Mota-Engil África propõe saída da Bolsa de Amesterdão
Grupo diz que cotação das acções deixou de representar o justo valor da empresa. A proposta, está sujeita à aprovação de um programa de recompra de acções pelos accionistas da Mota-Engil África em assembleia
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De acordo com o comunicado citado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa “comunicou que o seu Conselho de Administração pretende solicitar à Euronext Amsterdam NV a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das acções ordinárias representativas do seu capital social”.
“O nível de ‘free float’ [acções transaccionadas por particulares] permanece limitado, com reduzidos níveis de liquidez e negociação das acções da Mota-Engil África” e, “na opinião do Conselho da Mota-Engil África, a cotação das acções deixou de representar o justo valor” empresa com interesses em África, pode ler-se no comunicado.
A proposta, está sujeita à aprovação de um programa de recompra de acções pelos accionistas da Mota-Engil África em assembleia geral extraordinária a convocar para o efeito. Aos accionistas será oferecida a “possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de aquisição a lançar pela própria Mota-Engil África, na qual a empresa oferecerá uma contrapartida de 6,12 euros por acção”.
O preço, explicam, é “baseado no preço médio ponderado das acções no mercado regulamentado gerido pela Euronext Amsterdam NV nos seis meses anteriores” a 8 de Outubro.
A assembleia geral extraordinária que terá de avaliar esta proposta da administração da Mota-Engil África está prevista para 23 de Novembro, ou em data aproximada, altura em que os accionistas vão ser chamados a avaliar esta iniciativa que aposta num aumento de capital da Mota-Engil valor necessário para comprar as acções que pretendem ver retiradas da bolsa holandesa.
A Mota-Engil opera em 11 países africanos, estando presente em 36 empresas e tem uma carteira de encomendas de quase 1,5 mil milhões de euros, tendo facturado mais de mil milhões no ano passado, segundo informação disponível no site da construtora. Em Setembro, o chairman do grupo Mota-Engil, António Mota, já tinha afirmado que a performance das acções da Mota-Engil África estava a ser “insatisfatória”, admitindo retirar a empresa de bolsa se não fosse encontrada uma solução para aumentar a sua liquidez.