Edição digital
Assine já
    PUB
    Engenharia

    «A engenharia é um acto colectivo»

    Apaixonado desde pequeno pela engenharia, Rui Furtado tem revelado um percurso invejável. Obras como as do Estádio Municipal de Braga e a Casa da Música provam o mérito de um profissional que indiscutivelmente encara a engenharia como uma actividade pluridisciplinar Carina Traça O que o motivou a seguir a carreira de engenheiro civil? Rui Furtado:… Continue reading «A engenharia é um acto colectivo»

    Carina Traça
    Engenharia

    «A engenharia é um acto colectivo»

    Apaixonado desde pequeno pela engenharia, Rui Furtado tem revelado um percurso invejável. Obras como as do Estádio Municipal de Braga e a Casa da Música provam o mérito de um profissional que indiscutivelmente encara a engenharia como uma actividade pluridisciplinar Carina Traça O que o motivou a seguir a carreira de engenheiro civil? Rui Furtado:… Continue reading «A engenharia é um acto colectivo»

    Carina Traça
    Sobre o autor
    Carina Traça
    Artigos relacionados
    2024 será um ano de expanção para a Hipoges
    Empresas
    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
    Empresas
    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
    Imobiliário
    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  
    Engenharia
    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
    Imobiliário
    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
    Arquitectura
    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
    Imobiliário
    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
    Imobiliário
    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
    Arquitectura

    45 sequencia2

    Apaixonado desde pequeno pela engenharia, Rui Furtado tem revelado um percurso invejável. Obras como as do Estádio Municipal de Braga e a Casa da Música provam o mérito de um profissional que indiscutivelmente encara a engenharia como uma actividade pluridisciplinar

    Carina Traça

    O que o motivou a seguir a carreira de engenheiro civil?

    Rui Furtado: Não tive nenhum motivo em especial. O meu avô foi engenheiro civil, mas tive muito pouco contacto com ele, daí acreditar que não tenha sido qualquer influência familiar. Desde pequeno sempre fui um engenhocas e cedo senti vocação pela engenharia. Para além disso tive também sempre muita apetência para as áreas das matemáticas e físicas, portanto quando chegou a altura de decidir pela minha carreira profissional já sabia que a engenharia era claramente o meu sector. E…adorei o curso.

    Porquê a opção pela especialização em estruturas?

    A escolha pela vertente das estruturas foi mais ou menos evidente, porque de todas as áreas de engenharia civil a de estruturas é talvez a opção mais científica e, para uma pessoa que gosta de matemáticas e físicas era claro que fosse esta a opção. As outras áreas por estarem mais direccionadas para a parte prática não se identificavam muito comigo, daí enveredei pelo trabalho de gabinete, que foi aquilo que me fascinou na altura.

    No seu percurso profissional leccionou e trabalhou durante algum tempo, mas depois acabou por deixar a carreira académica. Porquê?

    Depois de acabar o curso na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto concorri para dar aulas e adorei ser professor. Mas por uma questão personalidade não consegui na altura conciliar as duas actividades. Na altura, comecei também por trabalhar numa empresa ligada à Efanor e ao mesmo tempo também para a Mobil, com a tarefa de realizar projectos e fiscalizações de postos de abastecimento. A experiência na Móbil deu-me uma visão muito à americana, ou seja, a empresa em termos de organização e de resultados apresentava uma eficiência e pragmatismo absolutamente fascinante e, por isso considero que foi uma grande experiência. Entretanto, o engenheiro Adão da Fonseca desafiou-me para lançarmos em conjunto uma empresa de consultoria de engenharia civil, eu aceitei, e em 1985 arrancou o projecto. Ao fim de algum tempo, decidi que tinha que abandonar a carreira académica porque a minha aposta era fazer nascer e desenvolver a nova empresa – AFA, na qual ainda hoje estou.

    Foi uma decisão difícil?

    Não. A minha decisão foi fácil porque o meu sonho era fazer nascer um projecto como esta empresa, embora tenha tido muita pena de abandonar o ensino, porque se houve coisa de que eu gostei foi leccionar nas disciplinadas de desenho.

    Desde então já passaram 21 anos. Ao longo deste tempo dedicou-se a 100 por cento à AFA, que balanço faz da sua actividade?

