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    Conferência “Reabilitar para Revitalizar” destaca reabilitação do Eixo Mouzinho/Flores

    Considerado um motor para o rejuvenescimento do tecido urbano e social do centro histórico do Porto, o processo de reabilitação do Eixo Mouzinho/Flores vai ser evidenciado no evento realizado a 19 de Setembro

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    Considerado um motor para o rejuvenescimento do tecido urbano e social do centro histórico do Porto, o processo de reabilitação do Eixo Mouzinho/Flores vai ser evidenciado no evento realizado a 19 de Setembro

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    A Porto Vivo, SRU, organiza no próximo dia 19 de Setembro a Conferência “Reabilitar para Revitalizar”. O evento é realizado no âmbito do Programa de Acção para a Reabilitação Urbana do Eixo Mouzinho/Flores_CH2 e decorrerá no Hotel InterContinental Palácio das Cardosas, no Porto.

    Para a abertura da sessão, estão confirmadas as presenças do Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto, do Presidente da Porto Vivo, SRU, Álvaro Santos, e do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira. Para a sessão de encerramento está prevista a intervenção do Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes.

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    Em nota de imprensa enviada ao Construir, a Porto Vivo esclarece que a Conferência irá destacar todo o processo de reabilitação urbana do Eixo Mouzinho/Flores, cuja área abrange 15 quarteirões e 421 parcelas. A mesma fonte destaca que a área em foco é “considerada uma intervenção estruturante para a revitalização do centro histórico da cidade do Porto e um caso de sucesso no rejuvenescimento de todo o seu tecido urbano e social”.

    Na Conferência serão também apresentados os objectivos e resultados do Programa de Acção do Eixo Mouzinho/Flores, uma tarefa que ficará a cargo de Paulo de Queiroz Valença, Director de Planeamento e Gestão Operacional da Porto Vivo, SRU. Esta comunicação irá anteceder a realização de uma Tertúlia na qual serão partilhadas experiências, na primeira pessoa, de empreendedores, comerciantes e empresas sobre a vivência e negócio nesta zona.

    Na ocasião será ainda apresentada a Semana da Reabilitação Urbana Porto 2014, que se realizará no Porto entre os dias 24 e 30 de Novembro, com o apoio institucional da Câmara Municipal do Porto e da Porto Vivo, SRU. Na sua 2ª edição na cidade do Porto, este evento pretende celebrar a Reabilitação Urbana, promovendo a aproximação da população a este movimento e estimulando o debate e partilha de informação entre os intervenientes neste sector. A Semana da Reabilitação Urbana Porto 2014 é organizado pela Vida Imobiliária e pela Promevi.

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    Visioarq e DePA vencem o prémio Diogo de Castilho

    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho destina-se a premiar obras cuja concepção e qualidade arquitectónica sejam relevantes exemplos na realidade edificada do Município de Coimbra, nomeadamente: obras de construção, de reconstrução, de alteração e de ampliação, cujo projecto mereça destaque pelo respeito do património edificado e pelos arranjos urbanísticos e tratamento de espaços exteriores de uso público

    Ricardo Batista

    A Casa JAC, da autoria da Visioarq, e o Hospital Veterinário de Coimbra, da autoria do colectivo DEPA Architects, venceram ex aequo o concurso Diogo de Castilho 2023 da Câmara Municipal de Coimbra. A iniciativa, que se realiza desde 1995, com periodicidade bienal, nasceu com o objectivo de promover e incentivar a qualidade arquitectónica de novas edificações, assim como a recuperação e reabilitação de imóveis que contribuíssem significativamente para a valorização e salvaguarda do património arquitectónico de Coimbra.

    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho foi proposto por deliberação da Câmara Municipal, em reunião de 4 de Maio de 1995

    Casa JAC

    “A reabilitação deste edifício convocou várias dimensões de sonho, quer na fruição do interior quer na contemplação do horizonte panorâmico”, referem os promotores da iniciativa.
    A linguagem e os materiais contemporâneos, com destaque para volumes de chapa lacada branca e grandes vãos em vidro, marcaram claramente a ampliação, diferenciada em relação à moradia original. A intervenção fragmenta-se em volumes e planos, acompanhando o terreno existente, de forma a criar espaços exteriores com uma vista privilegiada e uma forte e íntima ligação entre exterior e interior. Jardim japonês e piscina interior são alguns detalhes que elevaram o nível de fruição pretendida.

    ‘Desmaterialização’

    De acordo com a descrição da intervenção, o exterior resulta da intersecção da moradia pré-existente com volumes novos, volumetrias de formas puras, desmaterializadas por planos recuados, num jogo de contrastes claro/escuro, avanços/recuos e luz/sombra, ao longo do terreno que se apresenta como um espaço cénico para a cidade de Coimbra. A obra foi ainda nomeada para o ArchDaily 2023 Building of the Year Awards. A Visioarq é um gabinete de Arquitectura fundado por Vicente Gouveia, Nuno Poiarez e Pedro Afonso, com ateliers em Coimbra, Vila Nova de Famalicão e Faro, cujo portefólio tem sido reconhecido com inúmeros prémios nacional e internacionalmente.

    Hospital do DePA

    Num terreno semicircular sem qualquer referência construída e abraçado por um nó de estrada, um volume é meticulosamente esculpido criando a sua própria identidade numa relação profunda com o cenário de encostas verdes que o rodeia e o novo cenário externo ambiente florestal.
    Ao nível funcional, o projecto vive essencialmente da ideia de um grande espaço central e agregador, o coração do hospital quotidiano. Esta grande área corresponde à sala de tratamento, organizada em bancas de trabalho, em torno das quais os programas complementares são arranjados. Assim, é a partir dessa centralidade que todos os espaços dos restantes programas médicos são directamente acedidos, que apoiam e se alimentam num sistema contínuo. Por outro lado, uma linha de programa clara, formada por consultórios e salas de triagem, separa o núcleo médico, um espaço privado e uma área pública.
    O Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho foi proposto por deliberação da Câmara Municipal, em reunião de 4 de Maio de 1995, e a sua criação foi aprovada pela Assembleia Municipal, em sessão de 5 Maio do mesmo ano, com o objectivo de promover e incentivar a qualidade arquitectónica de novas edificações, assim como a recuperação e reabilitação de imóveis que contribuíssem significativamente para a valorização e salvaguarda do património arquitectónico de Coimbra.

