esta zona registava, no final de 2005, a mesma renda prime que a Prime Central Business District, que detêm o recorde para rendas mais altas, englobando as zonas da Av. da Liberdade, do largo do Rato e áreas circundantes. Também o Corredor Oeste – Periferia assistiu a um aumento das rendas prime, com um crescimento de cerca de 9,4 por cento, seguida da Central Business District (5,5 por cento) e da Prime Center Business District (2,6 por cento). Nas zonas secundárias e no Parque das Nações, pelo contrário, verificou-se um decréscimo de 30,7 por cento e 3,2 por cento respectivamente.
Durante o ano de 2005, o mercado de escritórios de Lisboa absorveu um total de cerca de 148 mil metros quadrados (m2), revelando um decréscimo de dez por cento relativamente ao ano anterior. O 2º semestre do ano foi responsável por aproximadamente 65 por cento da absorção anual, registando 94.040 m2 de escritórios arrendados. O mercado registou um total de 265 transacções, num total de 148.484 m2. A zona do Corredor Oeste registou a maior absorção com 44.770 m2 do total absorvido durante o ano.
No que toca a novas ofertas, o relatório da Jones Lang LaSalle dá conta de 47.038 m2, o que fez elevar a nova oferta anual para os 73.197 m2, tendo em conta os 26.159 m2 de novos escritórios que surgiram nos primeiros seis meses do ano. Por ocupar, estão cerca de 537.000 m2. O Parque das Nações é a zona que maior taxa de desocupação regista, com 24,82 por cento.
Mais lojas para os portugueses
No imobiliário comercial, foram inaugurados nove novos complexos numa ÃÂrea Bruta Locável (ABL) de 204.260 m2, o que representa um crescimento anual de cerca de 11 por cento, face aos 183.600 m2 inaugurados em 2004. Assim, de acordo com a Jones Lang LaSalle, o ano de 2005 representou um aumento do stock de centros comerciais na ordem dos 8,5 por cento. Com uma ABL total de 89.830 m2, no 2º semestre de 2005 abriram os centros comerciais da Sonae Sierra em Loures e na Covilhã, o Forum Viseu, o Almada Retail Park e o Carrefour Aveiro.
As rendas do retalho mantiveram-se estáveis na generalidade dos formatos, em comparação com o 1º semestre, com uma ligeira variação nos valores máximos das MSU’s, nos Retail Parks e uma ligeira descida no Comércio de Rua.
Até 2007 estão confirmados 18 novos complexos, dos quais 11 centros comerciais, quatro retail parks, um leisure center, um conceito misto e um grande armazém, num total de 507.369 m2 de ABL, o que representa um crescimento superior a 21 por cento. Em 2006, o ABL inaugurado deverá ascender aos 183.200 m2, num total de cinco novos complexos, dos quais se destaca o Dolce Vita Tejo.
Onde vivem os portugueses
No mercado residencial, apesar de a cidade estar a perder habitantes para as periferias, com o Parque das Nações como a principal zona de expansão imobiliária da capital, os valores de compra dos imóveis localizados no centro da cidade têm continuado a aumentar. Na área da habitação, a Jones Lang LaSalle destaca a nova lei do arrendamento, que «tem intenções claras de permitir uma maior dinamização do mercado de arrendamento português, actualmente em franca estagnação». A taxa de absorção neste sector ronda os 70 por cento, isto é, dos 5.276 apartamentos em venda, foram comercializados 3.685.
Em relação aos preços, e tendo em conta a amostra estudada pela Jones Lang LaSalle, verifica-se uma variação positiva em relação a 2004, quer em termos de preços médios por metro quadrado, quer em termos de preços unitários.