    Faço um balanço muito positivo. Eu acho que uma das coisas fundamentais da actividade é a pessoa gostar do que faz, e eu francamente gosto muito do que faço e indiscutivelmente sinto-me um privilegiado. Obviamente que ao longo de cerca de vinte anos houve momentos bons e maus, mas durante este tempo todo consegui fazer projectos que na altura não imaginava vir executar, por isso deste ponto de vista sinto-me realizado. Contudo, continuo a sonhar e a lutar pela concretização de muito mais coisas…Tenho orgulho de trabalhar com uma equipa bastante boa, não só ao nível técnico mas também humano e, por isso estou bastante esperançado face ao futuro.

    Considera-se como o «pai» da AFA?

    É verdade que em tempos chegou a ser o meu cognome aqui da empresa, mas o que é certo é que eu não me considero propriamente como um pai. Sinto-me de facto integrado nesta equipa e isso para mim é bastante importante.

    Projectos pluridisciplinares – Como encara o acto de engenharia?

    Para mim a engenharia é um acto colectivo e não individual. Enquanto que noutros tempos seria possível pensar no engenheiro numa perspectiva romântica de profissional liberal, hoje em dia a noção já não é essa. Actualmente, os projectos são cada vez mais pluridisciplinares e interdisciplinares e, portanto um projecto para se levar a bom porto, independentemente de haver sempre um responsável de projecto, tem que envolver a contribuição de um conjunto muito alargado de pessoas que não se esgotam num só. Tenho pena que ainda não se tenha conseguido fazer com que esta mensagem fosse passada para o público em geral e interiorizada.

    É evidente que a Ordem dos Engenheiros tem uma visão mais individual em relação a esta questão, porque atribui responsabilidades de uma forma personalizada, mas eu defendo que a responsabilidade deve ser colectiva e não individual. Até agora qual é o seu projecto de eleição?

    Claramente o projecto que me deu maior satisfação foi o Estádio Municipal de Braga. É um projecto em que é difícil racionalizar o que lá aconteceu. Acho que houve uma simbiose muito grande entre a arquitectura e a engenharia, em que se assistiu a uma sintonia muito grande em termos dos objectivos, bem como uma mobilização muito grande ao nível da equipa. Questões técnicas, contratuais, do mais complicado que há, vinte e quatros horas por dia com uma intensidade absolutamente brutal…é sem dúvida indiscutivelmente o projecto que até agora me deu mais «prazer» e acho que será dificilmente ultrapassável. De facto como experiência pessoal foi um projecto absolutamente único. Mas estou à procura de outro.

    Por outro lado, gostei também muito de participar no projecto da Casa da Música. Do ponto de vista do relacionamento com entidades estrangeiras foi óptimo e gratificante. Adorei trabalhar com o holandês Rem Koolhaas e foi gratificante ter participado num projecto que eu pessoalmente considero como «uma história de amizade», uma vez que houve uma grande sintonia entre pessoas culturalmente diferentes. Ainda hoje nos correspondemos quase diariamente.

    Depois de ter participado nestas duas grandes obras, ambiciona mais algum projecto. Qual?

    Há de facto alguns projectos que eu gostava muito de ver construídos. É o caso de um restaurante, em Matosinhos Sul, uma ponte pedonal em Valença e o projecto do Parque Mayer em Lisboa. Estes são sem dúvida os projectos das minhas novas paixões.

    O que representa para si o facto de te sido galardoado com o Prémio Secil?

    Para dizer a verdade, já esqueci o prémio e hoje já estou noutra…Mas na altura foi muito importante, pois nós (Afaconsult) estávamos convencidos de que não íamos ganhar, porque no ano passado o Estádio tinha ganho o prémio na categoria de arquitectura. Considero, no entanto, que seria uma injustiça se a obra não fosse premiada em termos de engenharia.

    Já recebeu algum tipo de convite para trabalhar no estrangeiro?

    Não. Já recebemos alguns convites para trabalhar em parceria com outras empresas estrangeiras, mas a título pessoal não. Mas já tive muitas experiências no estrangeiro, como por exemplo, na construção do Pavilhão de Portugal na Expo 2000 em Hanover com o arquitecto Siza e Souto Moura. Em Macau tive também uma experiência fantástica através do projecto de reforço da estrutura da pala de cobertura e estrutura das bancadas do Estádio de Macau, para a Mota & Companhia, como em África com uma ponte em Cabinda, entre outras. Acho que profissionalmente é fundamental projectarmos lá fora para nos abrir as perspectivas. Obviamente que tenho esse sonho muito presente.