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    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Fecho da Circular Urbana de Barcelos vai avançar por 8,8M€

    De acordo com o procedimento, ao qual o CONSTRUIR teve acesso, o projecto, concebido pela Geestrada contempla a construção da ligação à variante da E.N. 103, em Rio Côvo Santa Eugénia, da qual faz parte uma rotunda desnivelada que se articula com aquela via através de quatro ramos de ligação, sendo o atravessamento da EN 103 através de passagem superior à rotunda

    CONSTRUIR

    Está formalmente lançado o concurso público com vista à execução do fecho da Circular Urbana de Barcelos, que vai ligar Rio Covo Santa Eugénia à Estrada Nacional 103, um investimento estimado em 8,8 milhões de euros e promovido pelo Município de Barcelos.

    A intervenção, cujo procedimento foi já publicado em Diário da República, é encarada como um passo determinante para concretizar uma obra muito importante para as acessibilidades à cidade de Barcelos.
    De acordo com o procedimento, ao qual o CONSTRUIR teve acesso, o projecto, concebido pela Geestrada contempla a construção da ligação à variante da E.N. 103, em Rio Côvo Santa Eugénia, da qual faz parte uma rotunda desnivelada que se articula com aquela via através de quatro ramos de ligação, sendo o atravessamento da EN 103 através de passagem superior à rotunda. A rotunda onde convergem os Ramos A, B, C e D, e a Ligação a Barcelos situa-se em nível inferior ao da EN 103, praticamente à cota do terreno natural, visto aquela estrada nacional se encontrar em aterro neste local. A Ligação a Barcelos desenvolve-se com uma geometria em planta adaptada ao espaço disponível e uma inclinação suave, apresentando um perfil transversal com duas vias. Os Ramos A, B, C e D têm inclinações acentuadas, mas dentro dos limites admissíveis, inserindo-se na EN 103 com vias de abrandamento ou de aceleração com extensões normais do lado poente e adaptadas, do lado Nascente, aos condicionantes locais, nomeadamente, os acessos às propriedades existentes nas margens da estrada nacional. A ligação à EN 103 (Antiga) fica também assegurada através do Ramo A e do Prolongamento da Rua do Pinheiro cujo traçado, desenvolvendo-se entre aquela estrada e a futura Ligação a Barcelos, assume a função de complementar o conjunto dos movimentos assegurados por este Nó. O acesso aos edifícios existentes do lado norte da antiga EN 103 intersectado pela nova Ligação a Barcelos será restabelecido através dos arruamentos existentes, permitindo-se também uma saída para rotunda.

    A intervenção, cujo procedimento foi já publicado em Diário da República, é encarada como um passo determinante para concretizar uma obra muito importante para as acessibilidades à cidade de Barcelos

    Acessos

    O acesso à Quinta do Desterro manter-se-á apenas por uma das entradas existentes encerrando-se a que se situa mais a Poente por ficar intersectada pelo Ramo D. Com o esquema de circulação proposto, para além de se estabelecer uma ligação desnivelada com a nova Ligação a Barcelos, melhoram-se significativamente as condições de segurança na EN 103 onde apenas se permitem saídas e entradas na mão.  O perfil transversal previsto para a Estrada Nacional é constituído por duas faixas de rodagem com quatro metros de largura cada, um separador de 60 centímetros de largura materializado coo uma guarda de segurança rígida do tipo ‘New Jersey’ e bermas interiores e exteriores com 1 e 2,5 metros respectivamente. O perfil transversal tupo da rotunda é constituído por uma faixa de rodagem de duas vias e 9,6 metros de largura. As bermas exteriores e interiores têm a largura de um metro.

    O município disponibiliza a título gratuito os terrenos que forem necessários para a obra, na parte em que esta interfira com o domínio rodoviário nacional (EN103). Também fica estabelecido que o Município de Barcelos se assume como dono da obra, competindo-lhe lançá-la, geri-la, executá-la e fiscalizá-la desde o procedimento pré-contratual até ao seu encerramento contabilístico. Cabe igualmente ao município a responsabilidade pela execução material, financeira e contabilística da obra. Por seu lado, cabe à IP autorizar o início dos trabalhos, procedendo ao acompanhamento dos trabalhos da empreitada.

    Durante a execução da empreitada, quaisquer alterações efectuadas ao plano de trabalhos devem ser comunicadas à IP, com a indicação das razões que determinaram essa alteração. No âmbito do acordo de gestão, fica também estabelecido que a IP se reserva o direito de efectuar ensaios em obra, com vista ao cumprimento integral dos requisitos constantes no caderno de encargos. A IP procederá também ao acompanhamento dos trabalhos, sendo da responsabilidade do município fazer cumprir pelo empreiteiro todas as orientações que a IP lhe venha a transmitir, designadamente no que respeita ao planeamento da obra, cumprimento do projecto de execução e da qualidade dos materiais.

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    Setúbal: Escola Básica ‘Barbosa du Bocage’ recebe novo Centro Escolar por cerca de 5 M€

    Projecto municipal contempla a construção de novo edifício com dois pisos e criação de um pavilhão polivalente

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    Cerca de cinco milhões de euros é quanto vai custar o Centro Escolar Barbosa du Bocage, a ser construido no recinto da Escola Básica Barbosa du Bocage. O projecto prevê a construção de um novo edifício de dois pisos, ambiental e energeticamente sustentável, para acolher um total de 275 alunos nas valências de pré-escolar e 1.º ciclo, a par de um pavilhão polivalente.

    O projecto municipal, que prevê que o novo centro seja edificado no recinto da Escola Básica Barbosa du Bocage, foi apresentado na passada quinta-feira, com o presidente da Câmara de Setúbal a destacar “a melhoria da qualidade de ensino no território”.

    Com uma área de construção de perto de 2 300 metros quadrados, o novo edifício “acompanha os traços do actual edificado, incorporando modernas soluções de construção, em particular no que respeita a conforto térmico e eficiência energética”.

