Promontório assina Marina de Cascais
A baÃÂa de Cascais poderá mudar em 2009, caso o projecto da «Nova Marina» avance. Promovida pela MarCascais e da autoria do ateliê Promontório, a requalificação do espaço está orçada em 164 milhões de euros e prevê a criação de uma nova estrutura com comércio, espaços verdes, alojamentos e um hotel denominado Hotel da Luz,… Continue reading Promontório assina Marina de Cascais
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A baÃÂa de Cascais poderá mudar em 2009, caso o projecto da «Nova Marina» avance. Promovida pela MarCascais e da autoria do ateliê Promontório, a requalificação do espaço está orçada em 164 milhões de euros e prevê a criação de uma nova estrutura com comércio, espaços verdes, alojamentos e um hotel denominado Hotel da Luz, com cerca de 100 metros de altura
A baÃÂa de Cascais poderá mudar a sua imagem caso o projecto da «Nova Marina», promovido pela MarCascais e projectado pelo ateliê Promontório, avance. De acordo com declarações do presidente da câmara de Cascais, António Capucho, àagência Lusa, a requalificação do espaço vai implicar a demolição dos actuais edifÃÂcios, uma vez que os mesmos tem «defeitos estruturais e de concepção, o que a torna altamente deficitária». Actualmente em apreciação na Câmara Municipal de Cascais, o projecto prevê a criação de uma estrutura que contempla comércio, espaços verdes, uma plataforma de eventos, unidades de alojamento turÃÂstico e um hotel.
Uma porta a Ocidente
A relação de Portugal com o mar foi um dos pontos de partida para este projecto, que segundo Pedro Appleton, autor da proposta, serve como «resposta da vocação de Portugal no mundo como paÃÂs marÃÂtimo». «Se a Lisboa lhe cumpre o objectivo de se projectar como Capital Atlântica da Europa, a Cascais cumpre-lhe o papel de se apresentar enquanto a sua porta a Ocidente», revela o arquitecto. Para a elaboração da proposta, foi realizado um diagnóstico onde se concluiu que o espaço público em redor da Marina «sofre de uma desqualificação», encontrando-se por realizar uma relação pedonal entre o centro histórico da vila e a mesma. A ausência de estratégia no comércio existente e a falta de alojamentos turÃÂsticos, foram outros dos factores apontados pelo arquitecto. Tendo em consideração o enquadramento do espaço e as conclusões do diagnóstico, a proposta nasceu do objectivo de «relançar a Marina de Cascais no mapa internacional», refere a memória descritiva.
Aposta na requalificação
O projecto visa, segundo Pedro Appleton, ser «um sÃÂmbolo para a nova Cascais», e neste âmbito contempla demolições e construções novas, a requalificação dos espaços comerciais, a introdução de alojamentos turÃÂsticos e a construção de um hotel com 100 metros de altura. As construções existentes dentro do forte da Cidadela são algumas das propostas para serem demolidas, nascendo no seu lugar novos edifÃÂcios e propondo-se para este espaço tirar proveito das ligações fÃÂsicas, nomeadamente a possibilidade de aceder àMarina através de um percurso pedonal onde se poderão estabelecer relações com as actividades náuticas e que ligará o passeio Maria Pia, o espaço do Clube Naval de Cascais, a Cidadela, a Marina e a estrada que conduz àBoca do Inferno. Outra das estratégias de intervenção é a de condicionar a circulação automóvel no espaço da Marina, àexcepção de pessoas com necessidades especiais e estacionamentos temporários para cargas e descargas. Para tal, está prevista a construção de um estacionamento subterrâneo com capacidade para 950 lugares e que servirá a Marina e os equipamentos existentes na sua envolvente. Com o propósito de criar uma caracterização urbana, o projecto recorre «ao léxico de quarteirões, que desenham ruas e praças, espaços verdes e construções», salienta o autor da proposta, sublinhando que num espaço que se quer movimentado, com fluxo de pessoas e diversas valências, a oferta de alojamento turÃÂstico foi outro dos factores a equacionar no projecto, dividindo-se entre «apartamentos turÃÂsticos e hotelaria de qualidade». Relativamente aos apartamentos, a proposta é a de os localizar nos quatro pisos superiores sobre as novas áreas comerciais, que ficarão no piso térreo, e que serão complementadas com um centro de conferências, restauração e um health centre, perfazendo uma área de construção de 20 mil metros quadrados. Como resposta a um «discurso urbano que se inicia na Marina», o arquitecto propõe ainda um hotel, denominado Hotel da Luz.
Torre de luz
Com trinta pisos e cerca de 100 metros de altura, o Hotel da Luz «apresenta-se como uma marca iconográfica, um objecto metafórico», revela o autor do projecto. Localizado àentrada da Marina, no lugar do actual edifÃÂcio da autoridade marÃÂtima, a unidade hoteleira contempla 200 quartos e um centro de conferências. O edifÃÂcio, de forma elÃÂptica é revestido a vidro, e segundo Pedro Appleton, aposta na eficiência energética, na medida em que aproveita a energia fotovoltaica para aquecimento de águas, bem como a recuperação de águas residuais. O projecto que já foi declarado de Potencial Interesse Nacional (PIN), poderá ficar concluÃÂdo em 2009, se tudo correr na normaldade.