Presidente dos bancos garante que banca “está preparada para financiar a economia”
O responsável da APB justificou que os constrangimentos que ditaram a restrição do crédito às empresas a partir de 2010 estão relacionados com “a necessidade de desalavancagem que os bancos tiveram de passar”

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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, afirmou esta quarta-feira que a banca portuguesa está preparada para financiar a economia, mas sublinhou a “necessidade premente” de recapitalização das empresas.
O presidente da APB, que assinou um protocolo para dinamizar a linha de financiamento Investe QREN junto dos seus associados, salientou que os bancos “estão preparados e cumprirão esta missão fundamental de financiar a economia”, apesar do agravamento das suas condições de exploração e das crescentes exigências regulatórias e de rigor no que respeita à avaliação e gestão de riscos.
Faria de Oliveira acrescentou que a assinatura do protocolo é “um sinal claro” desta intenção, já que a banca tem neste processo uma função de partilha de risco e assume 50 por cento do valor da linha.
O responsável da APB justificou que os constrangimentos que ditaram a restrição do crédito às empresas a partir de 2010 estão relacionados com “a necessidade de desalavancagem que os bancos tiveram de passar” e com a recessão económica, mas também com a debilidade dos balanços de muitas empresas.
“Daí a necessidade premente de recapitalização das empresas, para poderem ter acesso às diferentes linhas de financiamento, sejam elas quais forem, em condições razoáveis”.
Faria de Oliveira considerou que, tal como a banca teve de realizar um processo de desalavancagem, também as empresas portuguesas, cujo nível de endividamento chegou a atingir 128 por cento do PIB, tiveram de passar por um processo semelhante devido à necessidade de aumentar o seu capital, condição fundamental para “normalizar as condições de crédito”.
A linha de financiamento Investe QREN conta com mil milhões de euros (500 milhões de euros provenientes do Banco Europeu de Investimento e o restante das instituições bancários) para alavancar projectos no valor de 3 mil milhões de euros.
A linha estará disponível a partir de 16 de Agosto nos bancos aderentes.