    Para o piso superior do Centro Escolar Barbosa du Bocage estão projectadas oito salas de aula para o 1.º ciclo, enquanto o piso térreo é destinado ao pré-escolar, com três salas de actividades, incluindo um Centro de Apoio à Aprendizagem para alunos com necessidades educativas especiais.

    Duas salas de prolongamento, um refeitório para 200 alunos do 1.º ciclo e 75 do pré-escolar, a par de instalações sanitárias, núcleo de informática, áreas de arrumos e salas de apoio para o pessoal docente e não docente, entre outros espaços, também fazem parte do novo edifício escolar.

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    Primeiro abrigo urbano sustentável inaugurado na Maia

    O The GreenStation apresenta jardins na cobertura, painéis solares e materiais 100% sustentáveis como o vinil transparente impresso em tinta de água e o cartaz publicitário inserido no mupi impresso em papel reciclado

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    Chama-se The GreenStation e é um conceito pioneiro em Portugal. Promovido pela empresa Dreammedia, especialista em mobiliário urbano, o abrigo pretende ser como “um oásis no centro da cidade e um símbolo entre o mundo urbano e a serenidade da natureza”.

    A ser colocado na Avenida Santos Leite, na Cidade da Maia, o projecto vai apresentar jardins na cobertura, onde se encontram várias plantas e espécies arbóreas, que embelezam a cidade e funcionam como purificadores do ar e como neutralizadores de carbono, com capacidade de emissão de oxigénio.

    Com esta ação, a Dreammedia pretende criar uma “experiência inédita” aos utilizadores dos transportes públicos, cuja inovação tem “fortes preocupações ambientais”.

    Estes abrigos, com painéis solares, juntam ao mobiliário urbano, materiais 100% sustentáveis como o vinil transparente impresso em tinta de água e o cartaz publicitário inserido no mupi impresso em papel reciclado, que contribuem para a redução da pegada carbónica.

    Desta forma, a empresa torna-se a primeira do sector out-of-home a obter o certificado Carbono Zero.

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    Empreendimento Be.49 Apartaments comercializado pela Remax Collection

    Localizado na Rua da Manutenção, na zona ribeirinha oriental da capital, o projecto prevê a construção de um novo edifício com oito apartamentos distribuídos por cinco pisos

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    O empreendimento Be.49 Apartments, situado no Beato, em pleno coração de Lisboa, está a ser comercializado pela Remax Collection. Localizado na Rua da Manutenção, na zona ribeirinha oriental da capital, o projecto prevê a construção de um novo edifício, cuja aposta é o segmento residencial de luxo, sendo composto por oito apartamentos de tipologias T2 e T3, distribuídos por cinco andares, com um único apartamento nos pisos 0 e 4. A sua conclusão está prevista para 2023.

    Implementado na zona oriental de Lisboa, actualmente sinónimo de grande desenvolvimento ao nível das infraestruturas, serviços e construção, o empreendimento Be.49 Apartments é constituído por oito exclusivos apartamentos T2 e T3, e caracteriza-se por interiores espaçosos que contemplam áreas entre os 123 m2 e os 200 m2. Os valores das fracções variam entre 566 mil euros e os 1,3 milhões de euros.

    Todo o projecto assenta em opções “exclusivas” de construção, como janelas de vidro duplo com corte térmico e acústico, soalho de madeira maciça, mármore Estremoz em cozinhas e casas de banho, ar condicionado centralizado e lugares de garagem prontos para a mobilidade eléctrica, assim como varandas nas suítes e sala para uma vista única sobe o rio Tejo.

    “Esta comercialização é uma óptima oportunidade para quem pretende fazer um investimento seguro ou para quem deseje viver em pleno coração da capital, experienciando o lado urbano da cidade com o tradicional de um bairro típico”, considera Beatriz Rubio, ceo da Remax Collection.

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    Roca recria espaço de banho que combina vintage com tendências do século XXI

    Para este efeito, a Roca destaca a banheira Newcast. Em ferro fundido, além da sofisticação dos acabamentos e das linhas que apelam à visão, a sua capacidade de isolamento térmico permite manter a temperatura da água estável durante mais tempo e o isolamento sonoro assegura um menor impacto da água

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    tagsRoca

    Um espaço de banho vintage é, para muitos, sinónimo de charme, estilo e conforto. São os materiais e as texturas dos móveis, dos acessórios ou das paredes que dão ao espaço um estilo clássico e romântico, com a elegância e a sofisticação desejadas.

    Seja para uma casa de campo, um apartamento na cidade ou uma casa nos arredores, os espaços de banho de estilo vintage encaixam em vários estilos de design de interiores. O retro pode ser sinónimo de tradicional, mas também de modernidade e vanguardismo desde que seja assegurada a combinação ideal para obter esse estilo, adaptado aos gostos de cada um.

    Para este efeito, a Roca destaca a banheira Newcast. “Elegância” e “personalidade” são algumas características de um material como o ferro fundido, além da sofisticação dos acabamentos e das linhas que apelam à visão. A sua capacidade de isolamento térmico, permite manter a temperatura da água estável durante mais tempo e o isolamento sonoro assegura um menor impacto da água.

    Quanto aos acessórios, o cromado liso e brilhante é a melhor opção para os espaços de banho de estilo vintage, mas o titânio escovado e o preto mate são também alternativas cada vez mais utilizadas para o mesmo efeito. As silhuetas que evocam o design art déco, as linhas suaves, as formas geométricas e de inspiração industrial ajudam a recriar este estilo, em harmonia com o cromado dos toalheiros circulares, as saboneteiras ou os porta-copos de parede, que encontramos frequentemente em espaços de banho de estilo senhorial.

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    Revigrés na lista das 100 marcas portuguesas mais valiosas

    Distinção reflecte estudo da OnStrategy desenvolvido através da metodologia de Royalty Relief em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira)

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    A Revigrés é uma das 100 Marcas Portuguesas Mais Valiosas, segundo o estudo da OnStrategy desenvolvido através da metodologia de Royalty Relief em conformidade com a certificação das normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira).

