Portugal ameaçado pela crise no imobiliário em Espanha
A economia espanhola prepara-se para enfrentar o mais que provável esvaziamento do sector imobiliário que se encontra em ponto de ebulição e, Portugal pode-se tornar numa das suas vítimas colaterais devido à sua dependência do país vizinho. Segundo avançou o jornal Público, Espanha ainda é, entre as maiores economias europeias, aquela que mais cresce. O… Continue reading Portugal ameaçado pela crise no imobiliário em Espanha
Marisa Oliveira
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A economia espanhola prepara-se para enfrentar o mais que provável esvaziamento do sector imobiliário que se encontra em ponto de ebulição e, Portugal pode-se tornar numa das suas vítimas colaterais devido à sua dependência do país vizinho. Segundo avançou o jornal Público, Espanha ainda é, entre as maiores economias europeias, aquela que mais cresce. O problema é que o crescimento tem sido baseado, em grande parte, numa expansão do mercado imobiliário, que segundo os economistas, ultrapassou aquilo que seria racional. A oferta de casas teve um grande crescimento, principalmente nas zonas turísticas e os preços tiveram um crescimento de quase o dobro entre 2001 e 2006 e o endividamento das famílias ultrapassou, tal como no nosso país, o rendimento disponível anual.
Em Espanha, o sector da construção representa cerca de 12% da economia, quando a média da zona euro é quase metade. Esta semana, o Instituto Nacional de Estatística espanhol revelou que a economia teve um abrandamento no segundo trimestre de 2007, em que um dos principais contributos para isto acontecer, foi a desaceleração do sector da construção. O maior sinal do final da expansão do sector imobiliário, foi o anúncio do Ministério do Fomento espanhol, que registou em Maio, pela primeira vez em seis anos, um decréscimo no número de obras iniciadas para construção de habitação face a período homólogo.
Todos estes dados confirmam que a "bolha acumulada no sector imobiliário espanhol está a parar de crescer", e o resto da economia está dependente de como se processará o esvaziamento desta bolha.
O director-geral da consultora Aguirre Newman Portugal, Carlos Moedas, afirma convictamente que "no sector residencial espanhol, a bolha já rebentou", "os números das vendas e das casas iniciadas mostram isso claramente". No entanto, assinala que o mercado de escritórios e centros comerciais continua a apresentar indicadores positivos.
Para Portugal, a hipótese de um abrandamento em Espanha é o oposto do que se desejava. Cerca de um terço do crescimento das exportações nacionais tem sido alcançadas através do país vizinho. Logo, a crise espanhola tem um impacto negativo em Portugal. O economista João Duarte explicou que "o principal impacto não seria sentido, de uma forma directa, dentro do sector imobiliário; o problema seria sentido por via da redução do consumo dos espanhóis, que afectaria as exportações portuguesas".
Portugal assiste a uma valorização continua do mercado residencial
Portugal pode ainda beneficiar com a crise imobiliária nos EUA e em Espanha, na perspectiva de que os investidores que procuram produtos imobiliários de qualidade a preços competitivos, escolham o mercado português para investir.
O presidente da Associação e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), José Eduardo Macedo, declarou ao matutino, que " o mercado está mau para vender, mas está bom para comprar", e antecipou uma nova fase de expansão do mercado em 2009.
O segmento das casas novas de nível elevado, é mesmo o que tem vindo a garantir que a valorização do mercado residencial português se mantenha numa curva ascendente, no entanto, esta valorização regista taxas de valorização cada vez mais reduzidas.
De acordo com as taxas de variação anual emitidas pelo Índice Confidencial Imobiliário (ICI) demonstra que a valorização dos imóveis tem vindo a decrescer. O portal Lardocelar.com juntou a sua informação a este índice e registou em 2006, 320 mil imóveis provenientes de 1400 empresas, demonstrando que os alojamentos novos é o que tem apresentado um maior e mais consistente ritmo de valorização.
O director do Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, explicou que "em termos acumulados, a valorização deste mercado entre Dezembro de 2006 e Maio de 2007 foi de 1,8%, o que corresponde a uma taxa anualizada de 4,4%". No mercado de usados, as valorizações mensais têm sido menores, facto que se ressente na dinâmica de valorização anual.