AECOPS revela que valor das adjudicações cai 64% até ao final de Agosto
A região do Alentejo é a que apresenta, neste aspecto, as melhores perspectivas, com um aumento homólogo de 445% no montante de obras públicas lançadas a concurso, até finais de Agosto
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O investimento público em construção, avaliado pelos valores das adjudicações de concursos, sofreu uma quebra de 64% entre Janeiro e Agosto deste ano face a igual período de 2009. Os números foram adiantados esta quarta-feira pela Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS) e revelam que as regiões de Lisboa (-64%) e do Algarve (-56%) foram as que mais contribuíram para esta forte quebra registada nas adjudicações.
Segundo a associação, a promoção de novas obras tem vindo a revelar, por seu lado, “um sensível dinamismo, com um aumento, em termos globais, de 55% no montante total lançado a concurso, ao longo dos primeiros oito meses do ano”. A região do Alentejo é a que apresenta, neste aspecto, as melhores perspectivas, com um aumento homólogo de 445% no montante de obras públicas lançadas a concurso, até finais de Agosto.
A AECOPS sublinha também que para o acréscimo do número de desempregados registados pelo Inquérito ao Emprego no primeiro semestre, na ordem dos 17,8%, o sector da construção foi dos que mais contribuiu. Os 71,4 mil desempregados oriundos da Construção e inscritos nos centros de emprego do IEFP, no final de Julho, representavam 14% do número total de desempregados da economia e reflectiam um crescimento de 14% face ao mesmo período do ano anterior. “Os indicadores relativos à Construção e disponibilizados através das Contas Nacionais Trimestrais, apontam para uma redução de 6,2%, em volume, no investimento em Construção e uma diminuição de 4,4% no VAB (Valor Acrescentado Bruto) do Sector, durante os primeiros seis meses do ano corrente. Em termos regionais e de entre as regiões de influência da AECOPS, foi no Algarve que o número de desempregados oriundos da Construção mais cresceu (+40%) e onde as ofertas de emprego no Sector mais decaíram (-23%), confirmando a grave crise que aí se vive. É igualmente nesta região que o licenciamento de novos fogos habitacionais mais se tem retraído, tendo decrescido ao longo do primeiro semestre do ano, 30% face a 2009 (-9% em termos nacionais, nesse período).