    Neste âmbito, foram auditadas e avaliadas todas as marcas com informação pública de resultados financeiros anuais e indicadores de força de marca com base em critérios tangíveis – como bens e custos fixos – em critérios intangíveis – relacionados com as dimensões de marketing, tecnológica, contratual e artística – e no “goodwill” associado à marca.

    “No contexto atual, extremamente desafiante para as empresas nacionais, esta conquista vem reforçar a confiança da Revigrés na estratégia que tem vindo a prosseguir, focada em objetivos ambiciosos, na inovação e na satisfação dos nossos clientes”, afirmou Victor Ribeiro, ceo da Revigrés.

    Este é o culminar dos estudos realizados pela consultora OnStrategy ao longo do ano de 2023, entre os quais, sobre Reputação, no qual a Revigrés conquistou o primeiro lugar entre as produtoras de Revestimentos e Pavimentos cerâmicos e o segundo no sector de Produtos Industriais.

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    Ombria com 80% das Viceroy Residences vendidas

    Os imóveis foram adquiridos sobretudo por compradores britânicos, holandeses, portugueses e franceses

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    O Ombria, localizado no coração do Algarve, no concelho de Loulé, conta com 80% dos apartamentos das Viceroy Residences vendidos. Os imóveis foram adquiridos sobretudo por compradores britânicos, holandeses, portugueses e franceses.

    As Viceroy Residences estão integradas no hotel de 5 estrelas ‘Viceroy at Ombria’, e são uma aposta distinta do promotor imobiliário finlandês Pontos Group, em parceria com a cadeia hoteleira norte-americana Viceroy Hotels & Resorts. As ‘Viceroy Residences at Ombria’, serão as primeiras branded residences geridas pelo grupo americano no Sul da Europa. Trata-se de um conceito exclusivo de Branded Residence (residência de marca), uma forte tendência a nível mundial e que, em Portugal, começa a ganhar expressão.

    As Viceroy Residences são 65 apartamentos exclusivos, de tipologias T1 e T2, totalmente equipados e mobilados, e com gestão assegurada pela cadeia norte-americana. Alguns apartamentos possuem jardins e piscinas privadas, e todos contam com grandes terraços com vista para o campo de golfe.

    Os proprietários terão acesso ao campo de golfe de 18 buracos e a todos os serviços do hotel ‘Viceroy at Ombria Algarve’, nomeadamente seis restaurantes, diversas piscinas aquecidas, spa, kid’s club, biblioteca, loja gourmet, centro de conferências, ginásio, serviços de concierge, limpeza, room service e manutenção, entre outros. Além disso, os proprietários beneficiarão ainda de várias vantagens e descontos no golfe e no hotel, bem como em todos os outros hotéis da marca Viceroy Hotels & Resorts (atualmente 11 hotéis de luxo localizados em vários países, nomeadamente nos EUA, Caraíbas, América Central e Europa).

    Para João Richard Costa, director de Vendas e de Marketing do Ombria, “o sucesso de vendas das Viceroy Residences reflecte não só a qualidade da construção, mas também o facto de este ser um projecto cuja filosofia assenta num compromisso para com a protecção do meio ambiente e a comunidade local”.

    “Como factores de diferenciação destacam-se, ainda, a qualidade do design e acabamentos, assim como a gestão dos alugueres e manutenção assegurada pela Viceroy Hotels & Resorts, uma marca de renome internacional, e o facto de os apartamentos conjugarem a utilização por parte dos seus proprietários com uma componente de retorno de investimento”.

    Os apartamentos garantem um retorno mínimo de 5% ao ano durante os primeiros cinco anos aos seus proprietários. Sempre que não estiver ocupado pelo seu proprietário, o apartamento estará disponível para ser alugado a hóspedes do hotel.

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    João Moutinho, Business Director & Internationalization do BUILT CoLAB

    Construção

    “É preciso que o sector dê um salto de fé”

    O projecto REV@CONSTRUCTION terminou a 30 de Junho e apontou o caminho para a exigida revolução digital do Sector da construção. O projecto juntou, num consórcio, 20 empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, liderado pela construtora Teixeira Duarte e coordenado pelo BUILT CoLAB, em prol da Construção Digital em Portugal. O projecto terminou formalmente, mas as bases para a revolução do sector estão lançadas

    A primeira grande mudança que o REV@CONSTRUCTION provocou na indústria começou ainda antes do projecto avançar: o reconhecimento de o sector, pouco habituado a cooperar entre si, perceber que era necessário unir esforços para responder aos desafios da competitividade e da produtividade do sector. Hoje, mais de três anos volvidos, o projecto que envolveu 20 entidades e perto de uma centena de pessoas, terminou e lançou as bases para que a revolução da digitalização se dissemine pelos empresas do sector. Como? Disponibilizando ao mercado as ferramentas que este necessita para dar resposta às novas exigências, como plataformas vão permitir a interoperabilidade entre dados, ferramentas que vão fomentar a utilização generalizada do BIM e de Gémeos Digitais, entre outros.

    Conversámos com João Moutinho, Business Director & Internationalization do BUILT CoLAB, entidade responsável pela coordenação do projecto, sobre os desafios que se colocam ao sector e aos seus actores. As bases tecnológicas estão lançadas, mas a verdadeira revolução tem de acontecer ao nível da capacitação dos recursos humanos das empresas: “enquanto não tivermos as pessoas capacitadas para reconhecer a diferença, elas não irão perceber o valor das possibilidades que lhes são oferecidas neste momento. E este é o verdadeiro desafio”, alerta João Moutinho.

    Existe um antes e um depois do REV@CONSTRUCTION?

    Claramente! O sector da construção tipicamente não é muito receptivo à inovação e isso contribui para um círculo vicioso. Não havendo o reconhecimento dessa inovação, há cada vez menos vontade de criar inovação. O BUILT CoLAB, um laboratório colaborativo que nasceu quase que em simultâneo com este projecto, foi criado um pouco para contrariar essa tendência. Temos estado a criar ferramentas e a dinamizar projectos que têm como principal objectivo acelerar a inovação no sector. Depois, procurámos ter os argumentos para convencer o sector a utilizar essas ferramentas.

