Novo terminal de cruzeiros de Leixões orçado em 49,9 milhões de euros
O edifício do terminal de passageiros, que permitirá operações de ‘turnaround’ e começará a ser construído no último trimestre deste ano, tem conclusão agendada para o primeiro trimestre de 2013

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O novo terminal de cruzeiros de Leixões, cuja primeira pedra foi lançada esta sexta-feira, está orçado em 49,9 milhões de euros e, para 2011, tem já reservadas escalas de 60 navios.
Segundo adiantou o presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) na cerimónia de arranque das obras, estas escalas serão possíveis porque o cais para cruzeiros ficará pronto em maio do próximo ano, permitindo o acesso a navios com 340 metros de comprimento e 18 metros de largura e a acostagem de embarcações até 300 metros, com fundos a menos 10 metros.
Aliás, segundo Matos Fernandes, dos 60 navios com escalas já reservadas, 15 serão com comprimentos acima dos 250 metros e com 2.500 passageiros, dimensões acima da actual capacidade do Porto de Leixões.
O edifício do terminal de passageiros, que permitirá operações de ‘turnaround’ e começará a ser construído no último trimestre deste ano, tem conclusão agendada para o primeiro trimestre de 2013.
Ainda integrado no projecto do terminal de cruzeiros de Leixões está um porto de recreio náutico para 170 embarcações e um cais fluviomarítimo para acostagem de barcos que assegurarão itinerários turísticos no rio Douro.
Com um custo global estimado de 49,9 milhões de euros, o projecto propõe-se dinamizar um “‘cluster’ regional para a economia do mar”, integrando também o futuro Parque de Ciência e Tecnologias do Mar da Universidade do Porto, que albergará várias unidades de investigação “com vocação marítima” (da biologia à robótica, passando pelas energias renováveis e construção/reparação naval) e servirá ainda como pólo de incubação de novas empresas.
No edifício do terminal de cruzeiros estará também a sede do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha (CIIMAR) da Universidade do Porto (UP), para além de outras unidades de investigação daquela instituição com projectos ligados ao mar.
Já no lado oposto ao novo terminal, e no âmbito da parceria estabelecida entre Leixões e a UP, será criado um pólo de incubação de novas empresas relacionadas com o mar, num espaço de 1.700 metros quadrados.
Para uma segunda fase do projecto do Parque de Ciência e Tecnologias do Mar está prevista a construção de um parque industrial “nas imediações” do Porto de Leixões, “que possa albergar empresas ligadas à economia do mar” interessadas em aproveitar as sinergias criadas no local.
A parceria com a autarquia prevê ainda a construção, no centro de Matosinhos, de uma nova residência universitária “exclusivamente destinada a investigadores e docentes a trabalhar no Parque de Ciência e Tecnologias do Mar”.
Na sua intervenção, Matos Fernandes apresentou o Porto de Leixões como “o maior e mais competitivo porto do noroeste peninsular” e apontou como prioritária, a par da construção do terminal de cruzeiros, a concretização da plataforma logística de Leixões, “ainda até ao final de 2011”.
Segundo dados da APDL, em Portugal o turismo de cruzeiros gera cerca de 180 milhões de euros de receitas directas, estimando-se que este ano o país atraia um milhão de passageiros em cruzeiros.