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    Arquitectura

    «Por uma Ordem de valores»

    Prezar os valores
    dos arquitectos
    e contribuir para a sua dignificação
    e promoção são
    algumas das metas
    de Luís Conceição.
    O Construir foi saber quais os objectivos do arquitecto,
    “cabeça” da primeira lista candidata
    ao lugar de Helena Roseta

    Filipe Gil
    Arquitectura

    «Por uma Ordem de valores»

    Prezar os valores
    dos arquitectos
    e contribuir para a sua dignificação
    e promoção são
    algumas das metas
    de Luís Conceição.
    O Construir foi saber quais os objectivos do arquitecto,
    “cabeça” da primeira lista candidata
    ao lugar de Helena Roseta

    Filipe Gil
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    Ana Rita Sevilha
    Em entrevista exclusiva ao Construir, Luis Conceição, o primeiro candidato ao lugar de Helena Roseta na presidência da Ordem dos Arquitectos considera que mesmo não havendo uma falta de valores nas linhas de actuação das anteriores direcções, também "não houve uma afirmação nesse sentido"

    "Por uma Ordem de valores" é o lema da sua proposta. O que quer dizer com isso?
    Normalmente quando se faz uma afirmação é em função de uma polaridade. Eu penso que a nossa vida e o nosso sistema de vida se apoiam no equilíbrio entre os valores e os interesses, que acho serem duas coisas importantes. Eu prezo mais os valores do que os interesses e penso que, neste momento, a Ordem dos Arquitectos deve pesar mais os valores dos arquitectos e da arquitectura do que os interesses de alguns arquitectos.
    Acha que houve uma falta de valores durante os anteriores mandatos?
    Não é isso que quero dizer. Não houve uma falta de valores, mas também não houve uma afirmação nesse sentido.

    Esta é uma candidatura de continuidade ou de ruptura com o que tinha vindo a ser feito pela arquitecta Helena Roseta?
    É uma candidatura que procura ser prepositiva, não queremos ser contra nada, mas queremos propor coisas novas. Algumas não são assim tão novas, já vêem sendo contadas, nomeadamente no último congresso da Ordem, nas monções que foram aprovadas e que nós basicamente apoiamos; e outras que não têm sido pensadas ou que pelo menos não têm sido expostas como valores e como objectivos principais.

    Tais como?
    A dignificação da actividade do arquitecto, pugnar mais pela arquitectura do que pela promoção de alguns arquitectos. Por um lado promover a arquitectura como profissão dentro da sua diversidade e apostar na divulgação dessa diversidade, isto porque o arquitecto não se limita a ser autor de edifícios, tem uma possibilidade de acção na comunidade muito mais vasta, e por outro lado estender o território de acção do arquitecto, sair do rectângulo que é Portugal. Temos de pensar que somos um país que pertence ao espaço europeu e ao espaço lusófono, portanto o nosso território é muito grande.

    Que medidas é que se tomam para dignificar a profissão do arquitecto?
    Por um lado mostrar à sociedade que os arquitectos são imprescindíveis para o bem-estar, para o conforto físico, estético e ambiental da comunidade. Neste momento é muito mais importante mostrar o que é que o arquitecto faz, e a sua imprescindibilidade no território, do que estar a promover meia dúzia de arquitectos que geralmente são sempre os mesmos, ou meia dúzia de arquitecturas. É uma questão de prioridade. A outra prioridade é abrir caminhos para os jovens através de protocolos com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), com os países de leste, entre outros, e assim abrir caminhos para novos territórios de acção dos arquitectos portugueses fora de Portugal. Levá-los a entender que o contexto de Portugal entre fronteiras é uma coisa que já não existe.

    Isso quer dizer que pensam estabelecer acordos com universidades europeias?
    Com as Ordens, com outros agentes de intervenção no nosso espaço, sejam promotores imobiliários, Estado, associações, escolas. E no caso do espaço lusófono procuraremos criar uma associação, penso que a ideia não é inédita já vêm de trás, das Ordens dos Arquitectos com fortes ligações a Portugal, tais como Brasil, Angola, Moçambique, Timor, Índia. Promover a livre circulação de arquitectos nos territórios lusófonos.