    O que pensa sobre o mercado da engenharia ao nível da internacionalização?

    O mercado da engenharia é um mercado extremamente complexo e difícil. E quando se fala na internacionalização, temos que ter consciência que Portugal não tem uma notoriedade enquanto país que permita alavancar a credibilidade das empresas de engenharia portuguesa. Por outro lado, as empresas nacionais não têm uma dimensão, regra geral, que lhes permita investir na internacionalização, que a meu ver é um factor fundamental. A internacionalização da arquitectura é muito mais fácil porque é um produto que é perfeitamente caracterizado, como é o caso das obras dos arquitectos Siza e Souto de Moura. No caso da engenharia, esta área não tem as características únicas que têm as obras de um arquitecto. Para além disso, existe a tal questão que está relacionada com a dimensão das empresas, pois internacionalizar no caso da engenharia significa ocupar o território, e isto implica um investimento muito grande. Contudo, Portugal tem melhores preços do que a Holanda, que têm empresas com milhares de pessoas, mas por outro lado não temos ainda melhores preços do que uns chineses ou indianos, que têm boa capacidade técnica, entre outras valências.

    No seu entender, como avalia a engenharia civil portuguesa?

    Eu acho que a engenharia portuguesa é muitíssimo boa. Contudo, quando comparo as empresas estrangeiras com as nacionais, diria que a grande diferença está na atitude e na abordagem dos problemas e não tanto na capacidade de os resolver. O que tenho constatado é que na cultura anglo-saxónica há uma abordagem mais abrangente dos problemas e, portanto uma atitude perante as coisas diferente da cultura portuguesa. A capacidade de resolver problemas e de correr risco e até a forma como o fazemos é na minha opinião tão boa ou melhor do que a deles. Aliás a formação dos técnicos portugueses é provavelmente superior face a muito técnicos estrangeiros.

    O que falta então à «nossa» engenharia?

    Penso que há sem dúvida falta de reconhecimento e neste aspecto é que reside a grande diferença. O reconhecimento não vem só necessariamente daquilo que se faz, advém de muitas outras coisas, em que nós poderemos não ser bons, e que estão relacionadas sobretudo com abrangência de que frisei anteriormente. Por outro lado, do ponto de vista da inovação nós temos mostrado também capacidade e possibilidade de vingar no futuro, mas por outro lado, não nos podemos esquecer que nós temos logo à partida a barreira da credibilidade enquanto país, e este é um dos nossos grandes entraves. No entanto, não tenho dúvidas que nós temos dos melhores técnicos que há. Isso é reconhecido por todos, da mesma forma que temos ainda problemas ao nível da organização e de lobies.

    Acha que o Processo de Bolonha pode atenuar alguns destes aspectos?

    O Processo de Bolonha por si só não tem qualquer problema…o que é importante saber é o que vai acontecer a seguir. Concordo com a posição da Ordem dos Engenheiros, pois é preciso que o Processo de Bolonha não signifique que a formação dos engenheiros acabe ali, já que este é apenas um passo. O que vai ter que acontecer é que a própria Ordem vai obrigar a que haja pós-graduações para se conseguirem determinados lugares. Mas há outra dificuldade que tem a ver com um problema cultural do país que se alastrou às universidades, que é a falta de exigência. Hoje em dia o nível de exigências nas universidades baixou muito e isto porque também decaiu em toda a sociedade. Eu acho que as universidades tinham a obrigação de persistir mais em relação a esta questão da exigência. Este facto é gravíssimo para o Ocidente, porque realmente a tendência terá que ser a oposta, ou seja, levantar os níveis de exigência para níveis que nos permitam competir contra a quantidade que nos chega do Oriente.

    Sobre o autorCarina Traça

    Carina Traça

    Mais artigos
    Artigos relacionados
    2024 será um ano de expanção para a Hipoges
    Empresas
    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
    Empresas
    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada
    Imobiliário
    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  
    Engenharia
    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais
    Imobiliário
    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia
    Arquitectura
    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€
    Imobiliário
    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%
    Imobiliário
    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024
    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”
    Arquitectura
    PUB
    Empresas

    2024 será um ano de expanção para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

    CONSTRUIR

    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    roca01

    Empresas

    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

    CONSTRUIR

    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Paulo Caiado, presidente da APEMIP

    Imobiliário

    Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024 já tem data marcada

    Arrancaram esta semana as inscrições para a Convenção APEMIP | IMOCIONATE 2024. Esta é a segunda edição do evento, que decorreu pela primeira vez em Julho do ano passado. A Convenção decorre a 4 de Julho, no Grande Auditório do CCB.

