Reabilitação vale 7% da produção nacional do sector da construção
Os números constam de um estudo encomendado pela Associação dos Industriais da Construção Civil do Porto (AICCOPN) à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

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Muito se fala de Reabilitação Urbana e os sinais de que está a ganhar força até são visíveis, contudo, ainda há um longo caminho a percorrer, uma vez que a reabilitação de edifícios vale apenas 7% do total da produção do sector da construção civil e obras públicas – um valor muito inferior face ao verificado na média da União Europeia (36,8%) ou mesmo em Espanha (25%).
Os números constam de um estudo encomendado pela Associação dos Industriais da Construção Civil do Porto (AICCOPN) à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que concluiu também que, há 1,5 milhões de habitações no país a necessitar de intervenção, estando 200.000 edifícios em perigo de ruína e a carecer de intervenções profundas.
Traduzido em investimento, dos 38.000 milhões dde euros necessários para reabilitar todo o património habitacional do país, 6.223 milhões são precisos para obras de conservação e manutenção enquanto as grandes reparações estão avaliadas em 9.335 milhões e a reparação de património muito degradado em 7.128 milhões. No que diz respeito às pequenas e médias reparações, estão orçadas em 15.312 milhões.
Segundo Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), os 2,5 mil milhões de euros do fundo para a reabilitação urbana que o Governo anunciou recentemente no âmbito do próximo quadro comunitário não são suficientes: “Esse é um valor pequeno para as necessidades. Aliás, com todo o património que há para reabilitar, deveríamos ter um plano a 15 anos, com expressão, que nos aproximasse da média europeia. Precisamos de aproveitar ao máximo os fundos do próximo quadro comunitário, designadamente os ligados à eficiência energética, à fiscalidade verde e aos riscos sísmicos”.
Ao Diário de Notícias o mesmo responsável admitiu que “Portugal já vive uma dinâmica diferente nesta matéria”, mas sublinha que “não chega, é preciso muito mais”.