Rio de Janeiro terá museu assinado por Calatrava
O arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava,
Ana Rita Sevilha
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O arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, a pedido do município do Rio de Janeiro, vai desenhar para a cidade maravilhosa o apelidado de Museu do Amanhã, dedicado à ciência e tecnologia, um edifício sustentável e ecológico, que vai revitalizar a área degradada da zona portuária, e que pretende tornar-se no novo ícone da cidade brasileira, noticiou a imprensa local. De acordo com a mesma fonte, Calatrava terá sido convidado a abraçar este projecto pelo presidente da câmara carioca, Eduardo Paes, que ambiciona que o recinto acolha a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável que as Nações Unidas irão promover no Rio de Janeiro em 2012. Um encontro que terá o nome de Rio+20, e que servirá para avaliar os resultados da Cimeira da Terra, também realizada nesta cidade em 1992.
Peça revitalizante
Orçado em 60 milhões de euros (130 milhões de reais), um custo que de acordo com os responsáveis pelo município do Rio de Janeiro é “bastante razoável”, o novo museu será construído no cais Mauá e é considerado uma das mais importantes peças do plano de revitalização daquela zona portuária, um dos pontos de fundação da cidade que hoje sofre com a degradação urbana e o abandono de muitos edifícios. Ao todo, o edifício que ficará sobre um espelho de água rodeado por áreas verdes, compreende 12500 metros quadrados distribuídos por dois andares interligados por rampas.
Sustentabilidade
A ideia de sustentabilidade é o conceito chave do Museu do Amanhã, que vai utilizar material reciclável na sua construção e a água da Baía de Guanabara no seu sistema de refrigeração. “O visitante não vai apenas apreciar o Museu. Vai também vai ter a experiência da luz, da vida, e da natureza”, sublinhou o arquitecto.
Na primeira pessoa
De visita ao Rio de Janeiro, Calatrava revelou estar impressionado com a beleza da cidade carioca, e reconheceu que é um “desafio enorme intervir numa cidade com um património natural e arquitectónico secular”. Sublinhando que este poderá ser o projecto de museu mais importante da sua carreira, o arquitecto e engenheiro espanhol avança ainda que a exuberância do Rio de Janeiro foi determinante para a sua inspiração, e que por isso mesmo concebeu o Museu do Amanhã integrado na paisagem carioca. A Estação do Oriente, em Lisboa, o aeroporto Sondica de Bilbau, em Espanha, o Museu de Arte de Milwaukee, nos Estados Unidos, o complexo desportivo Olímpico de Atenas, na Grécia e a Ponte da Mulher em Buenos Aires, na Argentina, são algumas das obras do arquitecto espanhol. Actualmente Santiago Calatrava está ainda a trabalhar no terminal de transportes do World Trade Center, que fica debaixo da futura Torre da Liberdade desenhada por Daniel Libeskind, em Nova Iorque, e no arranha-céus Fordham Spire Hill House em Chicago. O arquitecto e engenheiro espanhol, conhecido por projectos com uma componente estrutural muito importante, viu em Janeiro o seu considerável currículo ser apreciado pela Ordem dos Engenheiros que decidiu já durante o mês de Fevereiro aceitar a sua inscrição. Santiago Calatrava é mais conhecido como arquitecto, mas na realidade possui ambos os cursos (arquitectura e engenharia) e um doutoramento em Tecnologia, do Departamento de Arquitectura da Universidade de Zurique. Com Lusa