    Actualmente estão inscritos na Ordem cerca de 15 mil arquitectos. Existe espaço para tantos profissionais?
    Existe, mas é importante que o arquitecto diversifique a sua actividade. Hoje com o crescimento cultural, Portugal já não é um país subdesenvolvido nem analfabeto, a nossa classe média e a nossa pequena burguesia já é informada e formada. Hoje não vamos a uma loja simplesmente comprar uma camisa, vamos pelo formato, a marca e o corte da camisa. Há 40 anos comprávamos o que havia, hoje já escolhemos, portanto é natural que as pessoas quando querem fazer uma remodelação de uma sala ou de uma casa-de-banho, chamem um arquitecto, um arquitecto de interiores ou um designer. Outro dos nossos objectivos é implementar os colégios de especialidade e portanto trazer a nós todas aquelas áreas do fazer e do saber que têm a ver com o design, com o riscar e projectar. Acho que um designer gráfico está mais próximo do arquitecto como forma de agir, do que está o engenheiro agrónomo do engenheiro informático, e ambos fazem parte da Ordem dos Engenheiros. Portanto, o facto de serem 15 mil arquitectos não me preocupa, acho que há espaço para todos. Hoje em dia o arquitecto já não é o homem que trabalha no vão de escada, já é um individuo que precisa de se agrupar com outros arquitectos e com outras especialidades para fazer os seus projectos, o seu espaço de acção já não é só o território nacional é todo o território europeu, a China, Angola, Cabo Verde, São Tomé, a Guiné. Depois há a critica de arquitectura, o jornalismo de arquitectura, a fotografia de arquitectura, a história, a teoria, o ensino e a investigação que é uma coisa emergente. Logo, o arquitecto não tem de ser apenas o homem ou a mulher do projecto porque tem uma abrangência territorial, tanto em termos geográficos como da própria profissão, que não tinha à 15 ou 20 anos. É preciso divulgar e mostrar à sociedade que o arquitecto é imprescindível.

    E como é que se mostra?
    Por um lado através de um apoio muito grande aos núcleos e delegações regionais, que é quem está no terreno e tem neste momento uma valia associativa maior ao nível da classe. As nossas assembleias-gerais na sede não tem mais de 25 ou 30 pessoas, e se for às assembleias regionais do núcleo de Castelo Branco ou do núcleo do litoral alentejano estão lá todos, são poucos mas estão todos. Isso marca a diferença das pessoas que estão no terreno, que trabalham com um público mais diversificado do que as que estão em Lisboa ou no Porto e são pessoas com uma vontade enorme de trabalhar e mostrar serviço, e esse trabalhar não é a feira de vaidades de mostrar a sua obra, mas de organizar debates voltados para a população e não apenas para serem vistos por arquitectos ou estudantes de arquitectura. Depois existe a divulgação, que é possível através da nossa imprensa, termos uma frente que não seja exclusivamente de auto promoção mas também voltada para o exterior para fora da classe, e depois existem outros organismos. Relativamente à dignificação do arquitecto, há uma coisa que nós não podemos fazer mas iremos incentivar, que é a criação do Sindicato Nacional dos Arquitectos, uma vez que uma percentagem muito grande dos arquitectos estão a trabalhar por conta de outrem e a ser pagos abaixo daquilo que seria um nível digno de remuneração. Portanto, penso que um sindicato pode ajudar a dignificar a profissão enquanto arquitecto assalariado. Daremos todo o apoio logístico e jurídico que for possível, não podemos promover, mas incentivar a criação desse sindicato é uma das peças do nosso programa.

    Que papel tem o ensino na construção dessa imagem?
    Fundamental. Eu costumo dizer que existem quatro organismos fundamentais para que haja um equilíbrio da classe: a Ordem, um sindicato, uma associação nacional de escolas de arquitectura e uma associação de estudantes de arquitectura de primeiro, segundo e terceiro ciclo, isto já nos ciclos de Bolonha. A Ordem dos Arquitectos cobre o arquitecto na sua prática profissional, como autor; o sindicato cobre o arquitecto assalariado, e depois temos as associações que estão relacionadas com o ensino e a investigação da arquitectura. Uma das coisas que estamos a debater e a tentar incentivar as escolas a fazer é que cada uma defina uma identidade própria, haver uma diversidade que permita liberdade de escolha e possibilidade de debates e workshops sobre a prática e ensino da arquitectura. A Ordem quase que impôs, para as acreditações dos cursos, um modelo de curso de arquitectura em que as pessoas têm uma margem de um ou dois por cento para se distanciarem, e temos de nos libertar disso. Esta associação de escolas de arquitectura pode aprofundar as questões da didáctica da investigação da arquitectura e da intercomunicação que não existe, porque as escolas estão todas fechadas sobre si. Eu penso que estes quatro organismos poderão contribuir para a dignificação do papel do arquitecto, uma vez que cobrem aspectos distintos da prática e do ensino, e quem sabe até pode sair de algum deles o futuro organismo que vai acreditar cursos de arquitectura junto do ministério da Educação. Esta é uma ideia forte, e é nosso objectivo incentivar a sua realização.

