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    Engenharia

    A estratégia da COBA para o crescimento da carteira de encomendas

    A empresa portuguesa de engenharia enfrenta a conjuntura desafiante com um “prudente optimismo” em virtude de uma carteira de encomendas que o mercado internacional trata de rechear

    Pedro Cristino
    Engenharia

    A estratégia da COBA para o crescimento da carteira de encomendas

    A empresa portuguesa de engenharia enfrenta a conjuntura desafiante com um “prudente optimismo” em virtude de uma carteira de encomendas que o mercado internacional trata de rechear

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    31-coba_inf_34-12.jpgA COBA inicia a segunda metade do ano com um “prudente optimismo” derivado da sua carteira de encomendas recheada de vários projectos internacionais e grande dimensão. Em comunicado, o vice-presidente do grupo refere que a carteira de trabalhos contratados permite à COBA “um nível muito apreciável de ocupação dos nossos recursos, podendo ser encarada com confiança a crise que se tem aprofundado em muitas das geografias em que actuamos”. A empresa portuguesa de engenharia destaca a queda generalizada dos preços das matérias-primas, “em particular do petróleo” que tem feito “refrear muitas das intenções de investimento, originando adiamentos, novas calendarizações e até cancelamento de decisões anteriores”. “Felizmente, o Grupo COBA tem na sua carteira muitos empreendimentos de grande importância e considerados estruturantes, por isso inadiáveis, pelo que o ritmo da sua execução não tem sido significativamente afectado, mantendo-se genericamente os objectivos estabelecidos”, explica a mesma fonte. Apesar disto, os responsáveis da empresa não podem dizer o mesmo “da execução financeira dos contratos”, uma vez que se tem testemunhado “uma maior dificuldade de financiamento por parte dos clientes com a correspondente dilatação dos prazos de pagamento”, factor que tem “merecido grande atenção e esforço da parte do grupo”. Neste âmbito, Victor Carneiro frisa que as iniciativas de diversificação geográfica continuam. “Neste momento, há produção significativa investida em desenvolvimento de oportunidades e estamos confiantes que os próximos meses poderão já evidenciar os respectivos resultados”, assegura. Relativamente ao mercado português, “a retoma que se pode antecipar de investimento em infra-estruturas públicas, nomeadamente ferroviárias, marítimas e logísticas, bem como na melhoria do ambiente urbano, também concentrarão muita da nossa atenção e constituem razões para encararmos a nossa actividade com prudente optimismo”, conclui o vice-presidente da COBA.

    Plano Nacional da Água
    Em Angola, destaca-se a conclusão do Plano Nacional da Água (PNA), que contou com a participação do Grupo COBA, que lhe dedicou, “ao longo dos últimos três anos, várias das suas valências técnicas e de toda a sua muito longa experiência decorrente da elaboração de estudos e projectos no domínio hídrico” no país. Com a finalização da terceira e última fase do PNA, designada por “Objectivos, Medidas e Acções e Programação Física e Financeira”, o relatório deste programa foi entregue para apreciação. A empresa explica que este programa se constitui como um documento que define, “de forma técnica, social, económica e ambientalmente sustentada, integrada e articulada, as linhas de orientação e estratégias relativas à gestão dos recursos hídricos, a inventariação das questões significativas, a definição de cenários de planeamento e a definição das medidas e acções de curto, médio e longo prazo (2040) para o “cluster” da água”. No desenvolvimento do PNA foram tidos em consideração, como eixos fundamentais de acção e intervenção, o planeamento integrado dos recursos hídricos do país a curto (2017), médio (2025) e longo prazos (2040) e o estabelecimento de um programa de investimentos infra-estruturais, de carácter nacional, apoiando o desenvolvimento do “cluster da água”, adequadamente sustentado sob o ponto de vista técnico, social, ambiental e político. Outro eixo fulcral consiste na necessidade de reforço da investigação e desenvolvimento relacionados com as diversas vertentes da utilização da água, procurando a adequação do desenvolvimento relacionados com as diversas vertentes da utilização da água, procurando a adequação do desenvolvimento técnico e científico à realidade de Angola e assegurando a formação de técnicos dos organismos centrais e provinciais, através da ligação a instituições de ensino e centros de investigação de “reconhecida credibilidade”. Ao mesmo tempo, foi considerado o fortalecimento e modernização do quadro institucional, legal e regulatório relativo à questão da água, bem como a promoção da criação de mecanismos económico-financeiros de apoio ao investimento público, privado e resultantes de modelos assentes em parcerias público-privadas (PPP).


