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    «A melhoria na construção começa pelo projecto»

    A ponte Infante Dom Henrique, no Porto, é um dos pontos mais altos num percurso notável na área da engenharia de estruturas em Portugal. Docente na FEUP há 36 anos e há muito apaixonado por pontes, António Adão da Fonseca fala ao Construir sobre as suas principais obras e traça o panorama da indústria da… Continue reading «A melhoria na construção começa pelo projecto»

    Maria João Morais
    Engenharia

    «A melhoria na construção começa pelo projecto»

    A ponte Infante Dom Henrique, no Porto, é um dos pontos mais altos num percurso notável na área da engenharia de estruturas em Portugal. Docente na FEUP há 36 anos e há muito apaixonado por pontes, António Adão da Fonseca fala ao Construir sobre as suas principais obras e traça o panorama da indústria da… Continue reading «A melhoria na construção começa pelo projecto»

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    A ponte Infante Dom Henrique, no Porto, é um dos pontos mais altos num percurso notável na área da engenharia de estruturas em Portugal. Docente na FEUP há 36 anos e há muito apaixonado por pontes, António Adão da Fonseca fala ao Construir sobre as suas principais obras e traça o panorama da indústria da construção em Portugal

    S empre dedicado aos trabalhos que tem em mãos, Adão da Fonseca está actualmente imerso em projectos de travessias pedonais, como é o caso da futura ponte «transparente» sobre o rio Douro.

    Qual a importância da nova travessia pedonal para a cidade do Porto?

    O Porto tem um privilégio raro: é uma cidade que está em cima de um rio e do mar, o que lhe garante uma riqueza impressionante, especialmente como local de lazer. Se pensarmos na beleza do Porto – que é património mundial – percebemos que a melhor vista para lá está do lado de Gaia, precisamente o segundo local mais visitado em Portugal, devido às caves do Vinho do Porto. Mas grande parte do milhão de visitantes que aí vão anualmente não se desloca ao Porto porque a travessia não é agradável. A importância da ligação pedonal entre o Porto e Gaia é evidente.

    Que complexidades representou a nível de engenharia, uma vez que se trata de uma ponte “transparente”?

    A ponte vem colocar-se entre as duas encostas e não é aceitável ter um tabuleiro neste local com uma presença demasiado forte. A ideia é a ponte estar lá mas conseguir ver-se bem através dela. As únicas pontes verdadeiramente transparentes são as pontes suspensas, que têm uma estrutura muito leve.

    Já se sabe quando começa a construção?

    Não. Falta terminar a primeira fase do projecto e a câmara do Porto juntar-se à de Gaia no sentido de dividirem os encargos e aprovarem as obras.

    Já antes tinha desenvolvido um outro projecto de uma ponte pedonal para aquela zona que não saiu do papel.

    No anterior projecto para a ponte pedonal, aquilo que seria absolutamente espectacular seria a colocação da ponte no seu local. Ela era montada e toda fabricada na margem e depois seria colocada de uma vez só no seu local. Tudo isso seria um trabalho de grande engenharia e de grande arquitectura. A construção em aço inoxidável também seria extraordinária, mas tinha custos demasiado altos.

    A forma de construção também é uma preocupação do projecto?

    Agora a legislação vai apertar e exigir que o projectista apresente sempre no seu projecto soluções de construção. Tem que ser uma solução bem estudada. Os processos construtivos no passado por vezes envolviam grandes riscos, que têm que ser controlados. A melhoria na construção tem que começar pelo projecto.

    É a base para que o restante processo corra bem.

    É nessa base que há a possibilidade de estudar com calma, pôr em causa soluções e mudar se necessário. Em Portugal acontece muito ser-se apressado no projecto e avançar-se rapidamente para a construção. Se as coisas não estão devidamente estudadas, daí resultam muitos problemas como custos acrescidos.

    A engenharia não poderia ter também a preocupação em tornar a obra o mais barata possível?

    Uma maneira de uma obra ficar barata é ter um bom projecto, porque aquilo que se torna mais caro são os imprevistos. Uma obra é sempre um protótipo, nunca é completamente igual. Se o projecto em todo o seu faseamento não for bem estudado, vai haver impasses, fazes de imobilização e a rentabilidade baixa. Como a mão-de-obra tem um peso acrescido, a obra vai subindo de preço.

