Martifer mantém bom nível de actividade em Espanha
Para Jorge Martins, o recurso ao proteccionismo é, contudo, “normal em momentos de recessão” e regista-se “não só em Espanha, mas em todos os mercados”
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A empresa portuguesa de construções metalomecânicas Martifer disse hoje “não sentir o efeito” do “proteccionismo” espanhol criticado segunda feira pela AICEP, mas considerou-o “normal em momentos de recessão”.
“Nós somos espanhóis, não sentimos esse efeito”, gracejou o presidente da Martifer, Jorge Martins, destacando que os 11 anos de operação da empresa portuguesa em Espanha não fazem dela “propriamente estrangeira” naquele país.
O empresário comentava assim as declarações do presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Basílio Horta, que segunda feira manifestou “particular preocupação” com a quebra superior a quatro mil milhões de euros registada desde Janeiro de 2009 nas exportações portuguesas para Espanha.
“Espanha é um grande mercado e ficaríamos muito desconfortáveis se esta crise [económica atual] tivesse como resposta um proteccionismo que não adianta nem a Espanha nem a Portugal”, disse Basílio Horta.
Para Jorge Martins, o recurso ao proteccionismo é, contudo, “normal em momentos de recessão” e regista-se “não só em Espanha, mas em todos os mercados”.
“Se calhar os portugueses fazem menos isso, mas é normal em todos os mercados isso acontecer”, sustentou, embora admitindo que “não é esse o caminho numa União Europeia em que quer uma livre circulação de pessoas e bens”.
De acordo com o presidente da Martifer, a actividade do grupo em Espanha – onde conquistou uma posição de liderança na construção metálica e está ainda presente na construção e operação de parques solares fotovoltaicos, através da Martifer Solar Espanha e da Martifer Renewables – “tem obviamente altos e baixos, mas mantém-se com bom nível”.
“O solar teve uma baixa forte em 2009, mas agora vai retomar”, disse.
Depois de ter assegurado obras “de especial complexidade” em Espanha, como o aeroporto de Málaga, a Torre Zerozero, em Barcelona, e o complexo desportivo Caja Mágica, em Madrid, o grupo Martifer obtinha já, em 2008, 16 por cento dos seus proveitos consolidados em Espanha.