“Juntos seremos mais fortes”
Numa conversa que se movimentou entre o internacionalizar arquitectos e gabinetes e o exportar serviços, ficou claro que as duas opções são válidas
Ana Rita Sevilha
Prémio Nacional do Imobiliário 2024 distingue empreendimentos do sector
DS Private reforça rede
Salto Studio ganha concurso para antiga Colónia Balnear da Areia Branca
Município de Esposende investe 3,6M€ na construção de residência de estudantes
Weber lança novo acabamento para fachadas
Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola
Grupo Eurofred formaliza venda da sua filial Horeca Global Solutions
KEO inaugura escritório em Lisboa e duplica número de colaboradores
Twinkloo olha para o futuro do imobiliário em Portugal através de novo podcast
Geberit volta a juntar-se a Miguel Muñoz para espaço na Casa Decor 2024
O Construir reuniu hoje para uma conversa informal subordinada ao tema da “Internacionalização da Arquitectura”, um conjunto de arquitectos portugueses, no sentido de debater as questões da internacionalização e da exportação tão na ordem do dia. Aos oradores convidados juntaram-se na assistência engenheiros e profissionais do sector da construção, mostrando que esta é uma questão transversal ao sector.
Pedro Matos Gameiro, do atelier Matos Gameiro, Luís Barros, partner da Saraiva & Associados, Marco Paz, co-fundador da marca registada LogoExisto, Nuno Malheiro, Presidente do Focus Group e Cláudio Sat, Vogal da Ordem dos Arquitectos, foram os oradores convidados a expor as suas ideias, estratégias e preocupações.
Numa conversa que se movimentou entre o internacionalizar arquitectos e gabinetes e o exportar serviços, ficou claro que as duas opções são válidas, sendo que a primeira exige maior investimento e maior escala logo, a necessidade de parcerias ou de os gabinetes portugueses se juntarem para ganharem escala e dividir riscos. Uma necessidade sublinhada por Nuno Malheiro que não tem dúvidas que “se nos juntarmos em grupo e dividirmos riscos, seremos mais fortes”
À luz de exemplos como o do Focus Group ou do gabinete Saraiva & Associados, Nuno Malheiro e Luís Barros partilharam experiências e dificuldades do que é um processo de internacionalização nos diversos mercados em que estão presentes, sempre na óptica de uma cultura empresarial que é inevitável a quem queira seguir os seus passos.
Por outro lado, Pedro Matos Gameiro foi a voz as exportação. Com 100% dos actuais clientes fora de Portugal, o atelier está a projectar para fora do país mas também tem encomenda estrangeira para Portugal e segundo Pedro Gameiro, na sua perspectiva, é o que faz sentido. Divulgação por parte da Ordem dos Arquitectos ou de outras associações da arquitectura portuguesa em publicações de prestígio internacionais e a existência de delegações que dessem apoio e enquadramento legal no âmbito da diplomacia, seriam passos importantes para facilitar a entrada de portugueses noutros mercados e que segundo Matos Gameiro, não exigem grandes custos.
Cláudio Sat lembrou que a Ordem dos Arquitectos é uma voz activa nestas questões e tem o tema da Internacionalização em cima da mesa. Preocupados com os dados actuais que mostram que a cada mês 50 arquitectos pedem certificados para sair do país e entregar nas associações congéneres, Cláudio Sat sublinhou que a Ordem tem como missão e objectivo internacionalizar a arquitectura portuguesa para que os seus membros possam exportar serviços.
Por último, Marco Paz centrou o debate no contexto nacional e nas oportunidades de trabalho que existem na área e que podem ser aproveitadas, lembrando que é importante reflectir sobre o estado actual em que os arquitectos estão hoje a desenvolver o seu trabalho.