    Foi também responsável pela ponte Pedro e Inês, travessia pedonal em Coimbra. Que desafios implicou, uma vez que se trata de uma ponte anti-simétrica?

    Normalmente as pontes são simétricas. Na ponte de Coimbra usa-se o termo anti-simétrico porque ali a simetria implica uma rotação: o tabuleiro encontra-se numa posição em metade da ponte, diferente da outra metade.

    A ponte tem ainda uma plataforma no centro.

    O engenheiro Cecil Balmond, que colaborou comigo, levantou a questão das pessoas entrarem na ponte e não sentirem a necessidade de sair do outro lado, uma vez que a travessia é relativamente comprida: 300 metros. Assim surgiu a possibilidade de fazer uma pequena ilha no meio. Mas essa ideia não era compatível com a exigência da Polis de Coimbra de ser possível fazer competições de remo no espelho de água criado no rio Mondego pelo açude imediatamente a jusante, com a necessidade de garantir 81 metros de largura livre. A solução foi criar uma praça no meio da ponte.

    Como é que isso foi conseguido?

    Podia ser feito através de um mero alargamento do tabuleiro, mas isso era estranho, pois criava ali um peso a mais. A ideia que singrou foi tornar a ponte anti-simétrica, embora mais complicada sob o ponto de vista do comportamento estrutural. E uma ponte tão comprida e tão estreita tem tendência para vibrar bastante.

    A solução conseguida tornou-a mais estável?

    Ponte que não abana não tem graça. Tem é que abanar de uma forma controlada, o que se consegue habitualmente com equipamentos como as “massas amortecidas sintonizadas”. Apesar de tudo, acabou por resultar numa ponte bastante barata: 3,5 milhões de euros.

    A ponte do Infante garantiu-lhe um galardão da Federação Internacional do Betão. Foi um momento alto na sua carreira?

    Acho que foi um momento alto para todos os portugueses. Aquilo que mais saliento é a coragem do Metro do Porto em lançar um concurso com padrões de exigência tão elevados: queriam uma ponte com grande valia técnica e paisagística. Há um grande mérito do dono de obra. E também do arquitecto Adalberto Dias, que tinha proposto um desenho de ponte muito arrojado e assim criou expectativas elevadas. Também a solução culminou numa obra ímpar, com um arco extremamente delgado e abatido. Dificilmente se fará outra igual, porque condições como aquelas também são raras: duas encostas bastante inclinadas e granitos de grande capacidade portante. O facto é que se foi além da experiência existente.

    Quais foram as maiores complexidades da obra?

    A grande complexidade da obra esteve na sua construção, que tinha que ser feita com uma precisão chocante para a construção civil. Foi dito ao construtor que não havia qualquer espécie de tolerância, que cada milímetro de desvio tinha que ser objecto de análise, porque a obra era extremamente arriscada.

    É uma ponte que valoriza o Porto?

    É uma obra que valoriza um património que já existe. Não há no mundo nenhum outro local com um conjunto de pontes em arco como aquele. Com excepção da ponte do Freixo, todas as pontes sobre o rio Douro entre o Porto e Gaia constituíram recordes mundiais no seu momento de construção.

    As pontes que existem em Portugal são seguras?

    Penso que sim. Nós temos um historial de problemas em pontes muitíssimo bom, comparando com os padrões internacionais.

    Qual é, geralmente, a durabilidade de uma ponte?

    Até há pouco tempo falava-se em 50, 60 anos. Agora a meta é de 100 anos. Mas na minha opinião as pontes deviam ser projectadas para 200 anos, ou mais. Mesmo que não durem tanto, devem ser projectadas pensando-se como vão ser mantidas, e como é que se vão substituindo as peças e componentes de menor durabilidade.

    Com o passar dos anos as pontes vão-se danificando.

    Como qualquer material. Penso que no momento do projecto até se deve ter a preocupação de pensar como é que as pontes vão ser demolidas. Mas para isso é preciso que o dono de obra exija que os projectos dêem resposta a todas essas questões. Isso já tem vindo a acontecer, mas ainda há muito que andar.