    E o REV@CONSTRUTION é um exemplo disso mesmo. A liderança do projecto é da Teixeira Duarte, mas a coordenação técnica é do BUILT CoLAB. Está no nosso nome, na nossa natureza pôr várias entidades a falarem e a reconhecerem a lacuna que existe tipicamente entre aquilo que é o conhecimento que a academia e a ciência produzem e a sua aplicabilidade. E se em alguns sectores, como a Manufactura ou o Calçado, existe essa ligação, na Construção isso tem sido mais difícil de acontecer.

    E para isso contribuem características como a fragmentação do sector, a multiplicidade de pequenas e médias empresas e aos níveis de qualificação, geralmente baixos, dos seus recursos humanos…

    Exactamente. Existe uma enorme dificuldade em colocar o sector a adoptar tecnologia. Ok, isso já acontece com as maiores empresas, que certamente já têm desafios da adopção de tecnologia, mas como é que fazemos com as empresas que compõem mais de 95% daquilo que é o valor criado na construção e que são micro pequenas e médias empresas? Como é que conseguimos que aquelas empresas com 3,4 ou 10 colaboradores utilizem ferramentas deste género, quando na realidade o grande desafio que eles têm, neste momento, é manter as pessoas, conseguir executar as obras e lidar com tudo aquilo que são as dificuldades de uma indústria que é normalmente competitiva apenas pelo preço?

    E qual é a resposta ou solução a essa questão?

    A resposta à pergunta tem a ver com a qualificação. Por um lado, temos de conseguir qualificar melhor.  Temos de desmistificar a ideia de que a construção é uma alternativa para quem não estuda ou para quem não serve para mais nada. Quem vai para a construção tem de ter vontade de ir para a construção. O sector tem de ser atraente do ponto de vista de carreira, do ponto de vista do tipo de funções que são desempenhadas, porque a construção pode ser um trabalho cada vez menos duro se for industrializada, se for tomada com eficiência. E neste momento é o sector menos eficiente. Tem um fosso de produtividade de 1.7, o que é mau se considerarmos que temos de ser cada vez mais competitivos para sermos cada vez mais sustentáveis. Isto significa que somos 170 % menos eficiente que a média dos outros sectores. É muito significativo.

    Como é que conseguimos que aquelas empresas com 3, 4 ou 10 colaboradores utilizem ferramentas deste género, quando na realidade o grande desafio que eles têm, neste momento, é manter as pessoas, conseguir executar as obras e lidar com tudo aquilo que são as dificuldades de uma indústria que é normalmente competitiva apenas pelo preço?

    A Construção apontou como meta a versão 4.0. Deveríamos apontar um pouco mais atrás?

    Se calhar fomos um bocadinho ambiciosos. Mas é preciso dar a perceber os benefícios desta digitalização e, por isso, temos de ir à boleia, digamos assim, e aproveitar a designação do 4.0 para se perceber este esforço da digitalização, que é da sensorização, da adopção, da ciência de dados, da utilização da inteligência artificial. É um pouco para colarmos a designação que existe para outras indústrias, a esta indústria que ainda não estará no patamar 3.0. Aliás, se calhar outras também não estarão mas beneficiam da mesma designação, do mesmo marketing, para passar a mesma ideia. Nós não queremos passar pelas etapas que os outros já passaram. Vamos querer dar um salto maior. O que me leva à sua questão que acabei por não responder: “de que forma é que as micro pequenas e médias empresas podem beneficiar disto?” Diria que vão ter de passar a ter pessoas mais qualificadas e vai ter de haver aqui um salto de fé, um salto de confiança, para que haja uma melhoria de eficiência. A digitalização e a sustentabilidade são os drivers para a competitividade.  Mas estas coisas não podem ser impostas. É preciso que as empresas reconheçam a necessidade e que, a curto prazo, se criem alternativas de capacitação. E nós já estamos a trabalhar em projectos que vão criar essas alternativas.

     O REV@CONSTRUCTION deu origem também alguns desses instrumentos que vão ajudar a convencer as empresas a dar esse “salto de fé”?

    Isso é o que é verdadeiramente diferenciador neste projecto. Para conseguir ajudar estas empresas, será sem dúvida importante disponibilizar ferramentas que, até agora, eram muito difíceis de obter sem ter de realizar um grande investimento. O REV@CONSTRUCTION desenvolveu um conjunto de produtos, processos e/ou serviços (os chamados PPS), alguns dos quais vão ser colocados à disposição do mercado livremente, outros vão ser comercializados pelas empresas ou disponibilizados de alguma forma, com um modelo de licenciamento pelas empresas, mas todos, sem excepção, vão estar ao dispor do sector.

    O sector tem de ser atraente do ponto de vista de carreira, do ponto de vista do tipo de funções que são desempenhadas. A construção pode ser um trabalho cada vez menos duro se for industrializada, se for tomada com eficiência. E, neste momento, é o sector menos eficiente. Tem um gap de produtividade de 1.7, o que é mau se considerarmos que temos de ser cada vez mais competitivos para sermos cada vez mais sustentáveis. Isto significa que somos 170 % menos eficiente que a média dos outros sectores

    Os instrumentos do REV@CONSTRUCTION

    Como vai ser feita essa transposição?

    A forma como estas ferramentas irão ser disponibilizadas depende de caso para caso, sendo que a maioria das ferramentas terão como objectivo serem de uso, talvez não totalmente gratuito, mas na grande maioria quase gratuito, embora não possamos responder pelos 20 parceiros que estão associados. Neste momento, o projecto já terminou, estamos numa fase de reporte do ponto de vista formal, mas as ferramentas já foram desenvolvidas e têm estádios de maturidade muito elevadas. Convém, no entanto,  salientar que estas ferramentas ainda não vão estar na prateleira daqui a 1 hora ou daqui a 2 ou 3 meses. Poderá demorar algum tempo até serem produtos suficientemente robustos para serem colocados no mercado. Mas o primeiro passo foi dado e isso é verdadeiramente importante.

    Estamos a falar de que tipo de produtos e serviços?