    CONSTRUIR

    “Habitação” é o tema desta segunda edição e abordará entre outros, os modelos de trabalho, as tendências internacionais, sustentabilidade e crescimento económico, a IA na mediação, novas construções,; reabilitação urbana, políticas de financiamento, smart cities e demografia.
    A iniciativa, destina-se a participantes de todo o sector e conta com a presença de importantes players do mercado, nacionais e internacionais. As inscrições estão abertas até 30 de Junho.
    “Num momento em que os temas relacionados com o sector imobiliário estão na ordem do dia, acreditamos que é muito importante trazer estes tópicos a discussão, com especialistas, para analisar as dinâmicas e futuro do setor”, explica Paulo Caiado, presidente da APEMIP. “Este tipo de iniciativas são essenciais para o sector, pois existe a oportunidade de reunir todos os interessados deste núcleo na a reflexão sobre pontos fulcrais para o futuro do imobiliário”, acrescenta Paulo Caiado.
    Ao longo do evento, serão realizadas apresentações por parte de oradores de diferentes áreas do setor, existirão também mesas de debate entre especialistas nacionais e internacionais e ainda alguns momentos de networking.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Engenharia

    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

    CONSTRUIR

    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Grupo IPG coloca no mercado 51 mil m2 de activos logísticos e industriais

    Os activos localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa contam com a comercialização, em co-exclusividade, da CBRE e da JLL

    CONSTRUIR

    As consultoras imobiliárias CBRE e JLL comercializam em regime de co exclusividade os dois activos industriais/logísticos do Grupo IPG localizados em Vila Nova da Rainha/Azambuja e na Trofa e que em conjunto totalizam 51 mil metros quadrados (m2).

    O activo em Vila Nova da Rainha/ Azambuja, com uma infraestrutura completa e pronta a usar, dispõe de uma área total de 36.289 m2, e cerca de 1.500 m2  de área bruta de construção existente,  contando ainda com sete mil m2 de telheiros. Este imóvel encontra-se estrategicamente localizado na zona prime da logística da Grande Lisboa.

    Já o activo de logística localizado na Trofa, sendo igualmente uma oportunidade de investimento altamente vantajosa na zona Norte, conta com uma área de 14.300 m2 de terreno e 3.250 m2 de área bruta de construção existente, e possui ainda um logradouro que permite uma possível conversão tanto numa área de estacionamento, como num espaço de armazenamento ao ar livre.

    A localização deste imóvel destaca-se, também, pela proximidade aos transportes públicos, bons acessos e proximidade às áreas industriais de Santo Tirso, Trofa e Maia.

    Para Nuno Torcato, director da Industrial e Logística na CBRE Portugal, a chegada destes dois activos ao mercado representa uma oportunidade de negócio “excepcional” para operadores logísticos na região Centro e Norte do País, “considerando a falta de produto disponível com tamanho considerável e excelente localização, bem como com características desta qualidade”.

    Também Mariana Rosa, head of Markets Advisory na JLL, destaca a “localização estratégica e características de qualidade” destes dois imóveis, considerando tratar-se de “uma oportunidade única para os operadores logísticos”.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Arquitectura

    Ordem dos Arquitectos debate cinco décadas de habitação em democracia

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo e o engenheiro Fernando Santo. Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24

    CONSTRUIR

    As cinco décadas de democracia vão estar em destaque, esta quarta-feira, dia 24 de Abril, na Ordem dos Arquitectos e que visa abordar a temática da habitação durante este período.

    ‘O que se fez e o que falta fazer?’ são as perguntas que lançam a a conversa entre os arquitectos António Baptista Coelho, Inês Lobo, e o engenheiro Fernando Santo. Foi também convidada a secretária de Estado da Habitação, Patrícia Machado Santos (presença a confirmar).

    Este será a primeira de uma serie de iniciativas que a Ordem dos Arquitectura organizar com o objectivo de “pensar e mostrar como evoluiu a habitação em Portugal nas últimas cinco décadas e o que falta fazer”.

