Menezes vai atribuir dois prémios internacionais “superiores ao Pritzker”
O autarca garantiu que os prémios “Porto da Arquitetura” e “Porto de Engenharia” servirão para “ancorar um grande congresso internacional no Porto” e que “já estão financiados” por várias instituições privadas.
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O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, anunciou esta terça-feira a criação de dois prémios internacionais de arquitectura e engenharia para 2014, que terão valores “inferiores ao Nobel, mas superiores ao Pritzker”.
O autarca garantiu que os prémios “Porto da Arquitetura” e “Porto de Engenharia” servirão para “ancorar um grande congresso internacional no Porto” e que “já estão financiados” por várias instituições privadas.
“A ideia é a de que congressos lançados com estas dinâmicas e estes prémios possam tornar a cidade [do Porto] emblemática”, explicou Menezes, segundo o qual já existe uma associação a trabalhar nos prémios e que estes conta, com o apoio da Ordem dos Engenheiros, AICEP e Instituto do Turismo, entre outras instituições.
Menezes, que falava durante uma visita ao já concluído Museu da Afurada, voltou a defender que a cidade do Porto pode ser “um ponto central de turismo de congressos”, ancorado em “grandes” prémios internacionais “suculentos e substantivos” a serem distribuídos e entregues durante os congressos.
Mais de 100 mil euros
O valor do prémio, ainda a ser “negociado com instituições privadas que o vão financiar”, situar-se-á “abaixo do prémio Nobel e acima do Pritzker”, sendo que este último ronda os 100 mil euros.
Para desenvolver o congresso e os prémios associados, “a associação vai ter de começar a trabalhar no início do ano que vem”, assinalou o autarca, que quer ter “júris internacionais de referência” no projecto como, por exemplo, Óscar Niemeyer.
Luís Filipe Menezes deixou no ar ainda a ideia de criação de um “prémio de globalização” associado a um congresso no Porto – dada a “forte ligação de Fernão de Magalhães a Porto e a Gaia” – e no qual pretende reunir os presidentes de câmara, de associações empresariais, empresários e agentes culturais das principais cidades por onde passou Fernão de Magalhães.
“À volta da ideia de sermos nós, os portugueses, os primeiros globalizadores, de o Fernão de Magalhães ser o patrono máximo dessa ideia de globalização, porque não colocarmos de pé um debate público periódico, centrado no Porto, onde Fernão de Magalhães teria essas todas ligações, para discutir a problemática da globalização?”, disse.