    Como analisa a evolução do sector da construção de pontes em Portugal?

    Tem havido inovações. As empresas de construção portuguesas são excelentes, mas muitas vezes lutam com o problema da falta de capital, o que no entanto vai sendo superado. Algumas empresas ultrapassam isso ligando-se a grupos internacionais, como é o caso da Somague, com a ligação ao grupo Sacyr espanhol. A Mota- Engil tem procurado resolver o problema através de ganho de dimensão. O engenheiro Mota defende que as empresas portuguesas deviam ligar-se mais, formando grupos maiores, para ganharem dimensão.

    Isso é positivo na sua opinião?

    É positivo desde que resulte de uma estratégia bem pensada. Mas há mercado para todo o tipo de empresas, também para as pequenas. Eu penso que as empresas portuguesas são boas e constroem bem. Houve duas fases muito importantes na melhoria da capacidade das empresas portuguesas: a chegada dos capitais europeus, e a Expo98, que foi muito importante ao nível da intervenção urbana e dos edifícios. Implicou a construção de edifícios de grande arquitectura, houve coragem para fazer obras com um certo atrevimento e as empresas foram capazes de dar resposta. Mas correspondeu a uma fase de construção tão intensa, que levou a uma grande entrada de empresas estrangeiras, em particular das espanholas.

    Foi fundador da AFAssociados e entretanto saiu. Porquê?

    A vida tem várias fases. Entendi que a minha maneira de estar na profissão e as minhas preferências no trabalho seriam melhor realizadas numa empresa mais especializada, porque a AFA se tornou numa empresa mais multifacetada. Por isso criei em Janeiro deste ano a Adão da Fonseca – Engenheiros e Consultores, Lda, que presta serviços em concreto no sector da Engenharia Civil.

    É professor de estruturas de pontes na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Como vê o ensino em Portugal na área da engenharia civil?

    O ensino tem qualidade, mas há razões para apreensão em relação ao futuro. Isto porque uma faculdade de engenharia não pode viver apenas do ensino, mas de obras que se realizam. A vivência de obra e projecto ajudam no escalonamento dos valores e das importâncias. Se o país passar muitos anos sem grandes obras de engenharia, há um empobrecimento grave porque há conhecimentos que se deixam de passar.

    Sente que ainda lhe falta fazer alguma coisa?

    A ponte pedonal no Porto, que é o projecto que tenho em mãos. É bom estarmos sempre apaixonados pelo que temos à frente. Esta é a obra que gostaria de levar avante.

    Sobre o autorMaria João Morais

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    Quintela e Penalva | Knight Frank vende 100% das unidades do novo D’Avila

    Desenvolvido pela Finangeste, o edifício, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, conserva a fachada original. Além da venda, a mediadora acompanhou e apoiou o arquitecto no desenho e concepção do projecto

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    A consultora imobiliária especializada no segmento luxo, Quintela e Penalva, acaba de anunciar o fecho de vendas do projecto residencial D’Avila. Desenvolvido pela Finangeste, investidor institucional que actua no mercado português há mais de 40 anos, o D’Avila foi um “enorme sucesso comercial”.

    O envolvimento do departamento de empreendimentos da mediadora foi significativo, tendo iniciado com o apoio ao arquitecto no desenho e concepção do projecto, desde o ajuste de plantas à introdução de amenities adaptadas em função das necessidades do mercado e à coordenação da criação integral do branding e infopack do projecto.

    Segundo Jorge Costa, COO da Quintela & Penalva, “o D’Ávila é um excelente exemplo de como o nosso departamento de empreendimentos, e o trabalho de desenvolvimento em estreita colaboração com os promotores, contribui para o sucesso comercial dos projectos e para a satisfação dos clientes”.

    Recuperado a partir de um edifício antigo, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, o edifício conserva a fachada original que, conjugada com a “leveza e simplicidade” da arquitectura contemporânea, apresenta um “cariz muito especial”.