    Carteira “engorda” no Magrebe


    O Norte de África foi outra região que proporcionou à COBA novos projectos para a sua carteira de encomendas. Na Argélia, o grupo venceu contratos para elaborar o projecto de execuçao da auto.estrada de ligação entre o Porto de Skikda e a auto-estrada Este-Oeste, e os estudos de consultoria e de reforço das barragens de Fontaine des Gazelles e de Ighil Emda. Já na Tunísia, o consórcio que integra viu ser-lhe adjudicado o projecto de reabilitação das barragens de Bou Heurtma e de Laroussia, juntamente com a modernização do canal geral de rega Medjerda-Cap Bon. Na Argélia, um consórcio empreiteiro luso-argelino adjudicou à COBA o projecto de execução da auto-estrada que liga o Porto de Skikda à auto-estrada Este-Oeste, com cerca de 31 quilómetros de extensão. Esta rodovia terá uma orientação Norte-Sul, permitindo assegurar a ligação entre a zona portuária e industrial de Skikda e o “principal eixo rodoviário argeliuno”.

    Projectada para uma velocidade de 110 quilómetros por hora, esta auto-estrada possui um perfil transversal tipo constituído por duas faixas de rodagem de três vias por sentido. Os estudos referentes a este projecto decorrerão num prazo de seis meses, enquanto que a assistência técnica à obra terá uma duração de 24 meses. Por sua vez, a Agence Nationale des Barreges et Transferts, da Argélia, adjudicou à COBA os estudos de consultoria e de reforço das barragens de Fontaine des Gazelles e Ighil Emda, ficando a cargo do grupo o estudo dos problemas de segurança verificados nestas barragens e a definição de um programa de trabalhos, visando a correcção e reparação das patologias detectadas, por forma a garantir a segurança das mesmas. No âmbito destes contratos, a COBA elaborará ainda a preparação do caderno de encargos.

    Aproveitamento
    de Caculo Cabaça

    Ainda em Angola, o grupo destaca o início da construção do novo aproveitamento hidroeléctrico de Caculo Cabaça, no Rio Kwanza. Nesta obra, a COBA elaborou o projecto base e especificações técnicas para a construção, projecto que serviu de referência à contratação da construção do aproveitamento em regime de projecto-construção (EPC). Situado no curso médio do Rio Kwanza, a montante das quedas de Caculo Cabaça, a barragem localiza-se a cerca de 19 quilómetros a jusante do aproveitamento de Laúca, actualmente em construção. Os estudos e projectos desenvolvidos pelo grupo português iniciaram-se por uma análise das soluções de concepção retidas na fase anterior de estudo prévio, concluída em 2012, tendo resultado como alteração mais significativa o tipo de barragem, optando-se, após análise técnica e económica, por barragem de betão gravidade em betão compactado (BCC), ao invés da solução de barragem de enrocamento com cortina de betão, escolhida em fase de estudo prévio. Segundo a COBA, o aproveitamento hidroeléctrico de Caculo Cabaça é constituído, fundamentalmente, por uma barragem de betão com 103 metros de altura e 553 metros de desenvolvimento de coroamento, permitindo o armazenamento de um volume total de cerca de 440 milhões de metros cúbicos. Tem como órgãos hidráulicos um descarregador de cheias frontal com cinco vãos controlados por comportas, estando projectado para um caudal de dimensionamento de 10.020 metros cúbicos por segundo e uma descarga de fundo constituída por duas condutas de 6 metros de diâmetro. Além do corpo central da barragem existem duas portelas, ambas na margem esquerda, fechadas com diques em betão com 525 metros e 192 metros de desenvolvimento e 36 e 4 metros de altura máxima, respectivamente. Este aproveitamento, que utiliza a queda disponível de 215 metros entre a albufeira e a restituição a jusante das quedas naturais de Caculo Cabaça, integra uma central e um circuito hidráulico previstos para um caudal equipado de 1.100 metros cúbicos por segundo, repartidos por qautro grupos turbina – alternador de 530 MW de potência nominal. O circuito hidráulico de alimentação das turbinas é constituído por uma tomada de água na albufeira, a cerca de 2,4 quilómetros a montate do encontro esquerdo da barragem, circuito de adução com quatro túneis de 9 metros de diâmetro interior e 300 metros de desenvolvimento, revestidos com betão armado, central em cavernam, com 26,5 metros de largura, 221 metros de desenvolvimento e 68 metros de altura máxima e dois túneis de restituição igualmente revestidos a betão armado, de 16 metros, com cerca de 5.150 metros de desenvolvimento. O aproveitamento integra ainda uma segunda central hidroeléctrica em pé de barragem, destinada a turbinar o caudal ecológico de 60 metros cúbicos por segundo. Serão ainda construídas duas subestações, sendo a principal de 400 kV e a auxiliar de 220 kV.