    Outra das suas propostas é a descentralização dos mecanismos burocráticos da Ordem. Em que medida?
    Passa pela redução da carga burocrática da sede mãe e das sedes regionais. Hoje temos órgãos que se sobrepõem, temos um concelho nacional de admissões, um concelho de admissões da região sul, um concelho de admissões da região norte, temos um concelho nacional de delegados, um concelho de delegados da região sul e outro da região norte, ou seja, existe uma triplicação de cargos e órgãos que acabam por guerrilhar entre si e que pode ser simplificado. Depois temos uma série de tarefas de apoio aos arquitectos que podem ser simplificadas através dos nossos sistemas informáticos, bem como a simplificação dos processos de licenciamento. Se conseguirmos reduzir a carga burocrática e o aparelho administrativo central da Ordem e das suas duas secções, conseguimos ir buscar espaço para distribuir localmente pelos núcleos e delegações. No entanto, também é preciso reformular a lógica desses núcleos e delegações, todo o sistema tem de ser revisto.
    Refere que a profissão está carente de uma "acção mais determinada". Como se consegue essa determinação?
    A Ordem, desde que foi criada, tem gasto 80% a 90 % do seu esforço físico, intelectual, e humano a admitir sócios e a acreditar cursos. Isso é um facto que a própria Helena Roseta reconheceu. Só parou porque houve um grupo de alunos ligados a uma universidade que levaram a Ordem a tribunal e ganharam, senão continuava a fazer exactamente o mesmo. Nós queremos reduzir isso ao máximo e trabalhar no sentido da qualificação da arquitectura, dos arquitectos e da imagem dos arquitectos, abrir caminho para a empregabilidade, sobretudo dos jovens, e procurar criar um fundo para enquadramento dos arquitectos velhos, idosos e desvalidos, eu penso que a Ordem também tem de se preocupar com eles. Para além disso, procurar que as sedes da Ordem dos Arquitectos sejam espaços dignos, ponto de encontro onde as pessoas vão ter ao final do dia, reencontrar-se com colegas, discutir trabalhos, um espaço acolhedor.

    Acha que a Ordem cativa pouco os associados?
    Acho que rejeita, eu pelo menos não tenho prazer nenhum de lá ir. Mesmo o próprio espaço físico é um espaço que rejeita. Não tem um auditório digno, uma ordem com 15 mil associados tem um espaço onde cabem cerca de 100 pessoas. Aquele espaço foi projectado para a antiga associação dos arquitectos, mas isso acabou, o paradigma é outro. Portanto temos de pensar em termos de futuro, o facto de aumentar tem prós e contras mas também nos dá força, significa que é uma classe que começa a ter voz.

    Relativamente ao sistema de admissão à Ordem?
    Vamos revê-lo radicalmente. Não faz sentido fazer estágios não remunerados que em 75% dos casos não o são em arquitectura, são em auxiliares de escritórios de arquitectos. Temos um grupo de pessoas com ideias próprias, vamos debate-las, apalpar o pulso, saber em que estado está a Ordem e ouvir mais opiniões.

    Como vê o atraso na revogação do decreto-lei 73/73?
    Se for aprovado tal como está eu penso que é um recuo. O arquitecto deixa de ser autor de projecto para ser autor de uma especialidade. O que não é 100% errado mas é 99% se calhar. É claro que o arquitecto hoje em dia precisa de se associar com outras formações, mas continua a ser o chefe de projecto e deve continuar a ser o autor de projecto. Por outro lado, o arquitecto fica confinado ao projecto dos edifícios, deixar de poder trabalhar espaços públicos, por exemplo, e parece-me que a arquitectura ainda é uma arte generalista. A revisão do 73/73 deve ser muito bem ponderada.

    Consegue fazer uma análise dos mandatos anteriores?
    Consigo, mas não quero.

    Já existem nomes para a Secção Regional Norte e Secção Regional Sul?
    Nós apoiamos qualquer lista que seja eleita, quer para o norte quer para o sul, no entanto estamos a colaborar de perto com uma lista que está a ser formada para a secção regional sul pelo arquitecto Nuno Malheiro, que partilha do nosso sistema de valores e dos nossos objectivos, e é possível que surja uma semelhante no norte, mas com autonomia.

    Como vai ser a sua campanha?
    Será uma campanha simples, iremos às delegações que nos recebam falar dos nossos objectivos e faremos a divulgação por meios normais.

    A Trienal de Arquitectura é um evento para continuar?
    Eu penso que é importante existir grandes exposições e grandes festas de arquitectura, em que se divulgue a arquitectura que se faz em Portugal e não só, e que se tragam pessoas influentes no campo do pensamento e projecto de arquitectura a nível mundial. Contudo, penso que não precisamos de uma coisa desta dimensão. Na realidade, precisamos de algo que esteja muito mais voltado para o público e para a comunidade do que para os arquitectos. Esta Trienal foi feita para arquitectos e estudantes de arquitectura. Embora não seja da nossa competência, penso que este tipo de evento deve ser voltado para o exterior, para a população, que são as pessoas que servimos.

