Localização é motor para decisões no imobiliário de escritórios na Europa
“Ainda que a qualidade e os custos estejam a conquistar mais protagonismo, a localização continuará a sobrepor-se a estas preocupações”
Ana Rita Sevilha
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A localização continuará a ser o factor mais importante na tomada de decisões de investidores e ocupantes em relação ao imobiliário de escritórios, revela o research Offices 2020, da Jones Lang LaSalle.
Segundo a consultora imobiliária, “ainda que a qualidade e os custos estejam a conquistar mais protagonismo, a localização continuará a sobrepor-se a estas preocupações e a tornar-se ainda mais importante”.
Em comunicado de imprensa a Jones Lang LaSalle revela que “a diferença no preço das rendas por localizações core poderá ir até 70% em muitos dos mercados da Europa Ocidental”. No caso de Lisboa, por exemplo, de acordo com este research, “a diferença nas rendas que ocupantes estão dispostos a pagar por uma localização central face a uma localização secundária é de apenas 16%, contrastando com os 88%, por exemplo, em Londres”.
Bill Page, Head de EMEA Offices Research, diz: “Os ocupantes corporativos procuram maximizar a utilização do espaço e o fit-out para melhorar a eficiência. Mas uma abordagem cada vez mais estratégica ao recrutamento, retenção, marca e acesso ao cliente significa que a localização tem uma importância crescente. A batalha pelo espaço certo no local certo continuará “.
Nesse sentido, a consultora identificou que os investidores e ocupantes estão cada vez mais a recorrer a análises sofisticadas para determinar as melhores localizações na Europa e em cada mercado, e os ocupantes estão preparados para pagar um preço mais elevado pelo espaço certo na localização certa, reconhecendo o retorno que terão a nível da sua estratégia.
Como efeito colateral da crescente importância da localização,a consultora identificou a oportunidade de conseguir criar valor através da renovação de activos em áreas core. “Apesar de parecer uma estratégia óbvia, a análise da Jones Lang LaSalle prova que alguns mercados oferecem vantagens bastante mais fortes do que outros nesta área”.
Mariana Seabra, diretora de Office Agency & Corporate Solutions da Jones Lang LaSalle Portugal, refere: “Antigamente as empresas que procuravam áreas grandes e preços competitivos tinham de se deslocar para fora de Lisboa, nomeadamente para os centros empresariais do Corredor Oeste, onde existe uma oferta de qualidade. Hoje em dia, existem novos edifícios de escritórios muito centrais e com qualidade que conseguem ter também preços muito competitivos. Já as empresas que procuram o CBD (Central Business District) ou o Prime CBD não pretendem apenas centralidade, pretendem também notoriedade da marca e proximidade com os seus clientes e parceiros. Estão dispostos a pagar uma renda mais elevada por isso, ainda que a diferença entre os preços praticados nestas zonas e as restantes não seja tão significativa como em outras cidades europeias. Por outro lado, os ocupantes estão cada vez mais exigentes e sofisticados e querem os melhores escritórios aos melhores preços e muitas vezes com condições que lhes permita reduzir os custos de ocupação, como o layout do escritório já feito ou a cablagem incorporada.”