As ETAR são eficientes, mas não eliminam todos os resíduos de medicamentos
As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm uma elevada taxa de remoção de resíduos de medicamentos, mas dificilmente eliminam todos os compostos e novos contaminantes, afirmou à agência Lusa a investigadora Angelina Pena, da Universidade de Coimbra. A investigadora do Centro de Estudos Farmacêuticos coordenou o primeiro estudo nacional sobre a presença de… Continue reading As ETAR são eficientes, mas não eliminam todos os resíduos de medicamentos
Lusa
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As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm uma elevada taxa de remoção de resíduos de medicamentos, mas dificilmente eliminam todos os compostos e novos contaminantes, afirmou à agência Lusa a investigadora Angelina Pena, da Universidade de Coimbra.
A investigadora do Centro de Estudos Farmacêuticos coordenou o primeiro estudo nacional sobre a presença de resíduos de medicamentos nas águas que entram e saem de 15 ETAR portuguesas e os resultados serão divulgados num seminário internacional na quarta-feira, em Coimbra.
O estudo incidiu em 15 estações de tratamento de norte a sul do país – as ilhas foram excluídas -, com a equipa de investigação a monitorizar 11 medicamentos de quatro grupos terapêuticos mais consumidos pelos portugueses: anti-inflamatórios, antibióticos, ansiolíticos e antidislipidémicos.
“Este é o primeiro estudo a nível nacional sobre a presença de resíduos em águas de estações de tratamento. As ETAR estão a funcionar bem, mas há nova legislação europeia a cumprir, há novos compostos e novos contaminantes emergentes e é preciso dar resposta a isso”, explicou Angelina Pena.
Segundo a investigadora, o estudo revela que se nota uma presença maior de anti-inflamatórios nas águas afluentes e efluentes, porque esse é o grupo de fármacos mais consumido pelos portugueses (e consequentemente o mais frequente nos resíduos libertados pelo organismo humano).
“O estudo não põe em causa o funcionamento das ETAR e os resultados são concordantes se comparados com outros países a nível europeu”, esclareceu a investigadora, sublinhando que os dados estão ainda a ser analisados e têm como objetivo auxiliar os legisladores portugueses no cumprimento das diretivas europeias.
Cofinanciado por fundos europeus e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o estudo “Ecopharmap” foi executado ao longo de 2013 por uma equipa de quatro investigadores da Universidade de Coimbra.
Os dados da investigação vão ser debatidos num seminário sobre o risco de novos poluentes para o ambiente, no dia 18, quarta-feira, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra