DECO lamenta que bancos venham agora aumentar ‘spreads’ penalizando consumidores
O aumento dos ‘spreads’ [margem de lucro do banco] no crédito à habitação “é um fenómeno que tem vindo a ocorrer desde há cerca de dois anos”
Lusa
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A DECO lamentou que os bancos, os principais agentes que estiveram na génese da crise internacional, venham agora aumentar os ‘spreads’ dos empréstimos concedidos aos consumidores, numa conjuntura que lhes é adversa, mas de que “são responsáveis”.
“A crise iniciou-se no sector financeiro, fruto de uma má actuação da banca, que agora, devido a uma avaliação mais negativa do risco de crédito da República e às dificuldades em se financiar, acaba por penalizar os consumidores, que são os menos responsáveis pela actual situação”, disse à agência Lusa o economista João Fernandes da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO).
O economista referiu ainda que o aumento dos ‘spreads’ [margem de lucro do banco] no crédito à habitação “é um fenómeno que tem vindo a ocorrer desde há cerca de dois anos”.
A DECO, numa análise estática elaborada há seis meses atrás, constatou que, em média, os ‘spreads’, mínimos e máximos, do crédito à habitação subiram um por cento, indicando que essa tendência se deverá ter agravado.
Questionado pela agência Lusa sobre a hipótese da banca vir a aumentar os ‘spreads’ dos créditos à habitação já contratados, o economista da DECO disse que “é sempre possível fazê-lo, mas terá que ser aceite pelo mutuário” sendo, no entanto, para este desfavorável.
No caso dos novos contratos, a avaliação do ‘rating’ da República e a dificuldade no acesso ao financiamento por parte do sistema financeiro está a ser repercutido no consumidor, agravando as prestações a pagar pelos consumidores.
As taxas Euribor, que refletem o prémio pedido no mercado interbancário são, por enquanto baixas, mas deverão aumentar “daqui a um ano”, adiantou.
Ainda hoje, o presidente do Santander, Nuno Amado, afirmou que os ‘spreads’ cobrados pelos bancos nos empréstimos concedidos vão ter que subir, caso se mantenham inalteradas as actuais condições de crédito em Portugal.