    Resumidamente, eu diria que podemos agregá-los em duas dimensões de produtos. Por um lado, plataformas que vão, de alguma forma, suportar dados e interoperabilidade entre dados, quer sejam dados relacionados com BIM quer sejam dados relacionados com tudo aquilo que é sensorização ou outras fontes de dados e que, em conjunto, produzem valor. Estamos a falar de plataformas de agregação de dados, estamos a falar de sugestões muito concretas relativamente à forma como se pode passar a ter a adopção do BIM generalizada em Portugal, estamos a falar de ferramentas que têm e que suportam processos associados à construção de digitalização.

    Numa segunda dimensão, temos ferramentas de digital twins, os chamados gémeos digitais. Estes gémeos digitais, muitas vezes suportados em BIM, permitem-nos simular vários tipos de cenários: cenários associados à própria gestão de obra, que é fundamental e que é aquela aplicação mais fácil e mais conhecida, mas também cenários associados a outras fases do ciclo de construção, nomeadamente neste caso à manutenção do edifício construído. E este é um aspecto muito importante.

    Existe ainda um outro conjunto de ferramentas que também foram desenvolvidas e que estão associadas a processos, por exemplo uma ferramenta que permite digitalizar o processo de pavimentação das estradas, uma actividade até agora muito analógica e o que fizemos foi desenvolver um conjunto de ferramentas que digitaliza o processo e que o torna imensamente mais eficiente.

    De que forma?

    Passamos a ter um processo controlado de uma forma digital: sabemos a todo o momento onde estão as máquinas, conseguimos prever a saída do material betuminoso e controlamos a sua chegada à frente de obra, que é um processo crítico. Conseguimos monitorizar a temperatura de aplicação da mistura betuminosa para efeitos de garantia de qualidade, mas também são identificadas, através de ciência de dados, as patologias de pavimento que no futuro possam estar associadas a essa localização. Estamos a falar de gerir todo o processo de uma forma única, através de uma plataforma única, e que é partilhada pelos vários stakeholder. Desde o trabalhador que está na frente de obra com o seu tablet a trabalhar, até ao trabalhador da central que tem de libertar camiões. Este foi, diria, um casamento muito interessante que aconteceu entre a academia (habituada a laboratórios e que teve de ir à obra) e as empresas, pouco habituadas a terem esta intervenção. E foi possível perceber a vontade que estes trabalhadores que estão na frente de obra têm de ter ferramentas que lhes permitem estar mais confiantes e serem mais eficientes.

    A obrigatoriedade do BIM

    A breve trecho teremos a obrigatoriedade da adopção do BIM. Vê esta medida como parte do esforço e do trabalho que têm estado a promover e como uma forma de se acelerar a digitalização do sector?

    Frequentemente discutimos se esta obrigatoriedade deve vir bottom up ou top down. Ou seja: devem ser as empresas a reconhecerem a sua necessidade ou se estas têm de ser impostas? O ideal seria uma abordagem híbrida mas que, não existindo, terá de ser top down e temos o exemplo de outros países que já foram mais bem-sucedidos nessa acção, nomeadamente o Reino Unido, que está uns anos à frente nesta matéria.  Assim, vão ser empreendidos esforços, em que nós colaboramos, para tornar esta metodologia obrigatória ainda que de uma forma faseada. A proposta de lei está a ser revista e tudo aponta para que até 2030 haja efectivamente uma adopção generalizada do BIM, a começar pelos grandes projectos públicos.

    Associado a isso existe ainda a questão da normalização. Como está este processo?

    Já existem várias normas BIM traduzidas para português. O BUILT CoLAB teve um papel fundamental neste trabalho. É um processo complicado porque é moroso, mas neste momento a grande limitação não está nas normas, eu diria que a grande limitação está no que falámos anteriormente, da necessidade da sua adopção por parte das empresas. As normas existem, o facto de não estarem traduzidas colocam aqui alguns desafios de interoperabilidade, mas as normas principais já estão traduzidas. A interoperabilidade que é garantida, de certa forma, pela estandardização vai ser fundamental para garantir que este esforço é bem rentabilizado. Eu diria que aquilo que são os principais usos e aquilo que são as principais características no BIM já estão traduzidos. Ainda que o esforço de estandardização e de criação de normas e a sua tradução é sempre um trabalho em curso, à medida que os usos de BIM também se tornem cada vez mais sofisticados.  Neste momento fala-se de uso BIM até à 8ª e 9ª dimensão, quando na realidade ainda lutamos para usar as dimensões mais básicas. Esse é que é o verdadeiro desafio o de adopção e democratização do uso do BIM e a democratização passa pela disponibilização dessas ferramentas. Faz ideia de quanto custa uma licença anual de um software de modelação mais usado no BIM? Cerca de 3500 Euros/ano, por posto de trabalho. Isto na escala da Construção pode parecer pouco, mas à escala das micro e pequenas ou mesmo das médias empresas que têm 20 a 30 utilizadores, faz mossa.

    Com a adopção generalizada do BIM teremos melhores projectos e estes serão mais caros?

    Confunde-se a dificuldade da adopção BIM com a qualidade do projecto. Um projecto em BIM não é um projecto diferente de outro projecto, é só um projecto apresentado e formalizado de uma forma diferente.  O problema é que, até agora a duas dimensões, os projectos tinham pouco detalhe. As especialidades eram colocadas em cima de desenhos bidimensionais em que os elementos eram apontados, por exemplo, o interruptor fica na parede x, a conduta passa mais ou menos aqui e os cabos de electricidade passam na parede y.  Ninguém dizia exactamente onde é que passavam, nem se preocupavam com pormenores de implementação, ou a que cota é que estavam localizados exactamente. Com o uso do BIM, isso deixa de acontecer porque as coisas têm de ser colocadas no sítio certo, não se podem colocar as coisas no ar simplesmente, e isso obriga a um projecto melhor, um projecto em que todos os envolvidos pensaram em tudo. Não se deixam as coisas na Memória Descritiva para ser interpretadas depois na fase de obra e esse projecto não é mais caro por ser em BIM, é mais caro por ser mais pormenorizado.

    Vão ser empreendidos esforços, em que nós colaboramos, para tornar esta metodologia obrigatória ainda que de uma forma faseada. A proposta de lei está a ser revista e tudo aponta para que até 2030 haja efectivamente uma adopção generalizada do BIM, a começar pelos grandes projectos públicos

    E isso é um entrave à adopção do BIM? De que forma?