    Como vê o estado da arquitectura portuguesa actualmente?
    Não há um momento a partir do qual podemos dizer que estamos bem. Houve períodos de grande crescimento, de mau crescimento e de desqualificação de espaços, nomeadamente por causa de algumas figuras legais que desenquadram o desenho urbano do ordenamento das cidades e nós sofremos os efeitos disso. Há muito para fazer. n

    Sobre o autorFilipe Gil

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    Quintela e Penalva | Knight Frank vende 100% das unidades do novo D’Avila

    Desenvolvido pela Finangeste, o edifício, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, conserva a fachada original. Além da venda, a mediadora acompanhou e apoiou o arquitecto no desenho e concepção do projecto

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    A consultora imobiliária especializada no segmento luxo, Quintela e Penalva, acaba de anunciar o fecho de vendas do projecto residencial D’Avila. Desenvolvido pela Finangeste, investidor institucional que actua no mercado português há mais de 40 anos, o D’Avila foi um “enorme sucesso comercial”.

    O envolvimento do departamento de empreendimentos da mediadora foi significativo, tendo iniciado com o apoio ao arquitecto no desenho e concepção do projecto, desde o ajuste de plantas à introdução de amenities adaptadas em função das necessidades do mercado e à coordenação da criação integral do branding e infopack do projecto.

    Segundo Jorge Costa, COO da Quintela & Penalva, “o D’Ávila é um excelente exemplo de como o nosso departamento de empreendimentos, e o trabalho de desenvolvimento em estreita colaboração com os promotores, contribui para o sucesso comercial dos projectos e para a satisfação dos clientes”.

    Recuperado a partir de um edifício antigo, em plenas Avenidas Novas, em Lisboa, o edifício conserva a fachada original que, conjugada com a “leveza e simplicidade” da arquitectura contemporânea, apresenta um “cariz muito especial”.

    Os interiores foram projectados para oferecer o “máximo conforto”, enquanto as áreas comuns são onde os residentes podem aproveitar para desfrutar do spa e do ginásio.

    O D’Avila dispõe de 22 apartamentos, de tipologias T1 a T3, dos quais fazem parte duas penthouses duplex. Todas as unidades são “espaçosas e funcionais”, com vãos envidraçados, do chão ao tecto, e quartos todos em suite.

    O sucesso do D’Avila mostra, segundo Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “que Lisboa continua a estar no radar dos investidores e que os produtos de qualidade têm procura garantida”.

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    Gebalis apresenta segunda fase do programa ‘Morar Melhor’

    Com um investimento de quase 1,3 M€, a obra contempla a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores no bairro Padre Cruz e todas as intervenções necessárias associadas

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    O programa de reabilitação dos bairros municipais de Lisboa ‘Morar Melhor’ apresentou esta sexta-feira, dia 26 de Abril, uma nova empreitada, no Bairro Padre Cruz. Com um investimento de quase 1,3 milhões de euros, acrescido de IVA, o projecto prevê a instalação de 10 elevadores em edifícios localizados na Rua Rio Sado e na Rua Rio Guadiana que vai beneficiar 201 fracções e aproximadamente 500 moradores.

    Está considerada na empreitada a construção de seis núcleos necessários para instalação de 10 novos elevadores e todas as intervenções necessárias para cumprimento da legislação de segurança, segurança contra incêndios, acessibilidades, iluminação, electricidade e ventilação. Serão, ainda, construídas duas rampas para assegurar o acesso necessário em dois dos lotes.

    “Tendo em conta o número de pessoas idosas que aqui habitam, esta intervenção responde a uma necessidade que há muito tinha sido identificada e à qual conseguimos agora responder. Esta instalação é totalmente nova, o que eleva ainda mais a importância deste investimento e o impacto na qualidade de vida dos moradores”, refere Fernando Angleu, presidente do Conselho de Administração da Gebalis.

    Esta empreitada faz parte de um conjunto de 58 que compõem o Plano de Reabilitação acordado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Gebalis e que teve início em 2023. Até ao final de 2024 estarão concluídas as primeiras obras de reabilitação dos bairros 2 de Maio, Açucenas, Alfinetes, Boavista, Bom Pastor, Condado, Flamenga, João Nascimento Costa, Padre Cruz, Rego e Telheiras Sul.

    Considerado o maior investimento realizado na habitação municipal desde o Programa Especial de Realojamento (PER), o ‘Morar Melhor’ inclui intervenções de fundo em 478 edifícios, impactando 8614 frações, e reabilitação directa de 1545 fogos habitacionais.

