OS 20M€ que vão transformar o Edifício Monumental do Porto no Monumental Palace Hotel
A nova e luxuosa unidade hoteleira deverá estar a funcionar “na primavera de 2017”, adiantou Mário Ferreira, e terá, além das várias valências a nível hoteleiro e de restauração, uma loja turística associada a produtos da cidade e do país
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O Grupo Douro Azul vai investir 20 milhões de euros nos trabalhos de recuperação do emblemático edifício Monumental, no Porto, transformando-o, já em 2017, no Monumental Palace Hotel.
O projecto, apresentado esta quinta-feira no rés-do-chão e átrio do que será o hotel de 5 estrelas instalado na Avenida dos Aliados, contempla a construção de 78 quartos (incluindo 4 suites), bem como um café, um bar, um restaurante, parque de estacionamento, ginásio, spa, piscina e ainda uma zona de leitura e descanso. Os quartos estão divididos, explicou Mário Ferreira, em quartos standard, de 32 metros quadrados, e “quartos especiais”, virados para a avenida dos Aliados e que são “muito maiores”.
Além dos hotéis, o empreendimento da Douro Azul contará ainda com uma ligação à rua do Almada, que facilitará o acesso ao bar e ao café, abertos à cidade.
Neste último, estará, em permanência, “um quarteto ou quinteto de jazz”, a evocar o que acontecia no Café Monumental, inaugurado a 11 de Janeiro de 1930 e que tinha 2 orquestras permanentes naquele que chegou a ser considerado “o café mais emblemático da Península Ibérica”. O espaço, de resto, foi construído no século XX e funcionou primeiro como Pensão Monumental. Mais tarde, surgiu, já depois do Café Monumental, como um stand de automóveis da Ford, quando os carros eram produtos de luxo. Mais recentemente, foi um sem número de empreendimentos principalmente ligados à animação nocturna.
Mário Ferreira anunciou ainda que na frente virada para a rua do Almada existirão “cerca de 20 apartamentos, para alugar a quem queira fazer uma visita de longa duração ou, quem sabe, para alguém da cidade que queira viver aqui e usufruir dos serviços do hotel”.
Ao todo, e num valor que engloba a compra do edifício (que se deu há um ano e meio), a reabilitação e a operacionalização, o empreendimento cifra-se nos “20 milhões de euros”, adiantou o líder da Douro Azul, que contou com fundos do Compete 2020. “Este hotel vai criar, directamente, 80 postos de trabalho”, referiu ainda Mário Ferreira, que elogiou o trabalho da OITOEMPONTO, empresa portuense que será responsável pela decoração do espaço, bem como realçar o apoio municipal no empreendimento, além da secretaria de Estado de Turismo e da Direcção Regional de Cultura do Norte.
“Contexto bastante favorável”
O secretário de Estado para o Ordenamento do Território e a Conservação da Natureza, Miguel Castro Neto, realçou as mais de 2 dezenas de intenções de instalação de unidades hoteleiras no Porto, um sinal de que a cidade vive “um contexto bastante favorável” no plano do turismo e da reabilitação urbana, antes de felicitar Mário Ferreira, um “exemplo de promoção de investimento e capacidade de atracção no estrangeiro”.
Já o presidente da Assembleia Municipal do Porto, Miguel Pereira Leite, mostrou a “grande alegria” por estar presente na cerimónia, ele que surgiu em representação do presidente da câmara, Rui Moreira, que na quarta-feira marcou presença no congresso Smart Cities, em Copenhaga, Dinamarca. “Este será um equipamento importantíssimo no centro da cidade”, referiu Pereira Leite.
Na cerimónia estiveram presentes, ainda, personalidades como o vereador com o pelouro da Habitação Social Manuel Pizarro ou o ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio.
A nova e luxuosa unidade hoteleira deverá estar a funcionar “na primavera de 2017”, adiantou Mário Ferreira, e terá, além das várias valências a nível hoteleiro e de restauração, uma loja turística associada a produtos da cidade e do país. As obras para o 5 estrelas Monumental Palace Hotel, bem como para a brasserie, o bar e loja virados e abertos para a cidade e instalados no coração da cidade, já arrancaram. A Soares da Costa foi a vencedora do concurso para a construção do Monumental Palace Hotel. Estima-se que as obras de construção terão uma duração de 18 meses, sendo grande a especulação em torno da possibilidade de regresso à vida ativa que poderá representar para a uma parte dos 272 trabalhadores que estão em casa por falta de obras na carteira da construtora, mantendo-se inativos há quase dois anos.