Nelson Mota vence prémio Fernando Távora
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos atribuiu um prémio no valor de 5 mil euros para estimular as viagens de investigação A primeira edição do Prémio Fernando Távora atribuiu a bolsa de viagem de investigação ao arquitecto Nelson Mota. A divulgação do nome do vencedor foi feita na… Continue reading Nelson Mota vence prémio Fernando Távora
Maria João Araújo
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No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos atribuiu um prémio no valor de 5 mil euros para estimular as viagens de investigação
A primeira edição do Prémio Fernando Távora atribuiu a bolsa de viagem de investigação ao arquitecto Nelson Mota. A divulgação do nome do vencedor foi feita na festa I Love Távora, organizada pela Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Arquitectos, que se realizou no dia 6 de Maio, no Museu Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira.
O júri desta primeira edição foi constituÃÂdo pelos arquitectos José Bernardo Távora, ÃÂlvaro Siza Vieira, Manuel Mendes, Teresa Novais e Vasco Graça Moura, que decidiram a melhor das 29 propostas concorrentes.
«A minha proposta era ir ao encontro das raÃÂzes da habitação da sociedade burguesa do Porto do século XIX», revelou Nelson Mota. O arquitecto já estudou esta problemática para a sua tese de mestrado que irá defender brevemente no Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde se licenciou e é actualmente assistente da disciplina de Projecto. A viagem servirá agora de base para a elaboração do seu Doutoramento.
O principal objectivo da jornada é encontrar a origem das diferenças existentes entre as casas portuenses e as lisboetas. Enquanto no Porto predomina a influência da habitações londrinas, com as casas enquanto organismo interno, em Lisboa, imperam os prédios de rendimento parisienses, com uma porta comum e posteriores divisões.
Viajar para investigar
Para confirmar esta influência londrina e parisiense em Portugal, Nelson Mota terá como primeiro destino da sua viagem Delft, na Holanda, cidade que «possuÃÂa a maior frota naval do mundo e desenvolveu uma burguesia muito forte», defende Nelson Mota.
Em Londres o arquitecto de 33 anos tentará justificar a grande influência das casas holandesas, com a construção das casas unifamiliares que posteriormente influenciaram as casas do Porto.
Depois, em Paris, analisará a habitação de rendimento que influenciou principalmente as cidades do Sul da Europa, nomeadamente Lisboa.
No Rio de Janeiro, far-se-á a ponte com o modelo lisboeta, de influências parisienses.
Por sua vez, em Recife, o arquitecto vai analisar as diferenças desta cidade brasileira com fortes influências holandesas, tal como acontece no Porto. O importante é ver como «mesmo na América do Sul, com um clima diferente da Europa, houve influências do modelo holandês e francês».
A viagem terá como último destino Boston, que devido àcolonização inglesa herdou o modelo londrino de influências holandesas.
No dia 2 de Outubro, «o vencedor tem que apresentar uma conferência mostrando como concretizou os objectivos», revela a arquitecta Teresa Novais, responsável pela implementação do prémio.