    Segurança e transportes no Brasil
    No Brasil, o grupo presta serviços de consultoria em segurança de barragens para a Agência Nacional de Águas (ANA) e elabora o projecto executivo do Corredor BRT Transbrasil, no Rio de Janeiro. O grupo concluiu recentemente um contrato estabelecido com o Banco Mundial, com a duração de dois anos e meio, com o objectivo de apoiar a organização internacional na elaboração de toda a documentação considerada necessária para a ANA poder actuar adequadamente na implementação da Política Nacional, de Segurança de Barragens do Brasil. “Atendendo à complexidade e extensão dos serviços pretendidos, o Grupo COBA, através do consórcio estabelecido pela COBA Portugal com a COBA Brasil, convidou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para constituir o Agrupamento COBA/LNEC que conduziu todas as actividades previstas no contrato com o Banco Mundial”, refere o comunicado do grupo. A equipa deste agrupamento foi constituída por especialistas nas várias áreas de segurança de barragens, que foram responsáveis pela elaboração de toda a documentação produzida. Essa documentação foi discutida com os especialistas do Banco Mundial coordenadores do contrato e em numerosas reuniões em Brasília, também com os especialistas da ANA responsáveis pelas actividades de segurança em barragens. Otrabalho consistiu na elaboração de um conjunto de manuais e guias, onde ficaram patentes propostas de boas práticas, a serem utilizados pelas entidades fiscalizadoras e pelos empreendedores de barragens, bem como documentação relativa à classificação de barragens quanto ao risco e ao dano potencial associado e ao Sistema Nacional de Informação sobre Segurança de Barragens. No Rio de Janeiro, o grupo participa na implantação do sistema de Bus Rapid Transit (BRT), que está a ser estabelecido em cidades “de grande porte em que o transporte colectivo precisa de ganhar o seu espaço e atender um número bastante elevado de passageiros de maneira rápida e confortável”. Para a realização do projecto, foi constituído o Consórcio Projectista Transbrasil, constituído por quatro empresas brasileiras e liderado e coordenado pela COBA Brasil, que assegura também as especialidades de geometria, geotecnia, obras de arte e iluminação. A COBA Portugal participa também na elaboração do projecto com as especialidades de geometria e obras de arte. Projecto está a ser realizado para um consórcio construtor constituído pela Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão, para o dono de obra a Prefeitura do Rio de Janeiro. Esta obra foi adjudicada por cerca de 1,4 mil milhões de reais (323 milhões de euros) e tem uma duração prevista de dois anos. O projecto de consiste na implantação de um corredor exclusivo de autocarro no canteiro central da Avenida Brasil, com uma extensão de cerca de 23 quilómetros, contemplado 16 estações, cerca de 1.500 metros de viadutos de acesso e 600 metros de alargamentos de pontes e viadutos existentes.

     

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    Futura Estação de Metro de Alcântara

    Construção

    TdC dá luz verde ao prolongamento da Linha Vermelha

    O contrato referente à execução da Empreitada de concepção e Construção da Extensão da linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa recebeu visto prévio por parte do Tribunal de Contas

    CONSTRUIR

    Este contrato, assinado a 22 de Dezembro de 2023 com o Agrupamento Complementar de Empresas METRO S. SEBASTIÃO ALCÂNTARA, ACE, constituído pelas agrupadas Mota-Engil  Engenharia e Construção e SPIE Batignolles Internacional, Sucursal em Portugal, com o preço contratual de 321.888.000,00€ (trezentos e vinte e um milhões, oitocentos e oitenta e oito mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, aguardava decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa quanto ao levantamento do efeito suspensivo automático decorrente da acção interposta por um dos concorrentes no concurso (FCC Construcción, Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves).