    Os interiores foram projectados para oferecer o “máximo conforto”, enquanto as áreas comuns são onde os residentes podem aproveitar para desfrutar do spa e do ginásio.

    O D’Avila dispõe de 22 apartamentos, de tipologias T1 a T3, dos quais fazem parte duas penthouses duplex. Todas as unidades são “espaçosas e funcionais”, com vãos envidraçados, do chão ao tecto, e quartos todos em suite.

    O sucesso do D’Avila mostra, segundo Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “que Lisboa continua a estar no radar dos investidores e que os produtos de qualidade têm procura garantida”.

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    Gebalis apresenta segunda fase do programa ‘Morar Melhor’

    Com um investimento de quase 1,3 M€, a obra contempla a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores no bairro Padre Cruz e todas as intervenções necessárias associadas

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    O programa de reabilitação dos bairros municipais de Lisboa ‘Morar Melhor’ apresentou esta sexta-feira, dia 26 de Abril, uma nova empreitada, no Bairro Padre Cruz. Com um investimento de quase 1,3 milhões de euros, acrescido de IVA, o projecto prevê a instalação de 10 elevadores em edifícios localizados na Rua Rio Sado e na Rua Rio Guadiana que vai beneficiar 201 fracções e aproximadamente 500 moradores.

    Está considerada na empreitada a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores e todas as intervenções necessárias para cumprimento da legislação de segurança, segurança contra incêndios, acessibilidades, iluminação, electricidade e ventilação. Serão, ainda, construídas duas rampas para assegurar o acesso necessário em dois dos lotes.

    “Tendo em conta o número de pessoas idosas que aqui habitam, esta intervenção responde a uma necessidade que há muito tinha sido identificada e à qual conseguimos agora responder. Esta instalação é totalmente nova, o que eleva ainda mais a importância deste investimento e o impacto na qualidade de vida dos moradores”, refere Fernando Angleu, presidente do Conselho de Administração da Gebalis.

    Esta empreitada faz parte de um conjunto de 58 que compõem o Plano de Reabilitação acordado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Gebalis e que teve início em 2023. Até ao final de 2024 estarão concluídas as primeiras obras de reabilitação dos bairros 2 de Maio, Açucenas, Alfinetes, Boavista, Bom Pastor, Condado, Flamenga, João Nascimento Costa, Padre Cruz, Rego e Telheiras Sul.

    Considerado o maior investimento realizado na habitação municipal desde o Programa Especial de Realojamento (PER), o ‘Morar Melhor’ inclui intervenções de fundo em 478 edifícios, impactando 8614 frações, e reabilitação directa de 1545 fogos habitacionais.

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    Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento

    Os dados obtidos no último inquérito realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, AICCOPN, junto dos empresários do sector que actuam no segmento da Reabilitação Urbana revelam abrandamento do crescimento do nível de actividade

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    De acordo com os dados obtidos no inquérito realizado pela AICCOPN, observa-se um abrandamento da tendência de crescimento do índice Nível de Actividade, que registou em Março, um crescimento de 1,4%, em termos homólogos, Já o índice qualitativo referente à evolução da Carteira de Encomendas observou um decréscimo de 3,3%, face ao apurado no mesmo mês de 2023.

    Relativamente à Produção Contratada, ou seja, quanto ao tempo previsto de laboração a um ritmo normal, no mês de Março, fixou-se em 10,3 meses, o que corresponde a um aumento em relação aos 8,5 meses registados em Março de 2023.

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    EDIH DIGITAL Built com apresentação pública

    O consórcio do EDIH DIGITALbuilt vai realizar o primeiro evento de apresentação pública, no próximo dia 30 de Abril na sede da Ordem dos Engenheiros. O projecto tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência do sector AEC e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído

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    Financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência, DIGITALbuilt é um European Digital Innovation Hub (EDIH) que unifica três clusters na temática do ambiente construído: arquitectura, engenharia e construção, recursos minerais e ferrovia. Conta com a parceria do BUILT CoLAB, de Centros de Interface Tecnológica (ITECONS, StoneCITI, Centro de Competências Ferroviárias e INESC TEC) e com outras entidades de suporte (FI GROUP e FNWAY).