    Este evento decorre simbolicamente a 24 de Abril e nele será também lançado o programa Habitar Portugal 74/24, celebrando em simultâneo os 25 anos da Ordem dos Arquitectos e os 50 do Portugal democrático.

     O programa Habitar Portugal 74/24 vai, durante os próximos meses, continuar a analisar as questões da habitação em Portugal, através de uma equipa de comissários, que coordenada pelo arquitecto César Lima Costa, seleccionará obras emblemáticas neste período, pela sua arquitectura e também pela relevância estratégica para o País.

    Prevê-se, também, uma exposição itinerante, que terminará em 2026 na Capital Mundial da Arquitectura, em Barcelona.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    Pestana Hotel Group com resultado líquido superior a 100M€

    O desempenho do Pestana Hotel Group em 2023 acontece num contexto de investimento de 85 milhões de euros na renovação e aquisição de novos hotéis e na aposta em empreendimentos turísticos

    CONSTRUIR

    O Pestana Hotel Group divulgou esta terça-feira os resultados financeiros de 2023. A receita do grupo atingiu os 557 milhões de euros, representando um aumento de 23% face ao ano anterior. O grupo apresentou ainda um EBITDA de 189 milhões de euros e registou um resultado líquido de 105 milhões de euros em 2023.

    O crescimento das receitas foi impulsionado pela hotelaria, que representa 67% da receita total do grupo, mas também pela área imobiliária, que opera sob a marca Pestana Residences, e que conta com um peso de 16%. As outras actividades do grupo, incluindo golfe, Pestana Vacation Club e Empresa de Cervejas da Madeira, contribuíram com 17% da receita.

    Além do desempenho financeiro sólido que tem vindo a consolidar ao longo de décadas, o Pestana Hotel Group registou, em 2023, um nível de satisfação de clientes de 87,8%, reflectindo a qualidade do serviço e o compromisso do grupo com a experiência do cliente.

    De acordo com o CEO do Pestana Hotel Group, José Theotónio, “Os resultados de 2023 reflectem a forte aposta que temos vindo a fazer nas nossas pessoas, mas também na redução da pegada de carbono e na melhoria da eficiência energética assim como no elevado investimento na transformação digital. Estamos comprometidos em continuar a crescer de forma sustentável, melhorando continuamente as condições das nossas pessoas e a qualidade dos serviços, proporcionando experiências únicas aos nossos clientes”.

    Crescimento de 20% nas remunerações e encargos

    De destacar, em 2023, o investimento realizado nas pessoas, que reflecte a política do grupo em reconhecer e recompensar o empenho dos seus colaboradores, com um crescimento de 20% nas remunerações e encargos, representando um aumento de mais de 19 milhões de euros face a 2022.

    A política salarial do Pestana Hotel Group tem sido historicamente de reforço da remuneração e dos benefícios dos seus colaboradores, tendo-se registado em 2023 um aumento médio de 12% nas remunerações base. A participação nos resultados resultou ainda numa média de dois salários extra por colaborador, totalizando 7,5 milhões de euros.

    A importância da sustentabilidade no sector da hotelaria

    Com um investimento de 12 milhões de euros previsto até 2025, o grupo está empenhado em reduzir o impacto das suas operações no meio ambiente, e desenvolver uma estratégia integrada e assente em cinco pilares – energia, água, resíduos, fornecedores e mobilidade.

    Nesse âmbito, o Pestana Hotel Group tem vindo a implementar o projecto Carbono Zero com resultados muito positivos, reflectindo-se numa diminuição de 11% nas emissões de carbono nos últimos três anos.

    Até 2030, a meta do grupo é de redução de emissões de carbono em 37% face a 2019, objectivos ambiciosos que envolvem vários projectos, tais como a implementação de um sistema de monitorização dos consumos em todos as unidades Pestana, a instalação de painéis fotovoltaicos ou os projectos de circularidade da água, como a dessalinizadora localizada em Alvor e a utilização de águas residuais da ETAR da Boavista no Algarve para rega de campos de golfe.