    O contrato foi assinado no estrito cumprimento e respeito pelo regime fixado no Código dos Contratos Públicos, decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente legalmente estabelecida. Com a decisão agora conhecida do Tribunal de Contas, o contrato estaria em condições de iniciar a sua vigência.

    O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 milhões de euros. Encontra-se previsto no Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 milhões de euros e um apoio financeiro nacional de 101,4 milhões de euros.

    O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atracção e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara. Terá uma extensão de cerca de 4 km e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

    Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos actuais utilizadores do transporte colectivo. A procura captada ao segmento dos actuais utilizadores de transporte individual representa 11,8%, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos actuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2, as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep (Toneladas equivalentes de Petróleo).

    Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil t de CO2 equivalente (CO2) no 1º ano de operação.

     

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    Century 21 Portugal espera “crescimento” nos próximos anos

    “Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal

    CONSTRUIR

    No ano passado, a Century 21 Portugal registou, ao longo do ano, um desempenho positivo em vários indicadores-chave. “Apesar da incerteza no mercado imobiliário português ter marcado o primeiro trimestre de 2023 e assombrado grande parte do ano – com as taxas de juro e a instabilidade económica global a afectar a confiança dos consumidores, os restantes trimestres foram de recuperação, com vários dos principais indicadores a acelerar”, indica a rede imobiliária em comunicado.

    A partir do segundo trimestre, a Century 21 observou uma recuperação, com um aumento consistente nas vendas e no preço dos imóveis. Este aumento foi impulsionado por uma série de factores, como a forte procura de imóveis em território nacional. 

    A Century 21 Portugal está confiante que o mercado imobiliário português continuará a crescer nos próximos anos, “mantendo o ritmo de crescimento e o aumento a quota de mercado”.

    “Estamos confiantes quanto ao futuro do mercado imobiliário português e a posição estratégica da Century 21 para maximizar as oportunidades que surgem. Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transações imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal.

    Os indicadores da marca Century 21 Portugal projectam uma estabilização dos preços das casas, pelo que “não são expectáveis descidas”. Contudo, “é fundamental ter em atenção a evolução do mercado de emprego em Portugal e os factores geopolíticos internacionais, tendo em conta que são variáveis que podem rapidamente alterar as tendências do mercado residencial e da economia portuguesa”. 

    É igualmente importante ter em conta a análise de quatro dinâmicas, que passamos a destacar. A primeira é a estabilidade no mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego se mantém em torno de 7%, o que proporciona uma base sólida para que famílias e jovens possam participar activamente do mercado imobiliário, tanto na compra como no arrendamento.

    A segunda dinâmica prende-se com as condições de acesso a crédito habitação. A perspectiva de estabilização e descida das taxas de juros já está a ter impacto desde o final do ano passado nas Euribor, assim como a revisão da regra macroprudencia. 

    Quanto à terceira dinâmica, referente ao programa Simplex para licenciamento urbano, apesar de ainda precisar de ajustes, tem potencial para aumentar a oferta habitacional a curto e médio prazo. O que acontece tanto através da regularização de imóveis antes indisponíveis para venda como pela agilização de novos projectos de construção. Contudo, é essencial clarificar e ajustar este processo para assegurar a segurança jurídica e a proteção do consumidor.

    Por último, a procura internacional mantém-se dinâmica, com Portugal a consolidar-se como destino de eleição, mesmo face às alterações nos programas de incentivo à residência.

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    A estratégia da MAP Engenharia, as casas impressas pela Havelar, o ‘novo’ rumo da Mexto e a TRAÇO no CONSTRUIR 503

    A estratégia da MAP Engenharia na entrevista de Diogo Guerra Abecasis, Co-Founder & Managing Director da MAP Engenharia, as obras da Linha Violeta ou as propostas de diversificação da Mexto na edição 503 do CONSTRUIR, que conta com a revista Traço