    Este EDIH, irá disponibiliza às PME e à administração pública, quando aplicável, serviços de transformação digital, capacitação, inclusão digital, apoio à procura de financiamento e de intermediação, serviços de incubação de PME e diagnósticos de maturidade digital. Tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência destes sectores e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído.

    No painel de Oradores, encontra-se confirmada a participação do deputy head da unit “Digital Transformation of Industrial Ecosystems” na DG CONNECT da Comissão Europeia, Gaspard Demur e da vogal do conselho de administração da ANI, Sílvia Garcia.

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    @Miguel Nogueira e Filipa Pinto

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    Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€

    Através da GO Porto, a Câmara do Porto, investiu nos últimos seis anos no alargamento e renovação de uma dezena de infraestruturas polidesportivas da cidade

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    tagsPorto

    A aposta do município do Porto na saúde e desporto acessível para todos foi reforçada com mais de 10 obras dedicadas à prática de exercício físico. Entre empreitadas já inauguradas, em curso ou ainda em projecto, o investimento supera os 17 milhões de euros, em zonas distintas da cidade, como Ramalde, Lordelo do Ouro, Paranhos ou ainda Campanhã.

    Entre as principais infraestruturas novas da cidade, é de realçar a empreitada do Campo Municipal do Outeiro, em Paranhos, num investimento municipal na ordem dos 5,5 milhões de euros, divididos por aquisição de terrenos, custos de projecto, empreitada e fiscalização.

    Com a construção das instalações desportivas, bancada com 510 lugares, edifício de apoio e respectivos acessos de circulação, a cidade deixou de ter campos pelados para a prática do futebol e devolveu ao histórico Sporting Clube da Cruz, assim como a outros clubes do Porto, um espaço de jogo digno.

    De forma a abranger mais modalidades e mais adeptos de um estilo de vida saudável, o Parque Desportivo de Ramalde/ INATEL, que está sob gestão da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, oferece, desde 2017, uma pista de atletismo com seis corredores e um campo de relva homologado para a prática de futebol de 11 e de râguebi.

    Em 2019, foi inaugurado o Skate Park de Ramalde, dentro do complexo desportivo, onde crianças, jovens e adultos têm pela primeira vez um espaço onde podem aventurar-se nesta modalidade. Dois anos depois, a GO Porto avançou com a ampliação do espaço e a construção de um bowl.

    Neste momento, está a decorrer a segunda fase da empreitada neste Parque Desportivo, que engloba um novo campo de jogos de futebol e râguebi, com um edifício de apoio com bancada coberta, um recinto para as práticas de atletismo e de zonas de tiro ao arco. Esta última empreitada está orçada em perto dos 4,9 milhões de euros.

    A Piscina Municipal Engenheiro Armando Pimentel, da responsabilidade da empresa municipal Ágora, voltou a abrir portas, totalmente equipada e requalificada. Num investimento municipal a rondar os 2 milhões de euros, esta intervenção permitiu colmatar um conjunto de deficiências de carácter estrutural no interior e exterior do edifício.

    De forma a fomentar a prática de exercício físico na aprendizagem das crianças da cidade do Porto, o Município investiu, ainda, cerca de 400 mil euros na requalificação de 10 infraestruturas exteriores de seis Escolas Básicas: EB 2/3 António Nobre, EB 2/3 Areosa, EB 2/3 Manoel de Oliveira, EB 2/3 Pêro Vaz de Caminha e EB 2/3 Leonardo Coimbra.

    Entre as várias intervenções, contam-se novos pisos e equipamentos para diferentes modalidades desportivas: futebol, basquetebol e andebol, contribuindo assim para a integração social destas comunidades.

    Durante o primeiro trimestre de 2024, arrancaram também as obras na bancada do Campo do Viso, e nas infraestruturas elétricas do Estádio da Praia. Esta primeira empreitada, estimada em 215 mil euros, pretende requalificar a bancada existente, com vista à melhoria das condições de conforto, segurança e circulação.

    Já o Estádio da Praia, a maior infraestrutura desportiva sazonal gerida pela Ágora e que funciona há 15 anos com diversas competições e atividades, está a ser reabilitado ao nível do equipamento eléctrico e torres de iluminação, com um valor de empreitada de 79 mil euros.

