Construção entre os sectores mais afectados pelas insovências no 1ºT de 2015
António Monteiro, CEO da IGNIOS, mantém-se positivo e salienta que “quase um ano passado sobre o fim do resgate financeiro, a dinâmica de crescimento económico mantém-se nas empresas e empresários portugueses, sustentada nas perspectivas positivas”
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O sector da Construção continua a ser um dos que maior taxa de insolvências apresenta, tendo sido responsável por 17,8% das insolvências registadas no primeiro trimestre do ano.
Os números constam de um estudo elaborado pela IGNIOS, empresa de soluções para gestão do risco no sector empresarial que revela ainda a aceleração da dinâmica da constituição de empresas. O “Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos” demonstra que o número de empresas constituídas neste período cresceu 11,8% (mais 1.227 empresas) face ao 1º trimestre do ano passado.
Em Portugal, o estudo da IGNIOS aponta para a criação de 11.653 empresas desde o início do ano, com particular incidência para o segmento de “Outros Serviços” (40,1%)%), “Comércio a Retalho” (13,3%) e “Hotelaria e Restauração” (11.1%), que se apresentam como os destacadas deste efeito de crescimento.
Do ponto de vista distrital, Lisboa e Porto são os que mais acolhem o crescimento (27,5% e 18,6% respectivamente), seguido dos distritos de Braga, Setúbal e Aveiro.
Em contrapartida, o número de insolvências encerra o trimestre com um aumento de 4,9% relativamente ao mesmo período do ano passado, com cerca de 2.189 empresas a declarar incapacidade. Neste caso, os principais sectores mais afectados foram “Outros Serviços” em cerca de 18,6%, a “Construção” com 17,8%, o “Comércio a Retalho” e o “Comércio por grosso”, com um crescimento de 14,8% e 14%, respectivamente.
Paralelamente ao crescimento verificado na criação de empresas na capital, Porto e Braga, também se apresentam como os distritos com maior número de empresas a declarar insolvência. A IGNIOS ressalva a importância de não dar como garantida esta inversão de decréscimo face ao ano anterior, já que esta foi analisada por um período ainda trimestral.
António Monteiro, CEO da IGNIOS, mantém-se positivo e salienta que “quase um ano passado sobre o fim do resgate financeiro, a dinâmica de crescimento económico mantém-se nas empresas e empresários portugueses, sustentada nas perspectivas positivas percepcionadas para a Economia nacional”.
Tendo em conta que o rácio de empresas criadas e insolvidas tem evoluído positivamente no primeiro trimestre, com um total de 5,32 novas empresas por cada uma que se torna insolvente, face mesmo período do ano passado com 4,99 empresas por cada insolvente, as perspectivas são positivas e continuam a ser contabilizadas no seguimento do ano de 2015. *Marina Bertolami