    Renovação e novos projectos

    A renovação de hotéis ou a aquisição de empreendimentos representou, em 2023, um investimento do grupo de 85 milhões de euros. O Pestana Hotel Group renovou os hotéis Pestana Vila Lido Madeira e Pestana Blue Alvor Beach, e adquiriu o empreendimento turístico Vila Sol, em Vilamoura, no qual já detinha a gestão operacional do hotel e do respectivo campo de golfe. Em Lisboa, o grupo concluiu a construção e abriu a Pousada Alfama e o Pestana Rua Augusta. Para este valor de investimento contribuíram ainda vários projectos na área imobiliária nas regiões do Algarve, Costa Alentejana e Madeira.

    A sustentabilidade do negócio tem sido uma prioridade do grupo ao longo dos mais de 50 anos da sua História. Ao longo de 2023, tendo em conta a volatilidade das taxas de juro, o grupo optou por amortizar antecipadamente empréstimos com taxas variáveis, mantendo a estratégia de taxas fixas, com impacto muito positivo na sua posição financeira que resultou numa evolução favorável do rácio de Dívida Líquida/EBITDA, actualmente com um valor inferior a 1, contribuindo assim para a solidez financeira do Pestana Hotel Group.

    Resultados que permitiram, já no início de 2024, prosseguir com a expansão do Pestana Hotel Group, fortalecendo a presença do grupo nos Estados Unidos, com a aquisição do Pestana Orlando Suites – Lake Buena Vista e prosseguir com o desenvolvimento dos projectos em curso, nomeadamente a construção do eco-resort Pestana Dunas, em Porto Santo e do Pestana CR7 Paris.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    ‘The Nine’ em Vilamoura comercializado a 50%

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, que deverá estar concluído no início de 2025. Até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três empreendimentos

    CONSTRUIR

    O condomínio ‘The Nine’, localizado em Vilamoura, abre portas ao andar modelo, numa altura em que a comercialização atinge os 50%. Nuno Banha, director da Vilamoura Properties, explica que “O The Nine junta-se ao Natura Village, vendido em quase 50%, e ao Vilamoura Parque, que neste momento tem apenas cinco unidades para venda. Estes projectos são muito diferentes entre si, em termos de localizações, tipologias, dimensões e preços, mas todos reflectem a qualidade da oferta de habitação que existe em Vilamoura, seja para viver, passar férias ou investir”.

    Promovido pela Norfin, sociedade gestora da Vilamoura Lusotur, o empreendimento foi projectado a pensar no “máximo aproveitamento solar”, todas as salas são viradas a Sul e prolongam-se para o exterior em jardins, varandas e rooftops privados, com áreas amplas, entre os 19 metros quadrados (m2) e os 166 m2.

    Próximo do campo de golfe, da praia e da marina e a apenas quatro minutos de distância do centro, o ‘The Nine’ conta com 48 apartamentos, dos quais 39 são T2 e nove T3. Os quartos são maioritariamente em suite, com roupeiros e closets generosos e o condomínio oferece, ainda, duas piscinas e uma zona lounge exclusiva, além de estacionamento subterrâneo privado, com postos para carregamento de veículos eléctricos.

    “Neste condomínio, cada detalhe foi cuidadosamente concebido para elevar a experiência dos ocupantes. Trata-se da fusão perfeita entre design contemporâneo e funcionalidade, oferecendo um estilo de vida dinâmico e espaços meticulosamente planeados para maximizar o conforto e a conveniência”, considera Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin SGOIC.

    O ‘The Nine’ é o terceiro projecto imobiliário lançado por Vilamoura, sendo que até ao final do ano está previsto o lançamento de mais três. Ainda em fase de construção, o projecto deverá estar concluído nos primeiros meses de 2025.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    ‘Rethinking Organizations: as diferentes visões sobre o Futuro das Organizações no QSP SUMMIT 2024

    Um dos maiores eventos de Management e Marketing da Europa reunirá mais de 3.500 quadros médios e superiores para refletir sobre o Futuro das Organizações

    Brand SHARE

    De 2 a 4 de julho de 2024, o QSP SUMMIT está de volta sob o mote ‘Rethinking Organizations’. Com foco nas organizações e no futuro do trabalho, mais do que nunca, é tempo das organizações refletirem sobre inovação, adaptação e transformação.

