Predock projecta museu da humanidade
Assinado por Antoine Predock, o novo Museu Canadiano dos Direitos do Homem personifica através da forma, do espaço e da materialidade, a consciência humanitária universal O futuro Canadian Museum for Human Rights (Museu Canadiano dos Direitos do Homem), a erigir em Winnipeg, no Canadá, conta com a assinatura de Antoine Predock. O arquitecto foi o… Continue reading Predock projecta museu da humanidade
Ana Rita Sevilha
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Assinado por Antoine Predock, o novo Museu Canadiano dos Direitos do Homem personifica através da forma, do espaço e da materialidade, a consciência humanitária universal
O futuro Canadian Museum for Human Rights (Museu Canadiano dos Direitos do Homem), a erigir em Winnipeg, no Canadá, conta com a assinatura de Antoine Predock. O arquitecto foi o vencedor do concurso internacional lançado em 2003, que teve como adversários os ateliês Dan Hanganu & the Arcop Group, Saucier + Perrotte Architects, entre outras 62 propostas colectivas de 21 paÃÂses oriundos dos cinco continentes. O projecto que está orçado em cerca de 240 milhões de euros, visa ser uma instituição de cariz museológico consagrada aos direitos humanos, exercendo também funções como centro de acção, educação e formação. O edifÃÂcio projectado por Antoine Predock, pretende que «inspire e reflicta toda a complexidade e diversidade da experiência humana», revela a memória descritiva do projecto. Tendo as suas «raÃÂzes» na humanidade, o autor do projecto visa com o museu, mostrar a importância do género humano através de «uma simbólica aparição em gelo, nuvens e pedras» que se ergue numa superfÃÂcie relvada. Cravado na terra e dissolvendo-se no céu do horizonte de Winnipeg, o volume remete para as asas de uma pomba que abraçam a mÃÂtica montanha de Tyndall, formada por pedra calcária, na alusão de uma marca intemporal de todas as nações e culturas do mundo. De acordo com Antoine Predock, «o caminho em direcção ao museu é um caminho paralelo àépica jornada da vida».
Um percurso, diferentes espaços
O projecto consiste num percurso que leva o visitante por diferentes espaços remetendo-o para diversas situações e sensações. Ao chegar ao museu, o seu acesso é feito «através das raÃÂzes, funcionando a pedra como sugestivos braços protectores de um evento geológico», explica o documento da proposta. Agarradas àterra, estas raÃÂzes foram dimensionadas de forma a bloquearem os ventos e a criarem uma estrutura para que permita a realização de eventos no exterior, nomeadamente funcionando como coberturas. Desta forma, o percurso inicia-se com uma descida àterra, um reconhecimento espiritual para diversas culturas. Chegando ao «coração» do edifÃÂcio, o visitante depara-se com o Great Hall (átrio de entrada) que evoca a memória das primeiras civilizações, e que é iluminada através de fissuras na pedra que deixam penetrar a luz na área de recepção. Posteriormente, o visitante é conduzido ao Hall of Fame/Walk of Shame (Caminho da Fama/Caminho da Vergonha), que consiste numa faixa para circulação que conduz os visitantes às galerias do museu, as Stone Galleries, (Galerias de Pedra), que funcionam como recipientes expositivos criados por módulos de pedra que são subtraÃÂdos das paredes permitindo ao mesmo tempo criar diferentes vistas e espaços de iluminação. Como uma miragem dentro do museu, aparece o Garden of Contemplation (Jardim das Contemplações), que funciona como um organizador central da experiência. O jardim é acessÃÂvel a partir de qualquer ponto, no decorrer do percurso do visitante, e fica suspenso por cima do Great Hall (átrio de entrada), configurando «uma fÃÂsica e espacial manifestação da gravidade presente no museu», revela o autor do projecto. Este espaço é definido pela água e por plantas medicinais, numa alusão às primeiras civilizações que tinham uma relação sagrada com a água, como um elemento de cura e conforto. Segundo a memória descritiva do projecto, o Jardim das Contemplações é, um «pulmão purificador que reforça o ambiente étnico que envolve o edifÃÂcio».
O culminar
O percurso culmina na ascensão àTower of Hope (Torre da Esperança), a partir da qual o edifÃÂcio proporciona vistas controladas, que se soltam para vistas panorâmicas do céu, da cidade e da fauna natural da região. A torre é «um sinal para a necessidade de ter esperança». De acordo com Antoine Predock, o objectivo do projecto é o de «reforçar a história dos direitos humanos» através de uma arquitectura que se caracteriza pela sua dualidade, nomeadamente na luz e sombra, no efémero e pedra, no reflexo e opacidade e nos elementos terra e céu. O volume, os espaços interiores e a sua materialidade, «personificam no edifÃÂcio do museu uma consciência humanitária universal», conclui o autor do projecto.