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    Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento

    Os dados obtidos no último inquérito realizado pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, AICCOPN, junto dos empresários do sector que actuam no segmento da Reabilitação Urbana revelam abrandamento do crescimento do nível de actividade

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    De acordo com os dados obtidos no inquérito realizado pela AICCOPN, observa-se um abrandamento da tendência de crescimento do índice Nível de Actividade, que registou em Março, um crescimento de 1,4%, em termos homólogos, Já o índice qualitativo referente à evolução da Carteira de Encomendas observou um decréscimo de 3,3%, face ao apurado no mesmo mês de 2023.

    Relativamente à Produção Contratada, ou seja, quanto ao tempo previsto de laboração a um ritmo normal, no mês de Março, fixou-se em 10,3 meses, o que corresponde a um aumento em relação aos 8,5 meses registados em Março de 2023.

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    EDIH DIGITAL Built com apresentação pública

    O consórcio do EDIH DIGITALbuilt vai realizar o primeiro evento de apresentação pública, no próximo dia 30 de Abril na sede da Ordem dos Engenheiros. O projecto tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência do sector AEC e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído

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    Financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência, DIGITALbuilt é um European Digital Innovation Hub (EDIH) que unifica três clusters na temática do ambiente construído: arquitectura, engenharia e construção, recursos minerais e ferrovia. Conta com a parceria do BUILT CoLAB, de Centros de Interface Tecnológica (ITECONS, StoneCITI, Centro de Competências Ferroviárias e INESC TEC) e com outras entidades de suporte (FI GROUP e FNWAY).

    Este EDIH, irá disponibiliza às PME e à administração pública, quando aplicável, serviços de transformação digital, capacitação, inclusão digital, apoio à procura de financiamento e de intermediação, serviços de incubação de PME e diagnósticos de maturidade digital. Tem como objectivo contribuir para aumentar a competitividade, sustentabilidade e eficiência destes sectores e aumentar a eficiência da administração pública na temática do ambiente construído.

    No painel de Oradores, encontra-se confirmada a participação do deputy head da unit “Digital Transformation of Industrial Ecosystems” na DG CONNECT da Comissão Europeia, Gaspard Demur e da vogal do conselho de administração da ANI, Sílvia Garcia.

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    @Miguel Nogueira e Filipa Pinto

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    Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€

    Através da GO Porto, a Câmara do Porto, investiu nos últimos seis anos no alargamento e renovação de uma dezena de infraestruturas polidesportivas da cidade

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    tagsPorto

    A aposta do município do Porto na saúde e desporto acessível para todos foi reforçada com mais de 10 obras dedicadas à prática de exercício físico. Entre empreitadas já inauguradas, em curso ou ainda em projecto, o investimento supera os 17 milhões de euros, em zonas distintas da cidade, como Ramalde, Lordelo do Ouro, Paranhos ou ainda Campanhã.

    Entre as principais infraestruturas novas da cidade, é de realçar a empreitada do Campo Municipal do Outeiro, em Paranhos, num investimento municipal na ordem dos 5,5 milhões de euros, divididos por aquisição de terrenos, custos de projecto, empreitada e fiscalização.

    Com a construção das instalações desportivas, bancada com 510 lugares, edifício de apoio e respectivos acessos de circulação, a cidade deixou de ter campos pelados para a prática do futebol e devolveu ao histórico Sporting Clube da Cruz, assim como a outros clubes do Porto, um espaço de jogo digno.

    De forma a abranger mais modalidades e mais adeptos de um estilo de vida saudável, o Parque Desportivo de Ramalde/ INATEL, que está sob gestão da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, oferece, desde 2017, uma pista de atletismo com seis corredores e um campo de relva homologado para a prática de futebol de 11 e de râguebi.

    Em 2019, foi inaugurado o Skate Park de Ramalde, dentro do complexo desportivo, onde crianças, jovens e adultos têm pela primeira vez um espaço onde podem aventurar-se nesta modalidade. Dois anos depois, a GO Porto avançou com a ampliação do espaço e a construção de um bowl.

    Neste momento, está a decorrer a segunda fase da empreitada neste Parque Desportivo, que engloba um novo campo de jogos de futebol e râguebi, com um edifício de apoio com bancada coberta, um recinto para as práticas de atletismo e de zonas de tiro ao arco. Esta última empreitada está orçada em perto dos 4,9 milhões de euros.

    A Piscina Municipal Engenheiro Armando Pimentel, da responsabilidade da empresa municipal Ágora, voltou a abrir portas, totalmente equipada e requalificada. Num investimento municipal a rondar os 2 milhões de euros, esta intervenção permitiu colmatar um conjunto de deficiências de carácter estrutural no interior e exterior do edifício.

    De forma a fomentar a prática de exercício físico na aprendizagem das crianças da cidade do Porto, o Município investiu, ainda, cerca de 400 mil euros na requalificação de 10 infraestruturas exteriores de seis Escolas Básicas: EB 2/3 António Nobre, EB 2/3 Areosa, EB 2/3 Manoel de Oliveira, EB 2/3 Pêro Vaz de Caminha e EB 2/3 Leonardo Coimbra.

