Ateliermob e “Casa do Vapor” associam-se em projecto de cozinha comunitária
Foi há mais de um ano que o ateliermob começou a trabalhar com esta comunidade [de Terras de Lelo Martins], no âmbito do workshop “Noutra Costa”
Ana Rita Sevilha
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Partindo de um processo “bottom-up”, em que as populações participam na decisão sobre o que construir, o ateliermob anunciou a constituição de um processo colaborativo entre o gabinete e a Casa do Vapor para implementação do projecto de uma cozinha comunitária em Terras do Lelo Martins.
Foi há mais de um ano que o ateliermob começou a trabalhar com esta comunidade [de Terras de Lelo Martins], no âmbito do workshop “Noutra Costa”, promovido pelo Departamento de Arquitectura e pelo Centro de Estudos de Arquitectura, Cidade e Território da Universidade Autónoma de Lisboa. Uma comunidade de cerca de 500 pessoas que, segundo o gabinete, vive “sem água, saneamento, electricidade e em casas extremamente precárias”.
Posteriormente ao workshop e com o apoio do projecto Fronteiras Urbanas – “uma das poucas entidades com actividade visível no bairro”, explica o ateliermob, foi desenvolvido um processo participado “em que os moradores decidiram que a intervenção prioritária seria a construção de uma cozinha comunitária com o necessário abastecimento pontual de água”.
Entretanto, com o desmantelamento de parte da “Casa do Vapor” – estrutura de desenvolvimento de actividades comunitárias na Cova do Vapor – a associação vizinha das Terras do Lelo Martins disponibilizou-se para ceder os materiais, arquitectos e construtores.
Com a disponibilidade já manifestada pela Câmara Municipal de Almada para resolver o problema em causa e com o interesse manifestado pelo Programa de Desenvolvimento Humano da Fundação Calouste Gulbenkian, o ateliermob anuncia que estão criadas as condições para iniciar o processo de implementação da cozinha comunitária.