    Com arranque previsto para o segundo semestre de 2024, o Campo Municipal de Campanhã, um novo equipamento desportivo com implantação em terreno entre a Rua de Justino Teixeira e as piscinas municipais, ainda carece do visto do Tribunal de Contas.

    Com uma área que ascende aos 17 mil metros quadrados, o espaço abrange um campo de jogos com bancada coberta, além de um edifício de apoio e novo arruamento com lugares de estacionamento. Este novo complexo desportivo tem um valor de empreitada na ordem dos 4,6 milhões de euros.

    Ainda em contratação de projeto encontra-se a Zona Desportiva Oriental, em Campanhã. Designada por Espaço Radical Zona Oriental, trata-se da construção de um parque de desporto com a instalação de um skate park, pump track, estações de street workout, basquetebol e escalada.

    Também em fase de contratação de projecto, a GO Porto tem ainda em mãos a construção de um novo complexo desportivo no Campo Municipal da Ervilha, que serve o Futebol Clube da Foz, com três campos de futebol com relvado sintético, bancada, balneários, ginásio, edifícios de apoio para áreas administrativas e arranjos exteriores.

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    Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica

    A Mapei irá marcar presença de 2 a 5 de Maio no evento anual dedicado ao sector da construção, com a apresentação de uma nova linha de produtos dedicada ao segmento da reabilitação

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    O fabricante mundial de produtos químicos para a indústria da construção marcará, uma vez mais, presença na Tektónica, uma feira que considera estratégica para divulgar soluções, estabelecer contactos estratégicos e acompanhar as mais recentes tendências do mercado.

    Em destaque nesta edição estará a sua nova linha Mape-Antique, uma gama completa de argamassas compostas por cal e eco-pozolana uma gama de produtos, completamente isentos de cimento, dedicadas à consolidação e reabilitação da alvenaria de edifícios de valor histórico e arquitectónico, realizados em tijolo, pedra, tufo ou alvenaria mista.

    Os produtos da gama Mape-Antique têm características físico-mecânicas muito semelhantes às das argamassas para alvenaria e rebocos utilizadas no passado, razão pela qual resultam mais compatíveis com qualquer tipo de estrutura original.

    Ao mesmo tempo, têm elevada resistência físico-química às acções agressivas, ambientais (chuva ácida, gelo-degelo e gases poluentes) e internas à alvenaria (sais solúveis e humidade). A maioria dos produtos Mape-Antique possui elevados valores de transpirabilidade e, no caso dos rebocos desumidificantes, de porosidade. Graças à sua estrutura macroporosa, são capazes de favorecer a evaporação da água presente na alvenaria muito mais do que as tradicionais argamassas para reboco de base cimentícia ou de cal-cimento. Este processo permite que as estruturas húmidas sequem, ou evitem a ascensão capilar de humidade, o que proporciona um maior conforto habitacional. Além disso, se estiverem presentes na alvenaria sais solúveis, estes cristalizam dentro dos macroporos, sem produzir tensões no reboco que o possam degradar.

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    Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica

    A Passivhaus Portugal marca mais uma vez presença na Tektónica. Juntando num espaço próprio vários dos seus parceiros e criando várias dinâmicas de workshops e conversas em contínuo. Uma oportunidade para conhecer melhor este padrão que é também uma certificação

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    Em conjunto com os parceiros em exposição, a Passivhaus Portugal construiu um programa de workshops práticos contínuos, com apresentação de soluções, formas de aplicação, resolução de problemas, e muito mais. Entre workshops poderá também assistir à apresentação de projectos Passivhaus e algumas conversas entre stakeholders da área.
    De notar que o sector da eficiência energética é o que mais vai crescer nesta edição da Tektónica. Não será por acaso. A procura de soluções de habitação, residencial e de escritório, que geram poupança ao mesmo tempo que garantem conforto, saúde para os seus habitantes, e protecção para o meio ambiente, está a crescer.