    Entre as várias intervenções, contam-se novos pisos e equipamentos para diferentes modalidades desportivas: futebol, basquetebol e andebol, contribuindo assim para a integração social destas comunidades.

    Durante o primeiro trimestre de 2024, arrancaram também as obras na bancada do Campo do Viso, e nas infraestruturas elétricas do Estádio da Praia. Esta primeira empreitada, estimada em 215 mil euros, pretende requalificar a bancada existente, com vista à melhoria das condições de conforto, segurança e circulação.

    Já o Estádio da Praia, a maior infraestrutura desportiva sazonal gerida pela Ágora e que funciona há 15 anos com diversas competições e atividades, está a ser reabilitado ao nível do equipamento eléctrico e torres de iluminação, com um valor de empreitada de 79 mil euros.

    Com arranque previsto para o segundo semestre de 2024, o Campo Municipal de Campanhã, um novo equipamento desportivo com implantação em terreno entre a Rua de Justino Teixeira e as piscinas municipais, ainda carece do visto do Tribunal de Contas.

    Com uma área que ascende aos 17 mil metros quadrados, o espaço abrange um campo de jogos com bancada coberta, além de um edifício de apoio e novo arruamento com lugares de estacionamento. Este novo complexo desportivo tem um valor de empreitada na ordem dos 4,6 milhões de euros.

    Ainda em contratação de projeto encontra-se a Zona Desportiva Oriental, em Campanhã. Designada por Espaço Radical Zona Oriental, trata-se da construção de um parque de desporto com a instalação de um skate park, pump track, estações de street workout, basquetebol e escalada.

    Também em fase de contratação de projecto, a GO Porto tem ainda em mãos a construção de um novo complexo desportivo no Campo Municipal da Ervilha, que serve o Futebol Clube da Foz, com três campos de futebol com relvado sintético, bancada, balneários, ginásio, edifícios de apoio para áreas administrativas e arranjos exteriores.

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    Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica

    A Mapei irá marcar presença de 2 a 5 de Maio no evento anual dedicado ao sector da construção, com a apresentação de uma nova linha de produtos dedicada ao segmento da reabilitação

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    O fabricante mundial de produtos químicos para a indústria da construção marcará, uma vez mais, presença na Tektónica, uma feira que considera estratégica para divulgar soluções, estabelecer contactos estratégicos e acompanhar as mais recentes tendências do mercado.

    Em destaque nesta edição estará a sua nova linha Mape-Antique, uma gama completa de argamassas compostas por cal e eco-pozolana uma gama de produtos, completamente isentos de cimento, dedicadas à consolidação e reabilitação da alvenaria de edifícios de valor histórico e arquitectónico, realizados em tijolo, pedra, tufo ou alvenaria mista.

    Os produtos da gama Mape-Antique têm características físico-mecânicas muito semelhantes às das argamassas para alvenaria e rebocos utilizadas no passado, razão pela qual resultam mais compatíveis com qualquer tipo de estrutura original.

    Ao mesmo tempo, têm elevada resistência físico-química às acções agressivas, ambientais (chuva ácida, gelo-degelo e gases poluentes) e internas à alvenaria (sais solúveis e humidade). A maioria dos produtos Mape-Antique possui elevados valores de transpirabilidade e, no caso dos rebocos desumidificantes, de porosidade. Graças à sua estrutura macroporosa, são capazes de favorecer a evaporação da água presente na alvenaria muito mais do que as tradicionais argamassas para reboco de base cimentícia ou de cal-cimento. Este processo permite que as estruturas húmidas sequem, ou evitem a ascensão capilar de humidade, o que proporciona um maior conforto habitacional. Além disso, se estiverem presentes na alvenaria sais solúveis, estes cristalizam dentro dos macroporos, sem produzir tensões no reboco que o possam degradar.

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    Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica

    A Passivhaus Portugal marca mais uma vez presença na Tektónica. Juntando num espaço próprio vários dos seus parceiros e criando várias dinâmicas de workshops e conversas em contínuo. Uma oportunidade para conhecer melhor este padrão que é também uma certificação

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    Em conjunto com os parceiros em exposição, a Passivhaus Portugal construiu um programa de workshops práticos contínuos, com apresentação de soluções, formas de aplicação, resolução de problemas, e muito mais. Entre workshops poderá também assistir à apresentação de projectos Passivhaus e algumas conversas entre stakeholders da área.
    De notar que o sector da eficiência energética é o que mais vai crescer nesta edição da Tektónica. Não será por acaso. A procura de soluções de habitação, residencial e de escritório, que geram poupança ao mesmo tempo que garantem conforto, saúde para os seus habitantes, e protecção para o meio ambiente, está a crescer.

