Mercado de escritórios de Lisboa dá sinais de recuperação
A transacção de maior dimensão que ocorreu no mercado foi na Zona 2 e correspondeu à ocupação de 4.000 m2 no edifício Duarte Pacheco 7 por parte da Miranda Correia Amendoeira & Associados
Ana Rita Sevilha
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O mercado de escritórios da Grande Lisboa começou o ano com um aumento dos valores transaccionados. De acordo com os últimos dados da Cushman & Wakefield, após vários anos de quebras nos volumes de procura, durante o primeiro semestre de 2014 foram fechados cerca de 120 negócios, totalizando perto de 41.100 m2 de espaços ocupados. Segundo a consultora estes números “reflectem um crescimento acima de 60% face a igual período de 2014”, mas ainda assim “apenas 11% acima da média dos 5 anos anteriores”.
Em nota de imprensa enviada ao Construir, a C&W revela que a transacção de maior dimensão que ocorreu no mercado foi na Zona 2 e correspondeu à ocupação de 4.000 m2 no edifício Duarte Pacheco 7 por parte da Miranda Correia Amendoeira & Associados. Foi também nesta zona que se fecharam os outros dois maiores negócio deste ano, com a ocupação pela Reditus de 3.300 m2 no edifício 5 Outubro 125, e a Explorer Investments a tomar cerca de 1.500 m2 no edifício Duarte Pacheco 17.
No mesmo documento, a Cushman & Wakefield sublinha a ligeira retoma na procura, bem como as quebras continuadas ao longo dos últimos anos nos volumes de nova oferta, que contribuíram para uma correcção da taxa de desocupação. “Actualmente este indicador situa-se nos 11,9%, 30 pontos base abaixo do final de 2013” e “exceptuando a Zona 2, todas as restantes zonas assistiram a uma diminuição da sua desocupação, o que deverá ser em parte justificado pela correcção da oferta futura ao longo dos últimos anos”.
Segundo a consultora imobiliária “continua a observar-se uma atitude cautelosa por parte dos promotores, e até 2016 apenas estão previstos um total de 54.200 m2 de novos projectos de escritórios no mercado da Grande Lisboa”.
Este novo alento do mercado é também confirmado pelos valores de arrendamento – ao que a C&W apurou, pela primeira vez em quatro anos verificou-se uma correcção em alta da renda prime na Grande Lisboa, que em Março de 2014 subiu 50 cêntimos face a 2013, situando-se hoje nos 19 €/m2/mês, regressando-se desta forma a valores de Junho de 2011”.
De acordo com Carlos Oliveira, partner, director do departamento de escritórios da C&W, “As perspectivas de evolução do mercado ao longo dos restantes meses do ano são de manutenção das melhorias verificadas neste primeiro semestre, devendo manter-se uma evolução positiva da procura face aos anos anteriores, com uma subsequente correcção na taxa de desocupação do mercado”.