Consórcio Altavia diz que proposta do agrupamento Tave Tejo “não tem condições para ser aceite”
O consórcio Altavia contestou o relatório preliminar de avaliação das propostas para a construção do troço Lisboa-Poceirão, que classificou provisoriamente em primeiro lugar o agrupamento Tave Tejo
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O presidente-executivo do consórcio Altavia, Duarte Oliveira, afirmou esta sexta-feira que a proposta do agrupamento Tave Tejo para o troço de alta velocidade Lisboa-Poceirão, que incluia a Terceira Travessia do Tejo, “não tem condições mínimas para ser aceite”.
O consórcio Altavia contestou o relatório preliminar de avaliação das propostas para a construção do troço Lisboa-Poceirão, que classificou provisoriamente em primeiro lugar o agrupamento Tave Tejo.
O consórcio Altavia integra a Mota-Engil (17,38 por cento), a Vinci (16,38 por cento), a Somague (14,64 por cento), a Teixeira Duarte (14,64 por cento), a MSF (10,98 por cento), a Opway (10,98 por cento), a Esconcessões (cinco por cento),o BPI (seis por cento), BES (um por cento), o banco Invest (0,75 por cento) e Alves Ribeiro (2,25 por cento).
O agrupamento Tave Tejo integra a FCC (26 por cento), as portuguesa Ramalho Rosa-Cobetar (um por cento) e Conduril (nove por cento), os italianos da Impregilo (25 por cento) e da Cimolai (quatro por cento), bem como a sociedade gestora de participações sociais EHST – European High Speed Trains (35 por cento).
Segundo o sumário executivo da contestação apresentada pelo consórcio Altavia, o júri atribuiu a classificação base “de 6,36 pontos para o consórcio ELOS (liderado pelo grupo Soares da Costa), de 6,43 pontos para Consórcio Altavia e de 11,43 pontos para o consórcio Tave Tejo”.
Com base nesta classificação – que teve como principais critérios os factores custo, qualidade e risco -, o júri do concurso seleccionou para a fase de negociação as propostas apresentadas dos consórcios Tave Tejo e Altavia.
O agrupamento Altavia considera, no entanto, que a proposta do consórcio Tave Tejo “não tem condições mínimas para ser aceite”, disse à Lusa o presidente-executivo do consórcio, Duarte Vieira.
Segundo Duarte Oliveira, “o júri classifica de forma medíocre os factores risco e qualidade e dá mais importância ao factor preço”, colocando assim “em primeiro lugar uma proposta que, do ponto de vista técnico e de risco, é inaceitável”.
“Apesar da pontuação obtida, o consórcio Tave Tejo apresentou valores negativos nos pressupostos qualidade e risco”, enquanto “os agrupamentos Altavia e ELOS apresentaram valores claramente positivos”, lê-se no sumário executivo da contestação, a que a Lusa teve acesso.
Contudo, o consórcio Tave Tejo obteve a pontuação mais elevada quanto ao pressuposto preço, em detrimento dos restantes concorrentes.
O agrupamento Altavia contesta o facto de a proposta do agrupamento Tave Tejo ter sido classificada em primeiro lugar “com base, essencialmente, num critério de preço”.
“O próprio júri identifica problemas muito graves na proposta, que levariam à exclusão, mas depois não retira as devidas conclusões”, disse o presidente-executivo do consórcio, dando como exemplo o facto de o consórcio Tave Tejo assume “o incumprimento da navegabilidade do canal do Montijo durante o prazo da construção”.
Fonte oficial do consórcio Tave Tejo não quis fazer comentários sobre este assunto.