    A meu ver o verdadeiro entrave à adopção do BIM não é só a formação ou o conhecimento que é preciso ter para criar em BIM, tem a ver precisamente com a necessidade de pensar em tudo e esse a necessidade de pensar em tudo, depois, irá gerar uma economia na obra porque vai haver menos desperdício, menos enganos e mais eficiência. E isto é um bocadinho assustador, porque neste momento existe até quem viva dessa ineficiência e depois vemos os custos dos projectos a derraparem. Com o BIM a probabilidade de isso acontecer é muitíssimo mais baixa porque as coisas foram muito mais bem pensadas e porque têm uma correspondência quase em tempo real com as coisas. Imagine, por exemplo, que o projecto BIM na sua componente de orçamentação está ligado à base de dados de custos, em vez de haver uma surpresa no final, o projectista pode, em tempo real, avaliar o custo da obra e o seu impacto e escolher a melhor altura para a executar. Sem me querer alongar naquilo que é a tecnicalidade do uso do BIM, é muito fácil perceber que essa adopção tem vários desafios de ordem política, mas também tem traz desafios do ponto de vista social, da mentalidade e de percebermos que só através da eficiência é que nós vamos para a competitividade e que esta competitividade não pode estar associada só ao preço, antes à qualidade e à eficiência. Falamos muito de escala e do facto das nossas empresas terem de se juntar para ter escala e aproveitar as oportunidades que existem no mercado internacional e isso só vai acontecer se “falarem a mesma língua”, cá está a necessidade de interoperabilidade, da estandardização e a necessidade de ser eficiente.

    Voltamos ao REV@CONSTRUCTION, este é um projecto que vai acelerar esta mudança?

    Não podemos prever o futuro, mas identificámos que um dos principais problemas era a ausência de ferramentas. E foi nisso que o REV@CONSTRUCTION se centrou. Agora, um dos principais drivers para a inovação, e que o Governo vai incentivar, será a descarbonização. E muitas vezes descarbonizar vem pela eficiência, redução do desperdício e promoção da circularidade. Se olharmos os fundos do PRR e a forma como estão a ser gastos e se prevêem gastar, percebemos que a descarbonização será uma grande oportunidade para as empresas apostarem em inovação. Agora, grande parte deste esforço vai ter de vir das próprias empresas e da mudança de mentalidade que tem de acontecer. Não é difícil pensar em retorno de investimento destas soluções, ele acontece muito rapidamente. Há muitos estudos que mostram um tempo para a retorno do investimento na ordem de meses para muitas das tecnologias que estamos aqui a falar. Porque actualmente o gasto e o desperdício são tão grandes que qualquer benefício de produtividade paga a solução. Contudo, é muito difícil para a maioria destas 95% das empresas que referiu dar esse salto de fé.  E voltamos ao início da nossa conversa. Enquanto não tivermos as pessoas capacitadas para reconhecer a diferença, elas não irão perceber o valor daquilo que são as possibilidades que lhe são oferecidas neste momento. E este é o verdadeiro desafio.

    A meu ver, o verdadeiro entrave à adopção do BIM não é só a formação ou o conhecimento que é preciso ter para criar em BIM. Tem a ver precisamente com a necessidade de pensar em tudo e essa necessidade de pensar em tudo, depois, irá gerar uma economia na obra porque vai haver menos desperdício, menos enganos e mais eficiência. E isto é um bocadinho assustador porque, neste momento, existe até quem viva dessa ineficiência

    O BUILT CoLAB nasceu quase em simultâneo com o REV@CONSTRUCTION, irá continuar o seu percurso? O que têm em carteira?

    O BUILT CoLAB só tocou na ponta do iceberg.  Nascemos da iniciativa da Agência Nacional de Inovação para suprir esta necessidade, mesmo antes de sabermos que íamos ser parceiros deste projecto. A ideia de um laboratório colaborativo ou de um centro de investigação para a construção digital surgiu antes e o mecanismo que o financiou tem uma missão que vai além deste projecto.  Temos dois drivers: a digitalização e a sustentabilidade e percebemos neste momento que a sustentabilidade é o maior driver que existe para a digitalização. Porque muito rapidamente vamos passar à fase do “pau”, que acreditamos irá ser muito dolorosa para a maioria do sector da construção, que é um sector com muitas emissões principalmente se falamos na construção tradicional. E grande parte do desafio nos próximos anos será canalizado para a criação de ferramentas obrigam à transformação digital, mas que têm como principal driver a sustentabilidade. Mesmo em termos de orçamento o REV@CONSTRUCTION representa uma fatia muito pequena daquilo que foi o nosso desenvolvimento nos últimos três anos.  O nosso grande projecto foi o de desenvolver outras ferramentas e outras iniciativas, como o plano nacional da circularidade para a construção ou o desenvolvimento de ferramentas transversais que nem sequer estavam no VER e que foram disponibilizadas à indústria. O BUILT CoLAB vai continuar a ser o BUILT CoLAB.

    Em que projectos estão envolvidos?

    Estamos envolvidos na criação de um European Digital Inovation Hub, um projecto que irá arrancar nos próximos meses e que vai ser muito positivo para o sector porque vai permitir que estas pequenas empresas experimentem tecnologia com uma taxa de financiamento muito elevado.  portanto é um esquema de cascate funding em que a Comissão Europeia e o estado português, através do PRR, irão financiar uma parte deste investimento.

    Temos uma agenda mobilizadora em torno da pedra natural e da indústria extractiva e da utilização da pedra natural na construção, através de um projecto inovador no centro do país de criação de um centro de capacitação BIM com recurso a metodologias pouco comuns, mas não posso adiantar mais do que isto, dizer que é uma forma muito original de lidar com os desafios do mundo real e de lidar com coisas engraçadas relacionadas com capacitação imersiva.