    Mediante um leque abrangente de tópicos a serem explorados em torno da temática principal ‘Rethinking Organizations’, desde a importância crescente da agilidade, liderança, gestão de talento e cultura organizacional, até a questões de inovação, o impacto da IA no mundo do trabalho e as grandes tendências do futuro em certas áreas de negócio. Serão ainda alvo de debate alguns tópicos essenciais, entre eles: a importância da estratégia e da data, as tecnologias de integração de equipas, o reskilling e upskilling das equipas, o bem-estar organizacional, e outras matérias de interesse.

    Entre as primeiras novidades está Linda Hill, professora da Harvard Business School e etnógrafa americana com uma carreira distinta, especialista em desenvolvimento de liderança e inovação, mas mais nomes como Costas Markides – Professor de de Estratégia e Empreendedorismo, o especialista em tendências Rohit Bhargava, a data expert Christina Stathopoulos, entre outros, já foram anunciados. No total, o evento contará com aproximadamente 98 gurus, especialistas e profissionais das mais diversas áreas.

    O QSP SUMMIT conta também com uma área de exposição com mais de 130 marcas envolvidas e apresenta novos palcos este ano, adicionando mais sessões e novas áreas de partilha de conhecimento.

    Para mais informações ou aquisições de passes, pode consultar o website oficial do evento, em www.qspsummit.pt.

    Sobre o autorBrand SHARE

    Brand SHARE

    Mais artigos
    Arquitectura

    Sindicato dos Arquitectos reúne com objectivo de aprovar “primeiras tabelas salariais”

    Do inquérito realizado aos profissionais destaca-se a exigência de 1300 euros de salário de entrada, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, melhor retribuição às horas-extra e ao estabelecimento de carreiras, com propostas distintas para projectistas e para técnicos especializados

    CONSTRUIR

    Com o objectivo de “discutir e aprovar as primeiras tabelas salariais” para a arquitectura, o sindicato do sector convoca os profissionais para uma assembleia geral a realizar no dia 1 de Maio na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) no Porto.

    Para a concretização e aplicação deste seu caderno reivindicativo, o SINTARQ lançou duas iniciativas. Desde Junho de 2023, uma campanha de entrada em empresas para contactar trabalhadores e criar as primeiras estruturas sindicais nesses locais de trabalho. E no final do ano passado, um inquérito que permitiu aferir as expectativas profissionais de quem trabalha em arquitectura e confirmar, uma vez mais, o retrato de precariedade e indignidade transversal no sector, cujos resultados definitivos serão divulgados em breve.

    Da campanha de entrada em empresas, resultou a criação de doze estruturas sindicais em locais de trabalho, algumas das quais com processos reivindicativos em curso. A expectativa é a de que a aprovação do Caderno Reivindicativo agora em Maio sirva de sustentação a esses processos e ao surgimento dos primeiros Acordos de Empresa em Arquitectura.

    Do Inquérito às expectativas profissionais destacamos a ampla adesão dos trabalhadores inquiridos à exigência de 1300 euros de salário de entrada, à redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, a horas-extra com melhor retribuição e maiores restrições, e ao estabelecimento de carreiras como instrumento central à elevação dos salários e ao combate à discriminação e ao assédio.

    A título de exemplo, 94% dos inquiridos defende uma carga horária semanal até 35 horas; a expectativa salarial mediana de um trabalhador com cinco a dez anos de experiência é de 1800 euros e 80% dos inquiridos declara fazer horas extra, metade dos quais sem receber qualquer compensação por isso. Segundo dados preliminares deste Inquérito, um trabalhador em arquitectura vê-se espoliado, no mínimo, em 500 a 800 euros por ano em horas extra não compensadas.

    O Caderno Reivindicativo que será submetido à discussão propõe duas tabelas salariais: uma para projectistas e outra para técnicos especializados, dividindo-se em carreiras profissionais de assistente, júnior e sénior. A progressão atende aos anos de experiência ou às funções efectivamente desempenhadas, independentemente da antiguidade. Estarão também em discussão os critérios que determinam essa progressão e que servirão para contrariar a transversal estagnação de carreiras.

    Além dos salários, carreiras e horário laboral, propõem-se reivindicações-base noutros vectores tais como: direitos na parentalidade, regulação do teletrabalho, dias de férias, garantias de segurança e saúde no trabalho e formação profissional certificada.

    É o culminar de um processo com cerca de um ano e que contou com dez reuniões abertas de discussão realizadas em Braga, Coimbra, Porto, Lisboa e Setúbal, e que agora se encerra neste último Plenário Nacional no Porto.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2021 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.