Sector de equipamentos em recuperação na Europa
Para 2015, o comité prevê que será mantido o nível do ano passado, com um crescimento maior a surgir de mercados que mais sofreram em termos económicos, como Portugal, Espanha ou Itália
Pedro Cristino
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O sector europeu dos equipamentos para construção está a recuperar, mas a indústria necessita de “regulamentação que funcione para permanecer competitiva no mercado global”.
Esta é a conclusão do Comité Europeu de Equipamento de Construção (CECE), cujo presidente, Eric Lepine, afirmou, no âmbito da feira internacional Intermat, que este sector se situa “num ambiente de mercado misto, mas com sinais definitivos de recuperação da nossa indústria”.
“Existem ainda incertezas em regiões diferentes do mundo”, continuou Lepine, explicando que os números, contudo, “indicam que a Europa está a recuperar”. Segundo o comunicado da CECE, em 2014, esta indústria já tinha atingido um “crescimento significativo”, embora este tenha partido de níveis muito baixos.
Para 2015, o comité prevê que será mantido o nível do ano passado, com um crescimento maior a surgir de mercados que mais sofreram em termos económicos, como Portugal, Espanha ou Itália, enquanto que em mercados maduros, como o Reino Unido, a Alemanha ou os países escandinavos, que já registaram “crescimentos robustos em 2014”, a situação deverá manter-se “estável”.
Por sua vez, o presidente do CECE afirmou que a indústria necessita de “legislação que funcione”, de forma a manter-se neste rumo e a contribuir na construção de “uma Europa moderna e competitiva”. Lepine referiu-se, em particular, à legislação europeia sobre as emissões de CO2, que serão “das mais rigorosas do mundo”.
Segundo o CECE, a indústria de equipamentos para a construção já produz a “mais segura e mais limpa” maquinaria do mundo e está comprometida a continuar a apoiar o legislador neste campo. Contudo, para tal, necessita também do apoio do legislador. “Necessitamos que a regulamentação seja aprovada no final de 2015, caso contrário, a nossa indústria não terá tempo para implementar as mudanças necessárias no motor e nas máquinas para que cumpram estes novos padrões de emissões tão rigorosos”, concluiu o presidente do CECE.