Setúbal desiste da construção de prédios junto à praia da Saúde
“No plano de Pormenor havia a ideia de se fazer aqui uma intervenção urbanística que permitisse algum encaixe financeiro para sustentar o plano da Sociedade /Polis”
Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’
“Redução de custos ambientais e operacionais” justifica importância do Aqua+ Escritórios
ACEMEL atinge os 20 associados com entrada da Nabalia e EZU Energia
Casa da Arquitectura abre concurso para bolsas de doutoramento
Fundão recebe o New European Bauhaus Festival
Segurança de trabalhos em altura no sector da construção
Câmara de Setúbal vai reabilitar Palácio do Quebedo por valor superior a 2 M€
Preços de escritórios e lojas aumentaram em média +20% durante a pandemia
TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha
Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos
A Câmara Municipal e a Sociedade Polis/Setúbal abandonaram a intenção de construir um bloco de prédios de quatro andares na zona ribeirinha de Setúbal, revelou o vereador das Obras Municipais, Carlos Rabaçal.
“No plano de Pormenor havia a ideia de se fazer aqui uma intervenção urbanística que permitisse algum encaixe financeiro para sustentar o plano da Sociedade /Polis”, disse o autarca setubalense.
“Mas, feita a audição pública, e tendo em conta a sensibilidade da população, a Câmara Municipal colocou a questão no conselho de administração da Sociedade Polis, que entendeu que essa operação urbanística não deveria ser concretizada”, acrescentou.
Embora reconheça que se trata de uma opção com elevados custos financeiros para o município, Carlos Rabaçal garantiu que autarquia vai manter a decisão de transformar a praia da Saúde numa zona de lazer e tentar encontrar outras soluções financeiras para compensar a não construção de prédios.
Durante a campanha eleitoral para as autárquicas de Outubro de 2009, os partidos da oposição à actual maioria CDU contestaram a construção de prédios junto à praia da Saúde, argumentando que se estava a criar mais “uma barreira entre a cidade e o rio”.
A Quercus também criticou a construção de “edifícios com cérceas que poderiam atingir os dezassete metros” e que poderiam constituir-se como uma verdadeira barreira entre a cidade e o rio, “contrariando os próprios objectivos do Programa Polis”.
O projeto de requalificação da Praia da Saúde permitirá requalificar mais algumas centenas de metros da zona ribeirinha de Setúbal, entre o edifício dos cacifos (dos pescadores) e o Parque Urbano da Albarquel, espaço que também foi requalificado no âmbito do Polis/Setúbal.
A requalificação da praia da Saúde será efectuada em duas fases distintas, a primeira – fase A – orçada em cerca de 1,5 milhões de euros e com os termos do concurso público já aprovados pela autarquia.
A segunda – fase B – que engloba os terrenos onde ainda estão instalados os estaleiros da empresa Sadonaval, está dependente da aprovação do projecto PORLISBOA (Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo).
“Há um processo em tribunal que já tem uma decisão favorável à Sociedade POLIS/Setúbal, e que dá um prazo de 90 dias à empresa para a abandonar o local, a partir do momento em que a obra seja aprovada pelo PORLISBOA”, disse Carlos Rabaçal.
O autarca setubalense afirmou ainda estar confiante de que a requalificação do espaço onde está instada a Sadonaval também acabará por se concretizar, “mais cedo ou mais tarde”.