Worx avalia África como tendo forte potencial para se investir
O estudo, que coloca ainda a África do Sul como outro país com interesse para o sector, salienta o continente africano "numa perspectiva geral" como um destino "cada vez mais interessante para se investir"
Diana Nobrega Rodrigues
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Angola, Moçambique e África do Sul surgem como os países com maior investimento nacional e internacional. Esta é pelo menos uma das principais conclusões de um estudo apresentado pela Worx, segundo o qual o PIB de África cresceu em média 5% em cada um dos últimos três anos, encorajando os investimentos directos.
O crescimento do sector energético e petrolífero tem sido o principal factor no desenvolvimento da economia de algumas metrópoles africanas que apresentam actualmente uma elevada taxa de procura de espaços. O documento revela ainda que Angola e Moçambique figuram entre os países africanos com maior interesse para investimentos na área do imobiliário.
O estudo, que coloca ainda a África do Sul como outro país com interesse para o sector, salienta o continente africano "numa perspectiva geral" como um destino "cada vez mais interessante para se investir", e as razões aduzidas assentam no "crescimento económico sustentado" e na "estabilidade política" vigente nos últimos tempos.
De salientar ainda que nessas mesmas cidades começam a surgir "business districts" – construídos em locais afastados dos típicos CBD's (Central Business Districts) – capazes de oferecer maior qualidade e segurança aos arrendatários.
As principais metrópoles africanas estão a ser alvo de fortes investimentos, uma vez que são mercados com larga margem de progressão, apresentando vastos recursos e possibilidade de um elevado retorno financeiro.
O documento frisa que a área mais importante para investimentos imobiliários em Angola se localiza a ocidente do porto de Luanda, ao longo da marginal. "Além dos ministérios, o mercado é dominado pelo sector bancário e energético, assim como pelo segmento de serviços", que regista uma crescimento "substancial". "Porém, ainda se verifica a inexistência de espaços de qualidade, embora já existam planos a curto e médio prazo para inverter esta situação", lê-se no estudo, que adianta ser o mercado de escritórios "ainda bastante especulativo".
No mercado residencial "não têm sido desenvolvidos novos projectos, excepto os espaços destinados aos colaboradores das empresas relacionadas com o petróleo". Por essa razão, "com a elevada procura, as rendas atingiram valores recorde no continente africano", com os valores das "prime rent" mensal (renda de zona de referência) de T5 rondar os 12 mil dólares (17 mil euros) por metro quadrado. A Worx explica estes valores em resultados de 27 anos de guerra civil em Angola (1975-2002), a que se associa a falta de investimentos nos últimos anos. Quanto a Moçambique, verifica-se "um crescimento acentuado na construção de novos edifícios que têm vindo a ser ocupados por empresas moçambicanas e, essencialmente, internacionais que procuram espaços de qualidade".