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    MAP vai diversificar áreas de actuação e estuda aquisições
    Prevendo facturar 80 milhões de euros em 2024, o dobro do que foi apurado no último ano, os responsáveis da MAP Engenharia estão atentos às oportunidades do mercado e estudam diversificar a sua actividade para outras áreas. Projectos públicos são uma hipótese e não está descartada a aquisição de empresas em nichos específicos. Diogo Guerra Abecasis, Co-Founder & Managing Director da MAP Engenharia explica, ao CONSTRUIR, que a falta de mão de obra, qualificada ou operacional, pode tornar-se um grave problema

    Linha Violeta arranca em 2025
    O concurso prevê um prazo de seis meses para a entrega de propostas, que terminará em Setembro, e a intenção é a de adjudicar o concurso ainda em 2024, para avançar com a construção da linha ainda nos primeiros meses de 2025

    Havelar garante que o futuro da habitação é 3D
    A Havelar apresenta-se ao mercado com uma tecnologia inovadora capaz de imprimir uma casa de 90 m2 em menos de 24h e por um baixo custo

    Mexto diversifica estratégia e ‘ruma’ a Sul
    Depois de obra feita no sector da reabilitação, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações

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    Consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro

    Segundo a mais recente Síntese Estatística da Habitação, da AICCOPN o consumo de cimento aumentou 23,6% em Janeiro, em comparação com igual período do ano transacto. Na região Oeste, onde o número construções novas cresceu 17,1% é a região em destaque

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    No mês de Janeiro de 2024, o consumo de cimento no mercado nacional totalizou 339 milhares de toneladas, o que traduz um crescimento de 23,6%, em termos homólogos.
    Relativamente ao licenciamento municipal de obras de construção nova ou de reabilitação de edifícios residenciais, verificou-se uma redução de 6,5%, face ao mesmo mês do ano anterior. Quanto ao número de fogos licenciados em construções novas, verifica-se, também, um decréscimo, em termos homólogos, apurando-se uma variação de -16,4%, para um total de 2.394 alojamentos.

    Em Janeiro, verifica-se um acréscimo homólogo de 24,7% no volume de novo crédito à habitação, excluindo renegociações, concedido pelas instituições financeiras, que totalizou 1.184 milhões de euros. A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou- se em 4,66%, nesse mês, o que traduz um aumento de 2,47 pontos percentuais, face ao verificado no mesmo mês do ano anterior.

    No que concerne ao valor mediano de avaliação de habitação para efeitos de crédito bancário, em Janeiro, observou-se uma valorização de 4,4%, em termos homólogos, em resultado de variações de 3,2% nos apartamentos e de 6.1% nas moradias.

    Na sua análise mensal a AICCOPN destaca a região centro, onde o número de fogos licenciados em construções novas nos doze meses terminados em Janeiro de 2024, cresceu 17,1%, totalizando 4.321 alojamentos licenciados. Destes, 13% são de tipologia T0 ou T1, 26% são de tipologia T2, 47% de tipologia T3 e 14% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação, verificou- se, nesta região, uma variação homóloga de 3,8% no mês de Janeiro.

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    Encontro de Urbanismo do CIUL regressa com ‘Há Vida no Meu Bairro’

    O programa “Há Vida no meu Bairro” pretende avaliar e planear a oferta das funções de proximidade à escala do Bairro e intervir no espaço público, com o objectivo de promover uma cidade mais humana, uma cidade mais próxima

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    Promovido anualmente, desde 2013, o ciclo de conferências sobre urbanismo regressa este ano com uma reflexão sobre Lisboa. Tendo como mote “Há Vida no Meu Bairro”, o ciclo irá abordar, ao longo de seis sessões, um conjunto de temas, com um painel de técnicos e especialistas convidados a apresentar experiências e perspectivas sobre as temáticas lançadas, abrindo-se espaço ao debate e à troca de ideias.

    O programa “Há Vida no meu Bairro” pretende avaliar e planear a oferta das funções de proximidade à escala do Bairro e intervir no espaço público, com o objectivo de promover uma cidade mais humana, uma cidade mais próxima.

    A estratégia enquadra-se no conceito de ‘Cidade dos 15 minutos’, uma forma de organizar os centros urbanos que permite que todos os serviços e necessidades básicas dos moradores – escolas, espaços verdes, comércio local, lazer, desporto, saúde – estejam à distância de uma deslocação de 15 minutos, a pé ou de bicicleta.

