Obras de alargamento da nova sede da PJ podem custar 90 milhões de euros
“O edifício que vai ser construído tem valências diversas ao nível da investigação científica, tecnológica e meios logísticos de alta qualidade”, enfatizou o ministro da Justiça Alberto Martins
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O ministro da Justiça anunciou esta quinta-feira que a curto prazo haverá condições para iniciar as obras de ampliação e remodelação da sede central da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, orçadas num valor que poderá ir até 90 milhões de euros.
Alberto Martins falava aos jornalistas no final de uma visita ao terreno das futuras instalações da PJ (antiga Faculdade de Veterinária), acompanhado do director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, do director nacional adjunto, Pedro do Carmo, e de outros responsáveis desta polícia de investigação criminal.
O ministro mostrou-se confiante de que dentro de três a quatros meses, após a apreciação das propostas concorrentes à empreitada, haverá “condições para o início das obras”, que se devem concretizar num prazo de três anos, contribuindo para a melhoria das instalações desta polícia que, nas suas palavras, tem cumprido a sua missão com “grande eficácia, qualidade e determinação”.
Com a realização das obras de ampliação, a sede da PJ abrangerá uma área de quase 100 mil metros quadrados, ficando dotada de “meios materiais” susceptíveis de melhorar a investigação criminal.
“O edifício que vai ser construído tem valências diversas ao nível da investigação científica, tecnológica e meios logísticos de alta qualidade”, enfatizou Alberto Martins, após uma visita em que participaram também os secretários de Estado da Justiça João Correia e José Magalhães.
Confrontado com o facto de no Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) anexo ao Orçamento de Estado apenas constar 10,3 milhões de euros para as obras, o ministro contrapôs que há que acrescentar mais cinco milhões de euros do próprio OE, o que “é o bastante para o lançamento das obras este ano”.
Segundo Alberto Martins, o investimento em causa é um “passo importante para o reforço dos meios e condições” à disposição da PJ, que tem um papel decisivo na luta e prevenção a toda uma gama de novos crimes transfronteiriços, como o tráfico de estupefacientes, branqueamento de capitais, tráfico de seres humanos e outros ilícitos graves.
O ministro visitou ainda o Piquete de Atendimento da PJ e os serviços da Interpol e Europol, ligados à cooperação policial europeia e internacional.
Durante o mandato da ministra Celeste Cardona, as novas instalações da PJ estiveram para ficar sediadas em Caxias, mas depois foi decidido aproveitar terrenos contíguos às actuais instalações da PJ na Rua Gomes Freire e o espaço da antiga Faculdade de Veterinária para a construção de um novo edifício.