    “Porque é que em Portugal, um país com um clima ameno, temos de viver com maior desconforto dentro de nossa casa ou do escritório onde trabalhamos, do que alguém que vive num clima frio? Não faz sentido. E isso é algo que entre a classe profissional é já óbvio e começa a tornar-se também para o público em geral. O padrão Passive House dá resposta a todas as questões de conforto, saúde e eficiência e, em Portugal, de forma até mais simples do que, por exemplo, na Alemanha, uma vez que falamos do único padrão no mundo que é quantitativo e rigoroso. E esta é uma das mensagens que levamos para a Tektóncia”, afirma João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal.

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    OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”

    No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, a Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos recordou o estabelecimento e a acção do Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) na conferência “As Brigadas de Abril”

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    O aprofundamento das pesquisas sobre o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), corpo de especialistas criado em 1974 para desenhar e pôr em marcha soluções habitacionais para a imensa população dos bairros de lata, barracas e casas degradadas de Portugal, em coordenação com associações de moradores e os seus recursos eventualmente disponíveis, levou o arquitecto e investigador da CEAU-FAUP Ricardo Santos a afirmar-se espantado pela dimensão, heterogeneidade e desenvolvimentos do “processo”.

    Presente na sessão organizada pela Secção de Lisboa e Vale do Tejo “As Brigadas de Abril”, que decorreu no dia 23 de abril, na sede da Ordem dos Arquitectos, o arquitecto contextualizou o SAAL como um “processo”.

    “As pessoas não falam em projecto, começava antes da intervenção e continuava depois do projecto, com alta participação popular, a ideia de democracia directa, o controlo pelo povo, ao serviço do qual estavam os técnicos”, destacou.

    O SAAL registou 170 operações iniciadas, a construção de 76 bairros e o envolvimento de 42 mil famílias entre 1974 e 76, ano em que passou para a alçada das autarquias. “Só em Lisboa houve intenção de construir 17 bairros, sete chegaram à construção, dois foram terminados”.

    A arquiteta Lia Antunes, a preparar uma tese sobre a intervenção das mulheres no SAAL (no Darq-UC e Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do ISCSP), destacou o papel das moradoras dos bairros de lata, a sua tomada da palavra como a primeira ideia de cidadania, a sua organização e o conhecimento sobre os fogos existentes, sobre as casas que seriam necessárias e sobre a composição das famílias. “As mulheres preparavam as palavras de ordem para as manifestações”, sinal da consciência da sua condição e da vontade reivindicativa.

    Quanto às técnicas, o seu papel é significativo, como foi o caso da arquiteta Ana Salta e de Manuela Madruga (da Brigada Técnica, nome das equipas técnicas do SAAL, maioritariamente com jovens arquitetos e estudantes, que viriam a elaborar planos e projetos e a diagnosticar as situações habitacionais) no Bairro Esperança de Beja; com Nuno Portas, a arquiteta Margarida de Souza Lobo tinha esboçado um modelo de intervenção multidisciplinar e de habitação evolutiva para o bairro de lata da Quinta do Pombal; a socióloga Isabel Guerra, que trabalhou nos bairros sociais de Setúbal, “em janeiro de 74 já tinha apresentado uma proposta para o Bairro da Liberdade que antecipava o SAAL”; “as assistentes sociais foram a cola do processo”, com presença diária nos bairros mediando conflitos, respondendo aos inquéritos sobre as condições físicas dos bairros, e sobre necessidades e desejos das populações. Houve também “uma dimensão internacional” com participação de técnicas de outros países e muitos outros exemplos de compromisso, de “urgência, intensidade, generosidade” podiam ser dados.

    Justamente sobre a “intensidade” dos trabalhos e da vivência que os caracterizou falou Adelaide Cordovil, assistente social e elemento da equipa do SAAL no Fonsecas-Calçada. “Já lá vão 50 anos, era tudo muito intenso. Estava a destapar-se uma panela de pressão?”. Adelaide Cordovil explicou que as pessoas acreditavam no que podiam transformar, tinham essas vontade e energia, aprendiam umas com as outras e tinham ideias claras e fundadas do que precisavam para as suas casas.

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    2024 será um ano de expansão para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

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    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

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    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

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    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

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