    Propõe-se, desta forma, melhorar o conforto e a qualidade de vida de quem habita a cidade, reforçando as dinâmicas de proximidade, criando espaços de encontro, reduzindo desigualdades no acesso a serviços e na utilização do espaço público e, simultaneamente, promovendo um maior envolvimento e participação das pessoas na construção da cidade.

    A primeira sessão, com o tema ‘Lisboa, Há Vida no Meu Bairro’, que dá nome às iniciativas, tem lugar já no próximo dia 9 de Abril, pelas 18h, no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL). Neste encontro participam Paulo Pardelha (Câmara Municipal de Lisboa/Departamento de Planeamento Urbano), como moderador, e Joana Almeida (Vereadora do Urbanismo, dos Sistemas de Informação e Cidade Inteligente, e da Transparência e Prevenção da Corrupção), Alfonso Vergara (Fundação Metropoli – Espanha) e João Ferrão (Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa) como oradores.

    As restantes sessões têm lugar a 18 de Abril (Como implementar a Cidade de 15 minutos?), a 2 de Maio (Que mobilidade queremos no bairro?), a 16 de Maio (Cuidar do espaço público e dos espaços verdes do bairro), a 6 de Junho (A importância do comércio e dos equipamentos de bairro) e a 27 de Junho (O que é uma cidade saudável? E um bairro saudável?).

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    Autódromo Internacional do Algarve desenvolve CER com SES Energia

    A SES Energia, empresa portuguesa de soluções de eficiência energética, e o Autódromo Internacional do Algarve, estabeleceram um acordo para a criação e desenvolvimento de uma Comunidade de Energia. O projecto compreende a instalação de 2000 painéis solares, com uma potência total de 1075 kWp

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    A SES Energia, empresa portuguesa de soluções de eficiência energética, e o Autódromo Internacional do Algarve, estabeleceram um acordo para a criação e desenvolvimento de uma Comunidade de Energia, assente na produção de energia verde, proveniente de sistemas fotovoltaicos, no complexo deste importante equipamento de desporto motorizado situado em Portimão.

    O projecto compreende a instalação de 2000 painéis solares, com uma potência total de 1075 kWp, que assegurará ao AIA a independência adicional da rede em 45%, ficando desde já assegurada 65% da produção para este ecossistema de equipamentos, que são adicionais às instalações exteriores já existentes.

    A implementação desta nova central de energia fotovoltaica irá evitar a emissão de 841 toneladas de CO2 por ano, o equivalente à plantação de cerca de 38.227 árvores.

    “Estamos muito satisfeitos com esta parceria com o AIA, pelo contributo que todos vamos dar para a transição energética, seguindo os objectivos da empresa, mas também os objectivos europeus de combate às alterações climáticas. O Algarve tem condições excelentes para aproveitar estas soluções de produção de energia verde, reforçando o AIA a sua capacidade de inovação e de desenvolver projectos com responsabilidade social e ambiental.”, comenta Paulo Silva, Administrador Executivo da SES Energia.

    “Este projecto em parceria com a SES, insere-se num conjunto de iniciativas integradas no Plano Global para a sustentabilidade do AIA. O objectivo principal, passa por obter a certificação em sustentabilidade dos nossos eventos, processo já a decorrer”, refere Paulo Pinheiro, administrador da Parkalgar SA.

    Esta parceria, formalizada recentemente, avançou de imediato com a construção da 1ª fase ainda antes do evento que decorreu no passado fim-de-semana, o MotoGP, seguindo-se, agora a fase 2, com a construção em solo. A expectativa é terminar o projecto em meados de Junho, arrancando neste momento a Comunidade de Energia Renovável.

     

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    Rita Bastos assume direcção da Sekurit Service e da Glassdrive Portugal

    Com um percurso profissional de quatro anos na Saint-Gobain Portugal, Rita Bastos passou anteriormente por indústrias como a da cerâmica, relojoaria, joalharia e cortiça

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    A Saint-Gobain Sekurit Service Portugal e a Glassdrive Portugal têm uma nova directora geral. Rita Bastos, anteriormente directora da Saint-Gobain Solutions, cuja actividade se foca no sector da construção e em mercados industriais, assume agora funções na Sekurit Service, empresa especializada na produção e distribuição de vidro automóvel, e na Glassdrive, empresa focada na substituição e reparação de vidro automóvel.