    Depois temos outros projectos relacionados com descarbonização que estão neste momento a ser contratualizados com empresas de construção e com outras associações do sector visando desenhar roteiros para a descarbonização que é uma coisa também muito importante

    Temos vários projectos de investigação a decorrer a pedido de empresas, que estamos a desenvolver internamente e que têm como objectivo criar produtos e serviços que depois serão comercializados por essas empresas, enfim o grande desafio agora é conciliar tudo isto numa lógica de recursos humanos finitos…

    Os Produtos, Processos e Serviços do REV@Constrution

    O projecto REV@CONSTRUCTION divide-se em quatro Produtos, Processos e/ou Serviços (PPS). O PPS 1 preocupa-se com os aspectos a montante do processo de digitalização, com os processos normativos, que tem a ver com a criação de plataformas digitais que são uteis para empresas que querem fazer modelação digital. Neste contexto foram desenvolvidas, entre outros instrumentos, a plataforma Digi4Construction e a aplicação BIM4Bridges.

    Os PPS 2 e 3, estão focados nos gémeos digitais que são, no fundo, coração dos objectivos do projecto na área da digitalização. Enquanto o PPS 2 trata dos processos antes da fase do edifício construído, abrangendo a “promoção da digitalização dos processos e actividades de negócio da construção desde a fase de concepção e projecto, até à conclusão e entrega da obra”, o PPS 3 está relacionado com a fase de utilização, a fase de operação do edifício. Funcionará como um “acelerador” do processo de digitalização para os diferentes stakeholders, com particular foco nos donos de obra e nas empresas de facility management

    O 4º PPS tem a ver com outro tipo de obra, nomeadamente a pavimentação e obras de arte. Tendo sido implementados dois Living Labs (demonstradores) que vão concretizar o trabalho desenvolvido nos PPS’s 1, 2 e 3, para validar os sistemas e aplicações desenvolvidos. “Um deles será o BIM4Bridges, no qual se irá efectuar uma demonstração das potencialidades do BIM quando aplicado em obras de arte – para o contexto será realizada a modelação por laser can e fotogrametria de uma obra de arte/infraestrutura já existente. O outro dedicado à digitalização da informação relativa aos pavimentos rodoviários, para validar as aplicações PAV 4.0 (que irá instrumentar e registar informação durante a fase de construção do pavimento) e PAV 4.0 LC (que irá instrumentar e registar informação durante a fase de utilização do pavimento para avaliação da evolução do seu desempenho ao longo do ciclo de vida)”.

    Um último PPS, o 5º, está relacionado com a comunicação e disseminação da informação ao sector.

    Indústria reunida para discutir “a revolução do sector”

     Os resultados do projecto foram apresentados numa conferência final que juntou vários representantes da indústria, como a Teixeira Duarte, a Mota-Engil ou o Grupo Casai.

    A Conferência “A Revolução da Construção Digital em Portugal” que assinalou o final do REV@CONSTRUCTION, o projecto mobilizador para a revolução digital da construção, o primeiro do sector AEC e que juntou um consórcio de 20 empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, liderado pela Teixeira Duarte.

    Sílvia Garcia da ANI, no seu discurso de abertura, salientou desde logo a importância que o Programa Mobilizador tem na internacionalização das empresas, com enfoque no sector AEC, e como a criação de novos Produtos, Processos e Serviços (PPS) ajuda a colmatar as lacunas sentidas em termos de competitividade face a outros sectores. Os principais objectivos do projecto são a melhoria da competitividade e o crescimento sustentável do sector da Construção, assim como um alinhamento estratégico com o sector a nível europeu.

    Francisco Reis (BIMMS), João Vaz da Silva (3Maps), João Moutinho (BUILT CoLAB), Joel Oliveira (Universidade do Minho) e Noel Leitão (Teixeira Duarte) foram os principais porta-vozes das equipas de trabalho e mostraram o desenvolvimento de ferramentas que permitem uniformizar e sistematizar as regras para a digitalização na construção, assim como a criação de aplicações que promovem a digitalização dos processos construtivos. O projecto contribuiu para a implementação do conceito de “Digital Twin” – Gémeo Digital, em diversas operações de construção e manutenção de edifícios e infraestruturas, recorrendo a investigação em áreas digitais como realidade aumentada, sensorização, digitalização 3d, ciência de dados, machine learning ou IoT.

    A metodologia BIM foi um dos vários tópicos de discussão no painel de debate moderado por João Moutinho (BUILT CoLAB), que juntou Francisco Reis, da BIMMS, Laura Caldeira, do LNEC, Luís Gomes, da Mota Engil, Rita Moura, da Teixeira Duarte, e Sérgio Laranjeira, do Grupo Casais.

    Discutiu-se também o papel que o Estado tem na implementação de medidas que agilizem o processo de digitalização de forma transversal, sobretudo na obrigatoriedade de submissão de projectos em BIM para sua aprovação.

    Coube a Manuel Maria Teixeira Duarte, presidente do Conselho de Administração da Teixeira Duarte, fechar o encontro  tendo sublinhado que “este projecto mobilizador tem o poder de influenciar toda a cadeia de valor da construção e democratizar o acesso às metodologias digitais numa escala nunca vista no nosso sector”.

     Os parceiros

    Teixeira Duarte (entidade líder); INESC TEC; BIMMS; Grupo Casais; UMinho; LNEC; Infraestruturas de Portugal; Engexpor; Instituto Português da Qualidade; Instituto Superior Técnico; UPorto; A400; Mota-Engil; 3Maps; Instituto Superior de Engenharia de Lisboa; BUILT CoLAB; ACPMR – Cluster Mineral Resources; Instituto da Construção; COBA; AdF.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    O acordo visa a manutenção, reparação e requalificação dos edifícios, propriedade do Município do Porto, onde a instituição desenvolve a sua obra

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    Nas palavras do vereador da Coesão Social, “o protocolo assinado com a Obra Diocesana é importante, uma vez que se traduzirá na melhoria das condições de prestação dos serviços desta instituição aos Portuenses, nomeadamente nas valências de apoio à infância, juventude e idosos”.

    Neste momento, e de acordo com a proposta aprovada em reunião de Executivo, “os equipamentos apresentam a necessidade de manutenção, assim como de realização de obras extraordinárias de forma a potenciar a adequação da rede à realidade social dos territórios em que estão inseridos”.

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