Siderurgia chinesa desiste de megainvestimento no estado do Rio de Janeiro
Caso se concretizasse, este teria sido o maior investimento chinês no Brasil, bem como o maior investimento de sempre da China numa fábrica no estrangeiro, avaliado em 3,9 mil milhões de euros
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A Wuhan Iron and Steel (Wisco), uma das principais siderurgias chinesas, abandonou os planos para construir uma unidade no Brasil, um investimento de cinco mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), refere esta terça-feira a imprensa chinesa
De acordo com o jornal chinês 21st Century Business Herald, a Wisco desistiu do projecto devido aos preços elevados do investimento e à queda dos preços nos mercados globais de aço.
A siderurgia brasileira ficaria no estado do Rio de Janeiro e seria construída em parceria com a LLX, uma subsidiária do grupo EBX, controlado por Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, tendo o acordo de construção sido assinado em 2010.
Caso se concretizasse, este teria sido o maior investimento chinês no Brasil, bem como o maior investimento de sempre da China numa fábrica no estrangeiro, disse o então Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, quando o acordo foi assinado.
O 21st Century Business Herald, que cita duas fontes não identificadas ligadas ao processo, diz que a Wisco desistiu após ter recebido estudos de viabilidade, que apontavam para riscos demasiado elevados no investimento.
A contracção no mercado de aço brasileiro e a queda da procura mundial de aço, bem como a dificuldade em assegurar um fornecimento estável e a preço acessível de carvão para a siderurgia estão também na lista de razões para desistência do projecto por parte da Wisco, acrescenta o 21st Century Business Herald.