    Com um percurso profissional de quatro anos na Saint-Gobain Portugal, Rita Bastos passou anteriormente por indústrias como a da cerâmica, relojoaria, joalharia e cortiça. Anteriormente às suas funções na multinacional francesa, assumia o cargo de Global Marketing Manager na Amorim Cork Composites. É licenciada em Design de Comunicação pela Universidade do Porto, mestre em Marketing e Publicidade pela Universidade de Barcelona, pós-graduada em Gestão de Marketing pela Porto Business School e em Finanças pela Nova SBE.

    “Sinto-me muito grata e feliz pela oportunidade de assumir novas funções no Grupo Saint-Gobain que tem sido a minha casa nos últimos anos. Espero que a minha integração, juntamente com a colaboração de uma equipa multidisciplinar de excelência, contribua para os resultados ambiciosos que temos planeados para Portugal nos próximos anos”, afirma Rita Bastos.

    A Saint-Gobain C.A.S.A. (Claim Accident Service Assistance) representa uma rede nacional de prestadores de serviços, que actuam na reparação de danos na habitação, com cobertura nacional, sustentada pelo know-how da Saint‐Gobain. A empresa possui cerca 150 colaboradores, uma sede e uma filial de distribuição e mais de 130 centros Glassdrive distribuídos de Norte a Sul de Portugal e Ilhas.

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    Dst ganha obra de 5M€ para Volkswagen Autoeuropa

    A Dst vai construir a nova estação de tratamento de águas residuais industriais na Autoeuropa num valor de negócio equivalente a 5 milhões de euros

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    A Dst foi a empresa escolhida pela Volkswagen Autoeuropa para a construção de uma nova ETARI (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais) totalmente autónoma, em substituição da antiga, bem como a sua interligação com a rede de esgotos existente, em Palmela, num valor de negócio equivalente a 5 milhões de euros.

    O arranque dos trabalhos já foi dado, estando neste momento em execução as fundações em betão armado. O edifício a construir terá uma forma geométrica rectangular regular, com 60m de comprimento por 30m de largura, medidos entre eixos de pilares, com pórticos de 12x10m e uma altura de 7,5m, sob a corda inferior da viga.

    A Dst prevê que até Setembro deste ano, todo o processo relativo à obra civil, bem como todos os trabalhos de segurança contra incêndios, seja concluído. Para a sua execução conta com a parceria de várias empresas do domínio do Dstgroup, nomeadamente a tgeotecnia, a tagregados e a tbetão.

    “A vasta experiência da Dst, bem como a competência dos nossos quadros, são os factores que nos diferenciam face a outros concorrentes. Este cliente tem vindo a depositar bastante confiança no trabalho da Dst, comprovando-se com a adjudicação de diversas obras. Estamos, inclusivamente, neste momento, com outro projecto em curso, bastante desafiante”, afirma Bruno Martins, director de produção desta obra.

    Este segundo projecto em questão trata-se da construção da Fundação da Nova Prensa PXL para a Volkswagen Autoeuropa, onde já se encontram concluídos os trabalhos de demolição, contenção de solos com execução de colunas de microestacas secantes e escoramento metálico, a actividade de movimento de terras, muros e maciços de betão armado. Um dos grandes desafios desta obra foi a betonagem superior a 1000m3, em contínuo, da laje de fundo, estando nesta fase a serem executadas a laje superior e a estrutura metálica.

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    IP conclui intervenção no Viaduto Duarte Pacheco

    Trabalhos de reforço sísmico e da mobilidade contaram com um investimento de cerca de 6,9 milhões de euros

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    A Infraestruturas de Portugal (IP) concluiu os trabalhos de reabilitação e de reforço sísmico da infraestrutura. Considerada um ponto estratégico de acesso a Lisboa, a empreitada, que durou cerca de um ano e meio e cumpriu o seu prazo previsto, implicou um investimento na ordem dos 6,9 milhões de euros.

    Além do reforço sísmico do Viaduto, os trabalhos incidiram na reparação local da estrutura, na reabilitação geral das pilastras P2 e P3, na repavimentação da camada de desgaste e na aplicação de protecção geral por pintura das superfícies de betão e dos elementos metálicos.

    Na intervenção foram utilizadas 160 toneladas de aço e mil metros cúbicos de betão, mas a única mudança visível é a pintura recente, já que a grande intervenção foi feita dentro do viaduto, onde foi construída uma estrutura de reforço.