    “Porque é que em Portugal, um país com um clima ameno, temos de viver com maior desconforto dentro de nossa casa ou do escritório onde trabalhamos, do que alguém que vive num clima frio? Não faz sentido. E isso é algo que entre a classe profissional é já óbvio e começa a tornar-se também para o público em geral. O padrão Passive House dá resposta a todas as questões de conforto, saúde e eficiência e, em Portugal, de forma até mais simples do que, por exemplo, na Alemanha, uma vez que falamos do único padrão no mundo que é quantitativo e rigoroso. E esta é uma das mensagens que levamos para a Tektóncia”, afirma João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal.

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    OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”

    No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, a Secção Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos recordou o estabelecimento e a acção do Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) na conferência “As Brigadas de Abril”

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    O aprofundamento das pesquisas sobre o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), corpo de especialistas criado em 1974 para desenhar e pôr em marcha soluções habitacionais para a imensa população dos bairros de lata, barracas e casas degradadas de Portugal, em coordenação com associações de moradores e os seus recursos eventualmente disponíveis, levou o arquitecto e investigador da CEAU-FAUP Ricardo Santos a afirmar-se espantado pela dimensão, heterogeneidade e desenvolvimentos do “processo”.

    Presente na sessão organizada pela Secção de Lisboa e Vale do Tejo “As Brigadas de Abril”, que decorreu no dia 23 de abril, na sede da Ordem dos Arquitectos, o arquitecto contextualizou o SAAL como um “processo”.

    “As pessoas não falam em projecto, começava antes da intervenção e continuava depois do projecto, com alta participação popular, a ideia de democracia directa, o controlo pelo povo, ao serviço do qual estavam os técnicos”, destacou.

    O SAAL registou 170 operações iniciadas, a construção de 76 bairros e o envolvimento de 42 mil famílias entre 1974 e 76, ano em que passou para a alçada das autarquias. “Só em Lisboa houve intenção de construir 17 bairros, sete chegaram à construção, dois foram terminados”.

    A arquiteta Lia Antunes, a preparar uma tese sobre a intervenção das mulheres no SAAL (no Darq-UC e Centro Interdisciplinar de Estudos de Género do ISCSP), destacou o papel das moradoras dos bairros de lata, a sua tomada da palavra como a primeira ideia de cidadania, a sua organização e o conhecimento sobre os fogos existentes, sobre as casas que seriam necessárias e sobre a composição das famílias. “As mulheres preparavam as palavras de ordem para as manifestações”, sinal da consciência da sua condição e da vontade reivindicativa.

    Quanto às técnicas, o seu papel é significativo, como foi o caso da arquiteta Ana Salta e de Manuela Madruga (da Brigada Técnica, nome das equipas técnicas do SAAL, maioritariamente com jovens arquitetos e estudantes, que viriam a elaborar planos e projetos e a diagnosticar as situações habitacionais) no Bairro Esperança de Beja; com Nuno Portas, a arquiteta Margarida de Souza Lobo tinha esboçado um modelo de intervenção multidisciplinar e de habitação evolutiva para o bairro de lata da Quinta do Pombal; a socióloga Isabel Guerra, que trabalhou nos bairros sociais de Setúbal, “em janeiro de 74 já tinha apresentado uma proposta para o Bairro da Liberdade que antecipava o SAAL”; “as assistentes sociais foram a cola do processo”, com presença diária nos bairros mediando conflitos, respondendo aos inquéritos sobre as condições físicas dos bairros, e sobre necessidades e desejos das populações. Houve também “uma dimensão internacional” com participação de técnicas de outros países e muitos outros exemplos de compromisso, de “urgência, intensidade, generosidade” podiam ser dados.

    Justamente sobre a “intensidade” dos trabalhos e da vivência que os caracterizou falou Adelaide Cordovil, assistente social e elemento da equipa do SAAL no Fonsecas-Calçada. “Já lá vão 50 anos, era tudo muito intenso. Estava a destapar-se uma panela de pressão?”. Adelaide Cordovil explicou que as pessoas acreditavam no que podiam transformar, tinham essas vontade e energia, aprendiam umas com as outras e tinham ideias claras e fundadas do que precisavam para as suas casas.

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    2024 será um ano de expansão para a Hipoges

    A Hipoges atingiu 49 mil milhões de euros em activos sob gestão a nível global até ao final do de 2023, mantendo uma taxa de crescimento contínuo em todos os países onde opera e avançando no seu plano de crescimento estratégico

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    O anúncio foi feito pelos líderes da Hipoges, Hugo Velez e Claudio Panunzio, durante o Town Hall 2024 realizado a nível global, que reuniu os quase 2.000 colaboradores que a Hipoges tem espalhados pelos seus 11 escritórios em Espanha, Portugal, Itália e Grécia.

