Britalar constrói novo Hospital de Braga
O Hospital Privado de Braga, um investimento privado de cerca de 30 milhões de euros que resulta da parceria entre o Grupo Trofa Saúde e o Grupo Britalar,
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O Hospital Privado de Braga, um investimento privado de cerca de 30 milhões de euros que resulta da parceria entre o Grupo Trofa Saúde e o Grupo Britalar, foi aceite no GreenBuilding Programme da União Europeia e vai ser inaugurado esta semana.
Entre as medidas implementadas no novo Hospital de Braga, a ADENE destaca a optimização da envolvente que incluiu a selecção dos vãos envidraçados, a colocação de dispositivos de sombreamento exterior (estores de rolo), a substituição da caixilharia simples por caixilharia com corte térmico ou mesmo o incremento do isolamento nas fachadas opacas, e coberturas em terraços bem como inclusão de isolamento na laje de contacto do piso 0 com a garagem.
Ao Construir, o administrador da Britalar, empresa responsável pela construção desta obra, garante que “a Britalar estabeleceu, desde há algum tempo, como um dos seus objectivos principais a adopção de métodos, tecnologias e produtos conducentes a uma construção sustentável e a uma gestão energética mais eficiente”. Américo Reis sublinha que a recente certificação da empresa em Responsabilidade Social tem presente o mesmo espírito de interacção com a sociedade em geral, “procurando ter uma actuação com preocupações ambientais, nomeadamente com a redução de consumos de energia, a redução de emissões de CO2 para a atmosfera e a melhoria das condições de reciclagem, procurando desta forma dar o seu contributo para a preservação e sustentação de um mundo melhor”.
Américo Reis lembra que “num hospital, como é o caso, um edifício com um tipo de utilização muito específico, as grandes fontes consumidoras de energia são as relacionadas com a iluminação, climatização ambiente e renovação de ar”. Nesse sentido, a selecção de equipamentos a usar foi um dos desafios colocados à empresa.
Unidade de Tratamento de Ar
Os responsáveis pelo projecto contemplaram também a instalação de uma Unidade de Tratamento de Ar novo com sistemas de controlo de funcionamento e recuperação de calor e a instalação de sistemas de comando de sombreamento; funcionamento de ventilação e iluminação das zonas de internamento, equipados com lâmpadas eficientes e balastros electrónicos, sendo interligados ao sistema de gestão técnica centralizada (com regulação de fluxo, controlo por índice solar e perfil de ocupação). Entre as medidas implementadas destaca-se também o sistema de aproveitamento solar para Água Quente Sanitária e de apoio à piscina de fisioterapia, para permitir máximo rendimento. As necessidades anuais globais passaram de 2 379,2 MWh para 2 125,7 MWh, o que equivale a uma poupança de 253,5 MWh e a ADENE garante que as poupanças no consumo de energia eléctrica para iluminação atingem os 196,3 MWh/ano enquanto o sistema de aproveitamento solar originou uma fracção solar global de 64,5%. A poupança anual alcançada é equivalente a 84,5 toneladas de CO2. Diogo Beirão, gestor de formação da Agência para a Energia, organismo que em Portugal coordena o Greenbuilding sublinha que o programa “tem por objectivo aumentar a consciencialização e incentivar o investimento em projectos de eficiência energética e de integração de energias renováveis em edifícios não-residenciais”. Diogo Beirão entende que o Greenbuilding “assegura o reconhecimento público a todas as organizações que implementem projectos que resultem em significativas economias de energia”, sublinhando que “essas economias contribuirão não apenas para o combate europeu contra as alterações climáticas, como, do ponto de vista financeiro, são vantajosas pela redução de custos energéticos a elas associadas, contribuindo também para o reforço da sua posição no mercado”. Diogo Beirão entende que a participação das empresas no programa Greenbuilding “poderá contribuir para o reforço da sua posição no mercado”, num claro sinal da importância do investimento neste tipo de soluções.
Selo Greenbuilding
Para que possam receber o “selo” Greenbuilding, as empresas têm de comprovar que o seu projecto cumpre com os requisitos mínimos de redução em 25% do consumo total de energia primária tendo como referências no caso de novos edifícios os regulamentos em vigor e no caso das obras de reabilitação o consumo antes e depois da intervenção. O administrador da Britalar, Américo Reis, lembra que mesmo não estando ligado à promoção de projectos a empresa vai aproveitar a capacidade de conhecimento adquirida com a obra do Hospital Particular de Braga e está já a preparar o desenvolvimento de um equipamento hoteleiro, “perspectivando-se, também aqui, o recurso a critérios de racionalização energética similares aos adoptados no projecto do Hospital”.