    Dentro dos dois pilares que sustentam o arco sob a Avenida de Ceuta foram construídas nervuras de alto a baixo, que ligam a maciços e que, por sua vez, fazem ligação às fundações do viaduto através destas dezenas de microestacas.

    As paredes foram reforçadas com estruturas de betão – diafragmas – e na zona mais frágil foram colocadas oito barras de aço cruzadas. Além disso, o tabuleiro do viaduto, até agora dividido em blocos, foi unido num único bloco de alcatrão.

    Esta intervenção teve como objectivos aumentar a durabilidade da obra e garantir melhores condições de conforto, segurança e de mobilidade dos milhares de automobilistas que diariamente circulam sobre o Viaduto Duarte Pacheco e também de todos os utilizadores do caminho de ferro, que cruzam sob esta emblemática infraestrutura da cidade de Lisboa.

    O Viaduto Duarte Pacheco, com 355,10 metros de desenvolvimento entre eixos dos encontros, entrou ao serviço na década de 40 do século XX e foi projectado em 1937 pelo engenheiro João Alberto Barbosa Carmona.

    A estrutura, integralmente realizada em betão armado, divide-se em cinco partes: duas passagens superiores em arco (arcos laterais), uma sobre a linha de caminho de ferro e outra sobre a Avenida do Parque Florestal de Monsanto; dois viadutos com uma extensão de 85,80m entre eixos; uma passagem superior central (arco central) sobre a Avenida de Ceuta.

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    (Da esq para a dta): Rui Abreu e João Nina

    Empresas

    Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula

    Produção utilizou 100% sucata pós-consumo, recuperada de produtos no final de vida útil, que pode ser considerada como sendo neutra em carbono quando reaproveitada através da reciclagem, para obter este primeiro lote de alumínio reciclado

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    A fábrica de Avintes da Hydro, empresa do sector do alumínio, produziu o seu primeiro lote de alumínio reciclado “praticamente nulo em emissões poluentes”. Na produção, a Hydro utilizou como matéria-prima única sucata pós-consumo, recuperada de produtos no final de vida útil, que pode ser considerada como sendo neutra em carbono quando reaproveitada através da reciclagem.

    O alumínio é um dos metais mais utilizados no mundo, com aplicações em diversos sectores como a indústria do automóvel, a construção civil, o transporte, a energia ou a eletrónica. O processo de reciclagem de matéria-prima em fim de vida útil permite que seja reutilizado infinitas vezes, sem que perca as suas propriedades e consumindo apenas 5% da energia que se usa para produzir alumínio primário.

    Nas palavras de João Nina, responsável pela unidade de reciclagem da Hydro Avintes, “este é o primeiro lote de Hydro Recycled Low Carbon produzido na Hydro Avintes com 100%  sucata pós-consumo, sem adição de sucata de processo (pré-consumo) ou alumínio primário. Assim, podemos considerar que a sua pegada de carbono é quase nula, inferior a 0,5 kg CO2e/kg Al”.

    O responsável acrescentou ainda que “na reciclagem de alumínio, podemos considerar a sucata pré-consumo, que geramos no nosso próprio processo de extrusão e que não se tornou parte de um produto final, e a sucata pós-consumo, que pode ser parte de uma janela, um carro ou uma bicicleta usados, recuperada para ser convertida novamente em matéria-prima para a extrusão de perfis. Na Hydro, acreditamos que não podemos desassociar pegada do material, ou seja, a sucata pré-consumo não deve ser considerada descarbonizada, mas, ainda assim, contribui com a sua própria pegada ecológica para o processo de reciclagem”.

    Por outro lado, Rui Abreu, director de Metal da Hydro Extrusion South, destacou que “este é um marco no nosso esforço para oferecer soluções de alumínio mais sustentáveis com uma menor pegada de carbono, o que por sua vez irá melhorar o impacto ambiental dos produtos dos nossos clientes”.

    Este é mais um passo na estratégia de sustentabilidade da empresa, que se soma a outros, como o alcançado em 2023, na sua fábrica de Irurtzun em Navarra (Espanha), onde  foi utilizado, pela primeira vez no mundo, hidrogénio verde para produzir alumínio reciclado.

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