    “Somos uma marca cada vez mais importante”, sublinha Hugo Velez. “O ano passado foi desafiante e 2024 também o é, mas continuamos a crescer, e fazemo-lo de forma sustentada e nos quatro países onde estamos presentes”.

    Claudio Panunzio refere que a Hipoges tem o desafio de “continuar a desenvolver as melhores práticas na gestão de activos”.”Ǫueremos concentrar-nos na nossa expansão internacional e tirar partido da nossa posição para continuar a crescer organicamente e também através de novas aquisições. Estamos actualmente a avaliar quatro ou cinco oportunidades de aquisição em Espanha, Portugal e Itália”.

    Durante o evento, a Chief Financial Officer da Hipoges, Marta Márquez, destacou a “clara tendência de crescimento” da empresa durante o ano de 2023, apesar do contexto de incerteza em que opera, o que lhe permite desfrutar de uma “sólida posição de mercado”.

    Já o Global Chief Operations da Hipoges, Juan Ramón Prieto, fez um balanço do desempenho da empresa em 2023, um ano em que “tivemos de superar grandes desafios devido à evolução da actividade jurídica e imobiliária em Espanha e Portugal”. Apesar dos atrasos nos prazos legais, da redução da quantidade de stock para venda e da queda das hipotecas, a Hipoges “conseguiu aumentar o volume de negócios e comercializar activos mais rapidamente do que o esperado, tanto em Espanha como em Portugal”.

    Durante o ano de 2023, a Hipoges reforçou as suas linhas de negócio e serviços, bem como a sua quota de mercado, através da criação de duas novas empresas e da aquisição de uma participação maioritária numa terceira: a KPI Hotel Management Solutions, especializada na gestão de hotéis e resorts, com presença em Portugal e Grécia; a Finanwin, uma plataforma de mediação hipotecária que opera em Espanha e Portugal; e a F&G, focada na gestão de documentação de activos financeiros.

    Durante a sua intervenção, Margarida Maia, Chief Services Officer, explicou que a equipa da Hipoges cresceu 15,8% em relação ao ano anterior, para 1.820 colaboradores no final de Dezembro de 2023 a nível global, e a empresa espera ultrapassar a marca dos 2.000 este ano. Foram abertos novos escritórios em Espanha, em Sevilha e na Corunha, e em Portugal, em Lisboa, existiu uma mudança para um novo escritório com uma capacidade mais adequada às necessidades da empresa.

    Durante o seu Town Hall 2024, a Hipoges avançou ainda as quatro grandes linhas do plano estratégico em que a empresa pretende alicerçar o seu crescimento: diversificação dos mercados geográficos e das linhas de actividade; aposta na inovação tecnológica; melhoria da eficiência e das margens de rentabilidade; e aposta na captação e fidelização de clientes.

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    Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa

    Esta iniciativa representará uma redução de mais de 50 000 toneladas de CO2 equivalente por ano nas emissões provenientes do consumo de electricidade do Grupo

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    O Roca Group, líder mundial em design, produção e comercialização de produtos para a casa de banho, anunciou um contrato de compra de energia renovável a longo prazo (PPA – power purcha-se agreement), que terá vigência de dez anos, de 2025 a 2035, ligado às novas instalações solares Trévago I & II, situadas na província de Sória, em Espanha.

    A entrada em funcionamento das instalações de produção solar Trévago I e II está prevista para Julho de 2025. Estas instalações contam com uma capacidade de 86,84 MWp. Do total da capacidade, 80% destina-se ao Roca Group e prevê-se a produção de 120 GWh de energia limpa anualmente, o que corresponde ao volume necessário para abranger o consumo eléctrico de todas as operações do Grupo em território europeu.

    Os projectos estão a ser desenvolvidos pela Bruc Energy, uma empresa de produção de energia renovável, e contou-se com a consultoria jurídica da Baker McKenzie, por parte do Roca Group, e da Allen & Overy, por parte da Bruc, assim como com o apoio estratégico da Schneider Electric, através dos respectivos serviços de consultoria em PPA, no que respeita à coordenação de todo o processo.

    Este processo representará uma redução de mais de 50 000 toneladas anuais de CO2 equivalente, o que corresponde ao consumo de energia do Grupo na Europa. Trata-se de mais um objectivo atingido no plano de descarbonização do Roca Group que se vem juntar à recente entrada em funcionamento da primeira fábrica de produção de louça sanitária neutra em emissões de carbono a nível mundial. O Grupo acumula já uma redução de 39% nas respectivas emissões directas de CO2 equivalente e de 47% na respectiva intensidade energética entre 2018 e 2022, aproximando-se do objectivo de reduzir para zero as emissões líquidas em 2045.

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