Falta segurança contra incêndios em edifÃÂcios
A engenharia tem um papel determinante para se poder assegurar condições de fiabilidade na prevenção contra incêndios Portugal é um paÃÂs inseguro no que diz respeito a incêndios em edifÃÂcios urbanos e industriais. Esta é, pelo menos, a convicção de Rui Soreto, presidente da Associação Nacional de Empresas de Protecção Incêndio (ANEPI). Para garantir condições… Continue reading Falta segurança contra incêndios em edifÃÂcios
Maria João Morais
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A engenharia tem um papel determinante para se poder assegurar condições de fiabilidade na prevenção contra incêndios
Portugal é um paÃÂs inseguro no que diz respeito a incêndios em edifÃÂcios urbanos e industriais. Esta é, pelo menos, a convicção de Rui Soreto, presidente da Associação Nacional de Empresas de Protecção Incêndio (ANEPI).
Para garantir condições de fiabilidade na prevenção contra incêndios em edifÃÂcios, mostra-se fundamental o papel da engenharia, nomeadamente «no que diz respeito àutilização de materiais apropriados, àinstalação de equipamentos adequados, de tecnologias eficientes e outros», constata ainda o engenheiro António Miranda, administrador delegado da Grundfos Portugal.
É por isso que a segurança na construção de edifÃÂcios deve ter em conta todos os nÃÂveis, a começar desde logo pela concepção e pelo projecto, a cargo de engenheiros e arquitectos.
Apesar de estarmos em plena época de fogos florestais, sempre com forte impacto mediático devido às intensas imagens divulgadas pelos órgãos de comunicação, Rui Soreto mostra a importância em voltar a atenção também para os incêndios em edifÃÂcios urbanos e industriais. Segundo o presidente da ANETI, «os acidentes e fogos em edificações de habitação, comerciais, escritórios, serviços, e industriais, causam muito mais perdas humanas e os seus prejuÃÂzos para a economia são muito superiores do que os resultantes dos fogos florestais».
O responsável salienta a importância da recém-criada especialização em Engenharia de Segurança pela Ordem dos Engenheiros e lamenta que esta seja ainda pouco conhecida e divulgada em Portugal. Os especialistas deste segmento interferem e actuam transversalmente a todos os restantes projectos e especialidades de arquitectura e engenharia.
Estas e outras questões serão debatidas na I Conferência NFPA (National Fire Protection Association) – Portugal, que terá lugar nos dias 19 e 20 de Outubro de 2006 no Centro de Congressos do Estoril, e cujo tema é «Segurança Contra Incêndios».
A organização do certame está a cargo das empresas portuguesas Instalfogo, Sinalux e Grundfos, em associação com a norte-americana NFPA. Destinada aos profissionais ligados àárea, a conferência tem como objectivo principal a divulgação das normas NFPA, com vista a incrementar a sensibilização para a segurança de pessoas e bens.
Regulamentação aguardada
Tanto Rui Soreto como António Miranda, membros da organização da I Conferência NFPA, concordam que a legislação de segurança contra incêndio em Portugal é muito deficiente e deve ser revista.
De acordo com o que o presidente da ANETI explicou ao Construir, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) desenvolveu recentemente um projecto para o novo Regulamento Geral de Segurança Contra Incêndios em EdifÃÂcios (RGSCIE), que espera desde Maio publicação por parte do Governo, momento aguardado com expectativa pelos profissionais do sector.
O novo RGSCIE vai definir critérios e regras no sentido da certificação de entidades, empresas e indivÃÂduos envolvidos tanto na concepção dos projectos de segurança como na instalação e manutenção de elementos construtivos, equipamentos e sistemas de protecção contra incêndio.
A inspecção é um segmento que tem sido descurado em Portugal. Rui Soreto lamenta que as entidades inspectoras e regulamentadoras da Segurança contra Incêndios na Construção de EdifÃÂcios Urbanos, nomeadamente o SNBPC e as Câmaras Municipais, não tenham «os meios humanos e materiais adequados a uma efectiva inspecção». Tanto a falta de pessoal como a falta de condições efectivas de trabalho impedem o cumprimento dos regulamentos existentes. Neste sentido, o novo documento pretende definir como se deve proceder àmanutenção e inspecção dos equipamentos e sistemas contra incêndios instalados, e aponta responsabilidades na organização da segurança. António Miranda espera que o novo regulamento «permita, de uma vez por todas, o desenvolvimento de projectos, a execução das obras e a sua fiscalização e, igualmente importante, a sua manutenção», possibilitando que sob um único regulamento todos os profissionais do sector possam ter uma base de trabalho única. Este será um regulamento aplicável a toda a construção de edifÃÂcios, eliminando assim a grande quantidade de leis e artigos actualmente existentes. Pretende-se que o documento seja igualmente aplicado aos edifÃÂcios industriais, e que contemple outras utilizações de construção actualmente sem regulamentação.